Siga pelo novo caminho.

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Nicolas entra na madeireira e para o carro bem próximo de uma casa onde provavelmente seria o escritório, já que não tinha casa para funcionários. Aparentemente aquele lugar estava deserto, não parecia ter presença nem de pessoas e nem de mortos vivos, o que era um bom sinal. Pelo carro, conseguia ver a diversidade de maquinários que tinham em um galpão, também se podia ver tambores de metal, que poderia armazenar gasolina para as motosserras.

— Esse aqui que é o seu porto seguro? O lado bom é que fica a cinco quilômetros da rodovia. — Comenta o rapaz olhando para o homem através do retrovisor central.

— É, esse lugar mesmo, é melhor do que ficar em um restaurante a beira da estrada, um lugar óbvio. — Marcos o olha seriamente.

— Vamos ver logo o que tem nesse lugar, estou morrendo de dor de cabeça. — Fala Cristina abrindo a porta do veículo e saindo.

Nicolas pega o seu rifle e desce do carro, Marcos desce logo atrás com a sua escopeta na mão. O rapaz vai até a porta e tenta girar a maçaneta porém a porta estava trancada. Sem outra opção, ele se afasta um pouco e começa a chutar a porta, no terceiro chute ela abre. Cristina aponta a lanterna para o interior da casa e não vê nada além de dois sofás e uma mesa de escritório com um computador em cima.

— Vamos nessa. — Fala a ruiva sacando o seu revólver.

Cristina pega a frente iluminando com a lanterna, Nicolas vai logo atrás apontando o rifle e Marcos cobria as costas com a espingarda de cano duplo.

A ruiva da uma boa olhada no lugar que era bem pequeno, atrás da mesa tinha duas salas pequenas, uma era um depósito que estava trancado, mas pelo vidro da porta se podia ver motosserras em uma prateleira, na outra sala ficava o banheiro, que era bem grande.

— Tudo limpo, nada para se preocupar. — Diz colocando o revólver na cintura.

— Excelente. — O rapaz abaixa o rifle e se senta no sofá mantendo seus olhos fixos no chão.

— Está começando a chover. — Comenta Marcos vendo os pingos de chuva caindo sobre o para-brisa do carro.

— Não se preocupe, eu fechei todos os vidros, mas depois eu vou ter que pegar a minha mala que está lá dentro.

— Pelo menos você tem uma mala. — Comenta o homem fechando a porta, pois a chuva estava aumentando.

— Eu vou no banheiro. — Comenta a ruiva colocando sua escopeta em cima do sofá.

Cristina entra no banheiro e tranca a porta, ela vai para a pia e abre a torneira, por sorte ainda tinha água na caixa. Ela olha para o pano que o rapaz tinha colocado em seu braço e começa a tira-lo com cuidado para não machucar, pode ver o buraco da bala no seu braço, o projétil tinha atravessado o seu braço inclusive o osso. Com cuidado ela coloca o braço embaixo da torneira e lava o ferimento, a água fazia arder mas nada que não pudesse suportar.
Com o ferimento lavado, Cris pega uma toalha que estava do lado da pia e enrola sobre o ferimento.

A ruiva coloca a mão no bolso e tira um maço de cigarros que estava bem amassado, ela tira um cigarro de dentro e leva até a boca, em seguida o acende com um isqueiro. Ela se senta na tampa do vaso sanitário e da um trago soltando a fumaça em seguida, pensava em Ana, pois gostava dela mesmo não sendo melhores amigas, já tinha se acostumado com a presença dela e das conversas que tinham todos os dias. Na sua mente estava gravado os últimos momentos da morena antes de perde-la de vista por causa da granada, queria poder ter salvado ela, pois não queria perder mais ninguém. Harley também foi uma pessoa que não queria que tivesse morrido, pois graças a ele que acabou fazendo as pazes com Nicolas, e também por que ele era alguém de boa fé que queria ajudar as pessoas desde o começo do apocalipse, pessoas como ele não mereciam morrer. Diego, mesmo entrando recentemente no grupo, também era uma boa pessoa, não merecia ter morrido. Uma lágrima escorre pelo rosto da ruiva, mas rapidamente ela limpa o rosto e dá uma tragada no cigarro.

Sobreviventes. - O começo de tudo.Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ