Capítulo 18 / Fim

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Algum tempo se passou. Adam se mantém ocupado cuidando de Sally e de seus problemas relacionados ao trabalho. Sentia um prazer quase inexplicável em ver a garota tão indefesa ao seu lado.
Mesmo em seu estado atual, logo de início, Sally se comportava de forma agressiva o que fez Adam prendê-la algumas vezes. 
Com alguns dias ela se acalmou. Já não se debatia mais quando tocada por Adam. Ela sentia-se morta por dentro, todos os dias se arrependia da maldita noite que havia saído e do quanto foi ingênua ao esperar tanto por Dany. Seus dias se resumiam numa escuridão fria e silenciosa. Às vezes Adam conversava com ela, que acenava com a cabeça e outras vezes lhe tocava piano. 
Poucas vezes Sally podia sentir o sol quente lhe aquecer a pele, o vento fresco lhe soprar os cabelos e a voz de crianças ao longe que brincavam despreocupadas. Vezes essas que Andam a levava para o parque onde podia sentir tudo sem ver, onde podia refletir sobre seus pensamentos e escolhas, onde finalmente se encontrava longe de seu quarto frio. Cada toque de Adam em seu corpo, cada carícia que lhe dava servia para ressaltar o quanto ela ficou à mercê dele, o quanto havia se tornado propriedade de um doente obsessivo. Ela queria se ver livre, ser liberta daquilo, mas não queria ficar só, quem ficaria ao seu lado senão ele? Quem entenderia uma muda e cega? Ninguém sabia de sua existência, quem poderia ajudá-la? Ninguém!
Ela não queria estar só, mas tinha aceito seu castigo e ansiava pelo fim.
— Sally? — Ela virou-se para o lado que escutou Adam lhe chamar e deixou de prestar atenção na tv onde escutava um filme qualquer. — Vamos andar um pouco. 
Sally acenou e se levantou. Adam a guiou até o quarto onde lhe deu uma roupa para se trocar. Um vestido de alça simples. 
Quando voltou ao quarto, ele arrumou os cabelos de Sally e lhe deu um óculos.
Ela foi guiada até a rua e depois até o carro, a viagem levava cerca de trinta minutos de carro. Sally se perguntava quanto tempo levaria para chegar ao mesmo lugar caminhando.
Ela escutou ao se aproximar do local, vozes de adultos e crianças. O carro parou e Adam saiu, logo depois ajudando Sally a sair também. Já sentados em um banco no fim da praça, Sally descansava a cabeça no ombro de Adam. Para qualquer um que passava aquela cena seria completamente normal, um casal onde a garota descansava ao lado do namorado. Se ao menos soubessem a verdadeira história...
Em meio a algumas vozes Sally escutou uma em particular que lhe chamou atenção. Era a primeira vez que a escutava ali, quase perto de si. Essa voz que lhe causou um espanto que fez seu corpo reagir tão rápido. 
Ela estendeu a mão ofegante, atordoada. Desejou fortemente que a voz do dono a visse naquele momento, que a reconhecesse, mas não aconteceu. Em vez disso, sentiu a mão gélida de Adam a pegar com certa força lhe puxar para si.
— Então querida… — Sua voz baixa ao pé do ouvido lhe agoniou. — O que acha de irmos em outro local para descansar?
Sally sabia que seria seu último dia naquele lugar, que Adam jamais a levaria lá novamente. Ela desejou tão forte naquele momento poder voltar atrás que não segurou as lágrimas.
— Ah não chore. —Adam tocou o rosto de Sally. — Eu jamais vou te deixar...

FIM...

Agradeço imensamente aos que acompanharam a história ate aqui, pelos votos e comentários.
Sei que o fim ficou meio decepcionante, mas sabemos que numa real situação assim, seria poucas as chances de acabar tudo bem (ou poderia acabar pior). Minha intenção para o final seria a Sally prender e torturar o Adam mas né...
Me sentirei ainda mais grata caso queiram compartilhar meu livro, deixar aqui um feedback (Seja positivo ou negativo) ou dúvida sobre a historia. Lembrem-se de que isso é apenas uma história, que não é certo algo assim acontecer de verdade e que estou somente criando uma história, sem apoiar ou incentivar esses comportamentos ou relacionamentos.
Mais uma vez obrigado...

Mais uma vez obrigado

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Meu AssassinoOnde histórias criam vida. Descubra agora