Capitulo 6

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Eu estava em choque, por mais que tentasse manter a calma eu não conseguia. Meu corpo tremia e minha respiração estava descompassada, aquilo não parecia real.
— Eu não quero ouvir mais nada. — Me soltei de seus braços e corri para o andar de cima. Entrei no quarto e bati a porta me encostando na mesma. Eu chorava baixinho quando escutei passos e logo depois ele bateu na porta.
— Sally? — Fiquei em silêncio. — Você quer ficar sozinha?
Não respondo e ouço um suspiro.
— Estarei em meu quarto se precisar. — Logo depois de dizer isso eu não escutei mais nada.
Por que ele age assim? Eu sou sua hóspede? Prisioneira? Vitima? 
Eu quero apenas ir embora.

Alguns dias se passam…

Dias se passaram, eu não tenho certeza de quantos. Tudo está igual, ele sempre tenta se aproximar, mas eu me afasto. Ele me compra doces, roupas e até flores porém eu apenas ignoro, não sei qual obsessão ele tem, mas sinto que meu comportamento o tem desagradado pois ele tem me olhando com um olhar raivoso ultimamente. Tenho procurado o máximo possível uma forma de fugir, porém sem sucesso, minha mochila sumiu e tenho certeza que ele deu fim em minhas coisas. Tenho medo de que ele me machuque por isso ando sempre com o vidro por perto pois posso precisar.
Eu estava distraída olhando a lua pela janela imaginando o que faria quando ele entrou no quarto.
— Sally. — Meu coração palpitou e não pude conter um leve tremor que tive ao sentir sua presença. — Por que nunca perguntou meu nome?
Eu não havia pensado nisso, fiquei tão assustada que isso seria a última coisa a me preocupar.
— Qual seu nome? — Perguntei forçando uma voz calma e gentil.
— Adam. — Respondeu pegando minha mão. — Sally, você vem comigo ao jardim?
"Minha chance para escapar." pensei. Eu sorri pois finalmente havia uma esperança de fuga. 
— Adoraria! — Ele sorri satisfeito.
Ainda segurando minha mão Adam me levou até a porta da rua e retirou um molho de chaves do bolso, ele abriu a porta e saímos.
Meus pés formigaram e uma onda de adrenalina correu pelo meu corpo. O jardim era amplo e bem cuidado, porém as árvores ao redor formavam uma cerca viva. Havia algumas flores, mas o que mais me chamou atenção foi o canteiro de rosas vermelhas.
— É lindo. — Eu não havia mentido. — Você mesmo cuida de tudo? — Perguntei olhando melhor ao redor em busca de algo que pudesse impedir minha fuga.
— Sim. — Adam me puxou até as rosas. — Adoro flores e você? 
— Eu também. — Sorri. —Pode me dar uma? — Pedi gentilmente e ele assentiu.
Enquanto Adam se afastou para pegar a flor, olhei novamente para o caminho.
"Será agora ou nunca." eu corri. Corri o mais rápido que pude em direção a rua, eu escutei seu grito me chamando, mas não olhei para trás. 
O medo e pânico tomou conta de mim. Onde eu estava? Cadê as casas? Os vizinhos? 
— Não! — Gritei com força, senti uma onda de raiva.
Onde eu estava? E se não houvesse ninguém. Como pediria ajuda? Havia alguém que morasse por perto? Eu parei, não tem como sair. Escuto a voz de Adam me chamar.
"Esse é meu fim..."

Meu AssassinoWhere stories live. Discover now