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A ilha em que nos encontrávamos fazia um frio quase ardente, por pouco não haveria neve por todos os lados.

Finalmente me deixaram sozinha para não dizer a poucos metros.

Todos estavam envolvidos em criações de novas estratégias caso aparecesse alguém para atacar, pela primeira vez pude ver Kayn e Dylan se dando "bem".

Se sentir extremamente inútil, e sendo o motivo de tantas preocupações e trabalho a teceiros povoavam a minha mente a todo instante.

O sentimento de se sentir e de fato ser a mais fraca do bando e depender de outros para ficar bem e devastador.

Ao contrário de Tom que se demonstrava extremamente feliz abraçando árvores e sorrindo, pulando como se estivesse nas nuvens ou tivesse ganhado na loteria.

Eu me encontrava apenas o olhando a toda aquela agitação do lado de uma árvore encolhida por conta do frio, aflita por não saber bem oque fazer.

Inevitavelmente, meus olhos começaram a encher de lágrimas por um desespero agoniante. Até ouvir passos vindo em minha direção, rapidamente limpei e me recompus.

-Oi._ Aquela voz grave e tão conhecida de José me fez espantar-me por sua presença inesperada. -Como você está, Eliza?_ perguntou firme como sempre com a mesma roupa que sempre tampava sua boca.

-Oi...Estou bem._ Minha voz saiu um pouco falha. -Como soube que estaríamos aqui?_ perguntei confusa.

-Você sabe que não é uma boa idéia mentir para vampiros, não sabe?_ Disse ignorando minha pergunta e olhando as loucuras de Tom que parecia nunca cansar-se.

Lagrimas atrás de lagrimas começaram a inudar minha face, aquela fala pareceu-me como um gatilho.

-Não há problemas em chorar, você não é como nós, você é humana._ Disse sem olhar para mim. -Ou ao menos uma parte humana._ concluiu me fazendo olha-lo estranho.

-Se sou como todos dizem que sou, se tenho o poder que todos dizem que tenho, aonde está? _ Disse engolindo o breve choro mantendo-me calma.- perdoa-me José, mas possa ser que todos se confundiram quanto a mim, Talvez eu não tenha nada dessas expectativas quanto a mim._ concluir em um tom leve e com ar de decepção.

-Vocês humanos são muito precipitados._ falou me fazendo olha-lo.- Um pouco de fé não faria mau._concluiu, por alguns instantes sentir como se ele soubesse de algo.

Por poucos instantes o silêncio dominou o ambiente fazendo varios pensamentos vim a tona.

Eu não sei por que Diabos estou pensando no meu irmão agora, tantas coisas para me preocupar e veio meu irmão a mente.

-Diogo carrega uma maldição._ Do nada José citou. - Ele não tem culpa de ser assim, apenas é._ concluiu me deixando confusa

-Que tipo de maldição?_ perguntei olhando para o mesmo que finalmente olhou para mim.

-Vocês chamam de psicopatas, nós custumamos dizer maldição, que geralmente e trocado por algo valioso a sanidade._Disse sem medir suas palavras deixando meus olhos inquietos.

-Meu irmão psicopata?_ me perguntei atordoada.

-Como você acha que seu irmão trouxe prejuízo a Marcos?_ perguntou me deixando pensativa.- Pode-se ter Certeza que não foi como um erro de empreendimento ou roubo._concluiu e voltou a olhar para frente.

-Seu irmão pediu uma noite com 10 mulheres para poder escolher, aonde houve um massacre. Só não foi divulgado pelos jornais por ser proibido no seu país._Disse friamente me deixando pasma com tal notícia.

-Mas não o culpe, tudo isso faz parte do plano para manter o equilíbrio entres os mundos._ Concluiu.- Tudo é um plano para algo maior._ concluiu

Como podem aceitar algo horrendo assim e ser considerado como algo normal? Estou horrorizada.

-Seu pai sabia de tudo, sabia sobre tudo que iria acontecer... a morte da sua mãe... a insanidade de seu filho... e tudo que você iria passar._ Disse calmamente como sempre.- Acha mesmo que ele pedia sua proteção a família atoa antes de morrer? _ perguntou fazendo as coisas se encaixarem.

-Pai..._ Susurrei baixinho lebrando de seu rosto sorridente e seus cuidados quase extremos com a família.

-Seu Pai não morreu atoa, foi muita pressão para uma pessoa só, que acabou criando uma doença Rara, mente e corpo nunca esteve separados. _ concluiu.

-Mas como... como ele sabia de tudo isso?_ perguntei atordoada e me levantando.

-Seu pai era um detetive especial, ele conhecia a história sobre Any e conhecia sua aparência por fotos, por tanto ele exigiu uma explicação sobre você nasce com a mesma aparência._ Disse fazendo meu mundo rodar.

-Mas por que minha mãe teve que morrer? Se todos sabiam dessa possível morte porque não evitaram?_ Disse ofegante e inconformada.

-Em breve você entenderá tudo, Eliza. Tenha calma._ Disse olhando em meu olhos e virou de costas andando em seguida em direção a todos que ainda discutiam sobre planos.

Exceto Dylan que estava com os olhos fixos em mim sem expressão, apenas desviei os olhos e voltei a sentar olhando com os olhos vagos para tom que finalmente havia parado para brincar com um cachorro que havia aparecido do nada.

Meu pensamentos estavam atordoados...

Meu amor é um vampiro 2Where stories live. Discover now