Segurança

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Paixão Sem Limites

S A K U R A

Sasuke saiu em disparada com o carro, e eu temi que algo de ruim acontecesse. Ele estava de cabeça quente, indo para sei lá onde que poderia acarretar um acidente. Implorei para que tudo ficasse bem.

Juntei as mãos em frente ao rosto observando as ruas vazias e escuras a minha volta, já eram por volta das nove horas da noite.

Voltei para dentro da festa encontrando a noiva acalmando os convidados, enquanto Fugaku fingia que nada havia acontecido. Esse homem era uma versão de Mebuki masculina.

Como pode ser tão cruel? Ouvi a conversa de Madara com Sasuke e tudo indica que Fugaku não é o verdadeiro pai dele. Ouve uma traição entre irmãos, por isso todo esse ódio.

Sasuke era inocente no meio de toda aquela bagunça.

Ele deve estar enlouquecendo agora. É muita coisa para sua cabeça, e eu entendo perfeitamente o que ele está passando. Como é possível que possamos ter passados tão iguais? Nós dois fomos enganados pelos nossos "pais".

A única diferença era que o pai de Sasuke ainda estava vivo, e a minha verdadeira mãe se encontrava morta, eu não tive oportunidade para conhecê-la. Às vezes no silêncio da noite eu me pego pensando nela, em como ela deveria ser, descobri que seu nome era Hana e que era uma mulher dócil.

Eu daria tudo para ter a oportunidade de passar um tempo com ela. Mas algo assim não há solução.

Os convidados estavam cochichando entre si sobre o que havia acontecido, e amanhã estava certo de que um novo escândalo estaria publicado nos sites de fofocas e em capas de revistas.

"Empresário bate no próprio filho em festa de casamento"

Uma lástima.

Me aproximei a passos pesados de Fugaku e ele respirou fundo ao me ver, tentando ignorar minha presença. Ele sabia que estava errado, mas não havia arrependimento em seus olhos.

— Você é um mostro horrível. — apontei o dedo em sua direção.

— Vou chamar os seguranças pra você garota, não ouse fazer mais um escândalo. — ele retrucou com ignorância.

— Chame o que você quiser, não faço questão de ficar aqui. E pensar que pedi tanto para Sasuke ter consideração a você e vir a esse casamento. Se arrependimento matasse, você não merece nada dele. — cuspi as palavras na sua cara.

O homem me fitava com seriedade e repulsa, não havia nada de bom ali.

— Calma Sakura. — Itachi se aproximou segurando meu ombro.

— Você não pode ficar do lado dele. Viu o que fez com Sasuke?

— Eu vi, mas discutir agora não adiantará de nada.

— Vamos tirar ela daqui. — Rin segurou minha mão, guiando-me para longe daquele homem.

— Espero que você apodreça sozinho. — disse alto para que aquele monstro escutasse.

As pessoas me olhavam, mas eu não me importava. Rin me guiou até uma cadeira e Itachi pegou um copo de água com um garçom que passava, me entregando.

Bebi um gole sentindo minhas mãos tremerem. Me perguntava quando teríamos um pouco de paz, quando teríamos uma reunião de família sem uma confusão.

Não sei qual é pior, minha família ou a de Sasuke.

— Onde está Sasuke? — Obito se aproximou olhando para todos nós.

Paixão sem limitesOnde histórias criam vida. Descubra agora