Opressão

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Paixão Sem Limites

S A K U R A

Eu estava ansiosa. A comida no meu prato já havia esfriado por todas as vezes que brinquei com o garfo a sua volta, pensando em várias coisas menos em comer. Me encontrava na sala de jantar com minha mãe e meu pai em um clima desagradável, a muito tempo não nos reuníamos assim e eu não sabia o que fazer quanto a isso.

Eles estragaram todos os meus planos para a noite. Chiyo disse que eles estavam em uma viagem e voltariam apenas amanhã pela manhã, mas os dois fizeram uma bela surpresa ao chegarem mais cedo.

Agora estamos jantando em silêncio como uma bela família feliz, e eu arquitetando um plano para levar Sasuke para o meu quarto sem ninguém perceber, o que era impossível.

— Que porcaria são essas nos seus braços Sakura? — Mebuki quebrou o silêncio levando consigo toda tranquilidade que fingiamos ter.

Olhei para as tatuagens em meus pulsos não me abalando com o olhar furioso que minha mãe me lançava. Eu amei faze-las e elas ficaram muito bem em mim. Nunca pensei que faria algo assim um dia, mas foi a maior loucura que já fiz e não me arrependo. Era a prova de que eu estava realmente livre das amarras a minha volta, de agora em diante eu serei uma nova Sakura.

— Essas porcarias se chamam tatuagens.

— Isso já passou de todos os limites. Kizashi faça alguma coisa. — ela olhou para o meu pai que não parecia interessado no assunto.

— São só tatuagens Mebuki. — ele respondeu com tranquilidade me fazendo rir, deixando minha mãe mais furiosa ainda.

Mebuki odiava ser contrariada, ainda mais pelo meu pai, porque ela tinha que ter o controle de tudo e todos.

— Nossa filha está virando uma delinquente debaixo do nosso teto e você não faz nada.

— Só porque as pessoas fazem tatuagens não significa que são delinquentes. — retruquei aquele comentário mesquinho e preconceituoso.

— Começa a me desobedecer, a andar em garupas de motos, aparece com tatuagens. Qual será o próximo desgosto? Vai aparecer drogada e grávida em casa?

— E se eu aparecer qual o problema? — grunhi me levantando da mesa ouvindo o suspiro do meu pai.

— Se você aparecer eu faço questão de lhe dar uma surra que você nunca irá esquecer  garota ingrata. — ela retrucou sem alterar seu tom de voz.

Engoli em seco não sentindo nenhuma dúvida sobre isso.

— Se eu soubesse que o inferno era aqui dentro, teria ficado na rua.

Kizashi se levantou irritado e saiu da sala, deixando Mebuki incrédula. Abaixei o olhar decepcionada concordando que esse lugar era realmente um inferno. Não tínhamos um dia de paz nessa casa, minha mãe fazia questão de infernizar a todos.

Peguei meu celular e me preparei para sair da mesa, mas Mebuki me parou ao jogar uma revista de fofoca na minha frente.

A imagem da capa era Sasuke e eu entrando no studio de tatuagem, e haviam algumas fotos a mais de nós dois no restaurante. As fotos haviam sido fotografadas hoje e os fofoqueiros de plantão foram rápidos em criar essa porcaria. O título era o novo namorado da filha do governador, e em letras minúsculas falavam algo sobre esperarem que eu não seja corna outra vez.

Engoli em seco ignorando aquela merda, vendo Mebuki analisar cada expressão minha. Ela havia armado toda aquela discussão, já sabia o tempo todo o que estava acontecendo.

Paixão sem limitesOnde histórias criam vida. Descubra agora