Capítulo XVI

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Sakura chagou ao hospital com um sorriso e cumprimentando a todos, estava com bom humor naquela manha. Parou em frente a mesa da Fumiko, sua secretária, que ficava em frente sua sala e a saldou.

— Bom dia — parou envergonhada por não lembrar do nome da mulher, mesmo já fazendo algum tempo que retornara a Konoha e a morena de olhos castanhos fosse sua secretaria, ainda era uma tarefa difícil lembrar do seu nome — … Saya?

O olhar que a secretária lhe direcionou a deixou estupefata.

— Fumiko, meu nome é Fumiko doutora Haruno. — A mulher falou aborrecida com um sorriso falso e Sakura percebeu.

Mesmo sabendo que aquele isso poderia ser culpa da sua falta de educação ao não lembrar seu nome, Sakura ficou alerta com Fumiko, já havia pegado alguns olhares de desdém da secretaria para com ela — além de sua má vontade.

— Fumiko. — Sakura repetiu  — Prometo não esquecer. — falou olhando fixamente para a secretaria que engoliu em seco, o tom de voz de Sakura sugeria que ela havia entendido sua falta de empatia. — O que temos para hoje? — mudou de assunto, mas seus olhos continuavam focados na mulher.

— A senhora Tsunade deixou alguns formulários para que preenchesse   — lhe entregou alguns papeis que estavam em cima da mesa, voltou a sua postura de subordinação, o olhar severo da aprendiz de Tsunade a estava assustando. — Aqui está, Sakura-sama. — abaixou a cabeça em sinal de respeito.

Sakura pegou os papéis e sem falar mais nada, se dirigiu em direção a sua sala.

Trancou a porta distraída enquanto lia os documentos que trazia em mãos, mas ao levantar a cabeça deu um sobressalto ao se deparar com a Karin encostada em sua mesa a encarando em silêncio.

— Que susto Uzumaki! Quer me matar do coração? — falou com uma mão no peito.

Karin continuou a encarar, estava séria.

Sakura estranhou o comportamento da ruiva, e quando abriu a boca para comentar sobre isso, Karin lhe estendeu alguns papéis.

— O que é? — perguntou curiosa e os pegou.

— Os resultados dos exames que você me pediu ontem. — disse, ajeitando os óculos.

Ao ouvir isso, e associar essas palavras com a seriedade de Karin, Sakura temeu. Estava tão distraída com seu bom humor matinal — e a causa dele — que acabou esquecendo que um dia atrás havia pedido para que ela analisasse algumas amostras que havia retirado do seu pai.

Ficou parada olhando para os papéis.

— Sakura? — Karin chamou e Sakura voltou sua atenção para ela — Não vai pegar?

A Haruno respirou fundo.

— Me desculpa eu só… — se calou, não precisava explicar, Karin já devia saber de sua apreensão.

Sakura abriu os papéis que tinha em mãos e os leu em silêncio. Suas mãos tremiam e seu peito se apertava a cada linha que Sakura lia, suas suspeitas estavam certas, o que Kizashi tinha era algo mais serio do que lhe foi diagnosticado quando chegou ao hospital dias atrás.

Queria chorar.
Queria gritar.
Porem, manteve a postura.

Karin pigarreou para chamar a atenção da Haruno que estava parada com o olhar fixado nas folhas de papel. A Uzumaki sabia o que Sakura estava sentindo, por isso estava tão séria. Estava tentando se mostrar impassível, pois essa era sua defesa quando se via diante de momentos difíceis assim.

— Não sabemos a extensão da doença. Pode ser que ainda haja controle, não é um caso perdido. — tentou ser prática, tinha que fazer Sakura enxergar uma saída.

Flores de vidroWhere stories live. Discover now