O bar, parte II

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- Claro que não tem.- disse de imediato, ele riu se.

- Então porque querias saber?

- Ai Afonso, é pura curiosidade. Eu sou muito curiosa, gosto de saber tudo.- olhei ao nosso redor, lá ao fundo os irmãos pareciam querer matar me.

- Estás a olhar para onde?- não respondi, então ele seguiu o meu olhar.- Não lhes dês importância.

- É muito difícil. Visto que eles querem matar me a qualquer momento.

- Se quiseres eu posso dizer para eles pararem de te olhar.- ofereceu se já a levantar.

- Nem penses.- agarrei lhe por impulso na mão, sentindo a bem gelada, mas mesmo assim não a larguei. Ele olhou me atónito, e tirou a mão da minha.- Não sei o que me deu, não tenho o costume de agarrar as pessoas.

- Não faz mal.

- É que ficaste com uma cara.- falei a rir.

- Não estou habituado a que me toquem.- explicou com um sorriso, nesse instante a irmã dele aparece.

- Afonso vamos embora.- pediu olhando me com desprezo.

- Eu estou a falar com a Alice, por isso não posso.

- Não te preocupes comigo. Podes ir. Eu vou ter com eles. Vemo nos amanhã.- fui ter com eles.

- Já viste o que fizeste? Que raios, vocês não me deixam em paz.

- Tu não podes estar próximo dela. Afasta te enquanto é tempo Afonso.- fez uma pausa.- Eu digo isto pelo teu bem.

- Se fosse, vocês não se metiam.- vi o a ir embora alterado, a irmã deu me uma última olhada e foi embora.

- O que é que se passou Alice?- perguntou Rute curiosa.

- Não sei. Simplesmente a irmã dele aproximou se e disse para irem embora.- respondi.- O que é que eles têm contra nós?

- Queres dizer contra ti?- falou Joel a rir.

- Tu deves querer levar.- olhei para ele.

- Ok, já cá não está quem falou. Mas eu convidei te para ficares connosco, não foi para ficares a falar com ele.

- Cala te, que estás a dar me cabo da paciência.- eles puseram música.

- Aleluia, temos música.- disse Rute que levantou se para ir dançar, o Gustavo também foi.

- E tu, não vais?

- Estou à tua espera.- respondeu encarando me.

- Não é preciso, podes ir.

- Tu é que perdes.- levantou se indo ter com eles.

- Duvido.- falei comigo mesma.

Continuei a beber, depois levantei e fui ter com eles. Estávamos todos animados. A mexer nos como queríamos, cada um da sua maneira. Quase todos tinham levantado para ir dançar. O bar parecia estar mais cheio. Cantava as músicas que eles passavam.

- Pessoal, está na hora.- lembrou Gustavo.

- Qual hora?- perguntou Joel ainda a mexer se.

- Talvez tenham esquecido, mas nós andamos num colégio.- todos paralisamos, e quando demos conta já estávamos a sair ás pressas do bar. Entramos no carro, o Gustavo acelerou.

- Meu que horas são?- perguntou Joel, olhei o meu relógio.

- Cinco minutos para as 22h.- respondi descontraída.

- Cinco minutos? Estamos feitos.- comentou Rute.

- Acelera Gustavo. Acelera.- pediu Joel nervoso.

- Mas tu queres ter algum acidente. Já não chegamos a tempo, por isso vamos normal.- reclamou Gustavo.

- Credo, não é preciso ficarem assim.- falei vendo a cara deles.

- Acho que preferia ter um acidente do que enfrentar o diretor.- disse Joel olhando pela janela.

- Ai Joel, que horror. Eu ainda não quero morrer. O melhor é tentarmos entrar sorrateiramente.- sugeriu Rute.

- Como, se temos o segurança?- perguntou Gustavo.

- Mas ele com certeza deve estar a dormir.- respondeu.- Como é que perdemos a noção das horas?

- Acontece a todos, queridos.- disse vendo a escuridão lá fora. Chegamos, o Gustavo e o Joel foram estacionar o carro, nós ficamos à espera deles.

- Eles que se despachem, está muito frio.- resmungou Rute.

Depois avistamos eles a correrem na nossa direção. Entramos pelo portão, fechando o de seguida. Tentávamos não pisar em algo que fizesse muito barulho. Andávamos lentamente, quando uma luz num dos dormitórios acendeu, nós paramos. Quando apagaram a luz continuamos a andar, chegando à porta.

- Nenhum de vocês tem chave?

- Olha isto não é propriamente a nossa casa.- sussurrou Joel.

- Tenho de me lembrar de fazer uma cópia das chaves.- falei mais para mim.

- E agora como é que entramos?- perguntou Gustavo.

- Gostam de escalada?- perguntei olhando para eles.

- Nem penses Alice.- repreendeu me Rute.- Despachem se, eu estou a congelar aqui.

- Vou mas é bater à porta.

- Não.- sussurraram os três ao mesmo tempo.

- Então vocês preferem ficar aqui ao frio?- eles não responderam.- Bem me parecia.- quando ia bater, a porta abriu se e nós nos afastamos. Nos entre olhamos espantados.

- O que foi que fizeste?- perguntou Rute cautelosamente.

- Não fiz nada. A porta é que abriu de repente.- empurrei a porta, entrei em primeiro e eles foram atrás. Como a Rute tinha referido o senhor Armando estava a dormir.- Rápido, não façam barulho.- subimos as escadas, eles foram para o lado deles e nós para o nosso.

O ColégioWhere stories live. Discover now