Portão desconhecido

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Segunda. Com a morte da tal Mariana, o diretor decidiu dar nos três dias de folga. A partir de hoje até quarta, depois quinta voltávamos novamente ás aulas. Com essa folga até decidi ficar mais tempo na cama. Elas já tinham saído como sempre e eu permanecia deitada na cama. De repente, o dormitório ficou frio. Olhei para a direção das janelas que estavam abertas. Levantei e fui fechá las. Assim que virei me dei de caras com ele.

- Tu ainda vais matar me.- caminhei até à cama e deitei me.

- Levanta. Já dormiste muito.- ordenou puxando os cobertores.

- Deixa me em paz. Vai chatear outra pessoa.- resmunguei puxando os cobertores para cobrir me. Ele sentou se na cama e não disse mais nada. Sentei na cama fitando o.- Tu sabias o que estava a acontecer?

- Estás a falar de...?- fez se de desentendido.

- Do que aconteceu na discoteca.- respondi secamente.- Era por isso que não querias que eu entrasse.

- Não é nada disso. Até parece que tu já não sabes que existem vampiros.- disse sarcasticamente.- Ou vais dizer me que não sabes o que matou aquelas pessoas?

- Não sei do que falas. Não existem vampiros.

- Não sejas ingénua. Se eu fosse a ti afastava me deles. Cuida te.- senti os seus lábios frios na minha testa, fazendo me arrepiar. Dado o beijo na testa, ele piscou me o olho e saiu.

Agora sentia me muito confusa. Como é que ele sabia do Afonso e dos seus irmãos? Esquece Alice, não podes tirar conclusões precipitadas. Para além disso, ele nem sequer referiu nomes. Será que os vampiros é que foram a causa da morte daquelas pessoas? Já nem sei o que pensar.

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Tinha decidido ir falar com o diretor, para ver se conseguia mais alguma informação. Saí do refeitório andei pelo corredor e subi as escadas.

- Alice podíamos....- interrompi lhe.

- Agora não Afonso.- respondi de imediato passando por ele.

Andei pelo piso das salas de aula, alguns alunos estavam a conversar. Já em frente à sala do diretor, encontrei o Joel sentado no sofá.

- Já aprontaste alguma, de certeza.- afirmei, sem precisar de ouvir a sua resposta.

- Claro que não. Achas que não tenho mais nada para fazer?- disse tentando fazer uma voz de inocente.

- Pelos vistos não.- ia abrir a porta mas ele travou me.

- O diretor está ocupado. Está aí um senhor.- esclareceu Joel voltando a sentar. Decidi então sentar me ao seu lado. Ficamos a conversar por um bom tempo até que finalmente o senhor saiu da sala acompanhado pelo diretor que nos viu.

- Fica combinado então.- despediu se do senhor e olhou para nós.- Alice. Joel. Quem está primeiro?

- O que eu quero dizer só leva um minuto.- levantei indo já em direção à sala.- Vamos entre diretor. Obrigada Joel.- ele fez uma careta de mau gosto, mas ignorei fechando a porta.

- O que queres desta vez Alice?- o diretor perguntou sentando se na cadeira.

- Queria saber se tem alguma novidade da causa da morte da Maria?

- Queres dizer Mariana?- questionou atónito.

- Pois, é mesmo isso. Que cabeça a minha, até faço confusão com os nomes.

- Lamento, mas não posso dar te essa informação.- respondeu, começou a mexer na papelada que estava na mesa.

- Mas diretor nós éramos amigas.- ele encarou me desconfiado.

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