Capítulo 10 - Truce -

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Retiro o capacete da cabeça o guardando depois de estacionar com a minha moto na garagem do prédio onde moro. Pego tudo que preciso – como a carteira e as chaves, do apartamento e da moto – e ando até o elevador logo apertando o botão para chamá-lo. Não demora muito e o elevador chega ao subsolo abrindo suas portas. Entro e aperto o botão para a cobertura, entretanto, o elevador para no hall de entrada.

As portas se abrem revelando uma garota loira que usava um vestido curto vermelho rodado de alças largas. Moon estava olhando para o chão, mas assim que levanta seus olhos para mim, suas bochechas coram rapidamente. Ela entra calada, e eu prefiro não dizer nada. Depois dela apertar o botão do seu andar e as portas fecharem, o elevador começa a subir.

As luzes do elevador começam a piscar por um momento nos fazendo olhar para cima, contudo, antes de fazermos algum comentário, o elevador para com um baque que faz a garota ao meu lado ser "empurrada" para cima de mim, a seguro firmemente ainda próxima do meu corpo.

— Desculpa... – Sussurra ela envergonhada, seus olhos me olhavam com uma profundidade sem igual, e nossa proximidade me fazia sentir seu hálito quente contra meu peito.

— Sem problema. – Digo me afastando dela e observando pela primeira vez que o elevador havia parado.

— Acho que foi uma queda de energia. – Ela aponta para as luzes do elevador que haviam se apagado deixando apenas uma fraca luz de emergência acessa, coisa que só percebo agora.

— O pior é que paramos entre dois andares. Mesmo se eu tentar forçar as portas a se abrirem, ficaremos presos no concreto. – Digo observando os números dos dois andares parados pela metade.

— Trinta e três..., trinta e quatro... – Sussurra ela. – Pelo visto estamos presos até a luz voltar.

— É. – Concordo me escorando na parede de espelhos.

De repente, um rangido de metal soa pelo local, Moon dá um pulo em minha direção me abraçando forte enfiando seu rosto em meu peito. Ela parecia realmente assustada e meu primeiro instinto foi acariciar seus longos cabelos macios. Por mais que não temos intimidade, o abraço dela não é algo desconfortável, é algo estranhamente familiar.

— Calma, o elevador não vai cair. É normal alguns barulhos assim por ter muito metal envolvido. – Digo tentando a acalmar dando uma risada descontraída.

— Eu só não consigo parar de pensar que podemos ficar presos aqui até amanhã, ou pior, que essa coisa de lata pode cair a qualquer momento. – Sussurra ela erguendo sua cabeça para me olhar, seus olhos estavam lacrimejando.

— Tenta desocupar a mente. Pensa em outra coisa. – Sugiro.

— Eu posso ter uma ideia do que pode ocupar minha mente... – Sussurra ela com suas bochechas levemente vermelhas.

— O que? – Pergunto arqueando uma única sobrancelha, mas invés dela me responder, seus lábios tocam os meus em um beijo leve e suplicante.

Um segundo depois estou segurando seu queixo para aprofundar o beijo, suas mãos agarram minha nuca dando um leve puxão que me instiga a colocar minhas mãos em sua cintura puxando-a para mais perto de mim. No calor do momento, minhas mãos escorregam para sua bunda onde aperto com força a fazendo gemer durante nosso beijo.

— Acho que preciso de mais do que isso para esquecer que estamos presos aqui... – Ela sussurra depois de afastar seus lábios dos meus por um momento.

— Desafio aceito. – Dou um sorriso malicioso logo a puxando para meu colo a impulsionando e segurando em sua bunda.

— Boa sor... – A interrompo com um beijo intenso.

Cold Coffee - CastielOnde histórias criam vida. Descubra agora