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Me desperto aos poucos e começo a sentir uma terrível dor de cabeça. Abro meus olhos e um clarão invade meu campo de visão fazendo-me os fechar imediatamente. A dor na cabeça só aumentou, tento abri-los de novo, mas agora devagar, para começar a me acostumar com a luz. Tento movimentar meu corpo e sinto que não era apenas minha cabeça que doía, todo meu corpo estava doendo.

Que diabos aconteceu?

Consigo abrir os olhos por completo e percebo que estava em um quarto de hospital. Me conserto na cama e gemo de dor quando meu braço bate na grande de proteção que existia ali. E nesse momento percebo que meu corpo estava todo ralado, algumas partes estavam cobertas por gazes.

Um botão perto da minha mão, me chama atenção. O aperto.

Depois de longos minutos olhando para uma parede branca, que aliás, nunca tinha ficado tão interessante. Mal percebo a enfermeira entrar no quarto, estava distraída e acabo me assustando e ela percebe.

- Me desculpe. - diz tímida e caminha até o suporte do soro, que estava ligado ao um tubo transparente até meu braço, e regula as gotas. - O médico vai vim examinar você logo. Fico feliz que você esteja bem. - ela da um sorriso e sai do quarto.

Ótimo, sozinha novamente.

Não sei bem em qual momento, mas acabo pegando no sono. Quando acordo novamente, era um novo quarto e também já não era mais dia, a noite já havia chego. O quarto escuro, apenas iluminado pelas frestas da janela e da porta, logo ficou totalmente claro quando alguém entra pela porta. Aquela silhueta, reconheceria em qualquer lugar.

- Mãe! - digo aliviada.

- Oi meu amor, estava tão preocupada.. - ela diz e caminha até o interruptor e liga a luz do quarto.

- O que aconteceu? Foi tudo tão rápido que ainda não deu tempo de assimilar tudo.

- Não se preocupe com isso agora, minha querida. O médico fez alguns exames por enquanto que você estava desacordada e amanhã cedo você já será liberada.

- A quanto tempo estou aqui? - me conserto na cama.

- Dois dias. Ontem você ficou indo e vindo o dia todo, ninguém sabia o que estava acontecendo, o médico supôs que seria a sua pressão... Enfim, não sei explicar muito. Só hoje você acordou de verdade e eles te transferiram para esse quarto. - ela da um sorriso e conseguia ver o alívio em seu rosto.

- Desculpa, mãe.

- Você não tem culpa de nada.

- Só tem a senhora aqui? - pergunto.

- A Alex está aqui, como o horário de visita acabou, ela teve que ficar na sala de espera. Seu pai e a Lydia foram para casa, mas prometeram bem cedinho estarem aqui amanhã.

- Pode chamar a Alex?

- Claro.

Alguns minutos depois, a Alex entra pela porta com um sorriso enorme em seu rosto. Ela se parecia muito comigo, pele morena, cacheada e olhos castanhos. Costumávamos brincar que ela é minha gêmea que veio atrasada. Única diferença era o cabelo cumprido dela, alguns cachos chegavam ate seu quadril. Por enquanto que o meu era no ombro.

- Oi meu leãozinho, que susto você deu, em. - o apelido dela, fez meu coração aquecer.

- Perdão, juro que não foi minha intenção. - cruzo meus dedos e sorrio junto a ela.

- Engraçadinha. - ela vem até a mim e deposita um beijo em minha cabeça.

- Cuidado com os braços, eles doem quando toca. - ela passa a mão por meu rosto da uma risada maligna, como se quisesse me causar dor. - Nem pense nisso.

• Sueños ⊰ Christopher Velez Where stories live. Discover now