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Um segundo primeiro dia, estou bem mais tranquila do que da última vez. Creio que todos aqueles sentimentos, tenha sido um pedaço do problema que ocasionou o acidente.

Com as diárias histórias que a Jennifer conta, sinto que carrego um pedaço do colégio, sem ao menos ter entrado nele. A Jenni irá vim me buscar, o meu carro ainda está na oficina, no entanto, mesmo se não estivesse, ainda não teria coragem em ir dirigindo. É tudo recente, acho que não daria conta. Apenas eu, sei o quanto de medo sentir ao ver o carro capotar pela avenida.

A diretora convocou uma reunião no auditório principal do colégio, ele era imenso e cheio de cadeiras, uma escada o dividia ao meio

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A diretora convocou uma reunião no auditório principal do colégio, ele era imenso e cheio de cadeiras, uma escada o dividia ao meio. Todos os alunos e professores do primeiro turno estavam aqui. Agora o nervosismo começou a aparecer, todos aqui já tinha uma certa familiaridade um com o outro. Por trás das cortinas, conseguia ver a Jennifer na primeira fileira. Um rosto conhecido no meio dessa multidão é bom.

Respirei fundo ao abrir a cortina quando a Sarah, diretora da Juilliard, chamou a mim e uma uma outra mulher, até o palco.

Ela estava atrás de mim esse tempo todo? — não é hora de conversar com meus pensamentos. Apenas ignoro o fato de não ter percebido a presença da mesma ali e sigo em frente.

— Hoje é um dia especial, receberemos mais duas incríveis professoras aqui em Juilliard. Nossa nova professora de ballet, Paola Mancini e a professora de salsa e tango, Nora Hale. Vocês deveriam ter conhecido a Nora a algum tempinho atrás, mas por conta de um acidente que felizmente ela sobreviveu, vocês estarão conhecendo-a hoje. — Sarah continua. — Nós damos a vocês as mais sinceras boas vindas. Espero que vocês se divirtam e sejam felizes trabalhando aqui.

Agradecemos e falamos um pouco no microfone, eu estava tranquila, agora que meu sonho está se tornando realidade, tenho que aprecia-lo. Ao contrário de mim, a Paola exalava nervosismo. Dava para observar o quanto estava sendo difícil ela falar com aquele tanto de pessoas. Ela foi breve e saiu um pouco apressada a minha frente.

Deixamos a diretora falando mais alguns outros avisos e caminho em direção a Paola, a mesma se encontrava sentada em um banco. Sua respiração estava rápida. Ela tira os óculos de seu rosto e passa um pano por ele.

— Oi! — me aproximo.

— Olá. — ela da um sorriso tímido.

— Tá tudo bem agora, pode respirar. — dou um sorriso para descontrai. — Você arrasou.

— Sério? Estava por um triz ali em cima. — seus ombros relaxam.

— Eu percebi, mas passou. Quer um copo com água?

— Aceito.

Caminho até um bebedouro e pego os copos descartáveis, os encho de água e volto até ela. A mesma agradece e tivemos uma pequena conversa amigável. Ela era adorável, de pele clara e cabelos castanho claro, usava um óculos de grau, sua armação era preta e combinava com seus olhos.

Finalmente o intervalo, era cedo demais para estar agradecendo?

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Finalmente o intervalo, era cedo demais para estar agradecendo?

As aulas aqui duravam um hora e meia, os primeiros trinta minutos eram para alongar. Pela manhã, meus alunos eram mais velhos, isso era bem melhor e as aulas fluíam bem. As crianças ficariam na turma da tarde, e eu precisava de conselhos para isso. Nunca havia ensinado crianças.

Mando mensagem para Jennifer e ela logo me responde, avisando que já estava no refeitório. Aproveito meu caminho sozinha e entro no meu Instagram, Christopher ainda estava lá, nas solicitações que não tinha aceitado. Aperto em visitar perfil e fico alegre por ser aberto. Começo o stalkear e vou descobrindo coisinhas sobre ele. Um pai completamente babão pelo pet, ele é do Ecuador e bom, ele tem bastante seguidores, talvez ele fosse conhecido. — dou os ombros. Caminhando pelo corredor, acabo esbarrando em alguém.

— Ai, me desculpa! — percebo quem era a pessoa e sorrio. — Estava focada no celular.

— Nada não, também estava distraída. — Paola diz e balança seu livro.

— Indo para o refeitório? — ela concorda com a cabeça. — Eu também, isso é bom.. não vamos chegar lá sozinhas.

— É.. — ela sorri. — Estou faminta, vamos? — balanço a cabeça. Guardo o celular no bolso da calça.

Logo encontro a Jennifer sentada com alguns outros professores, caminhamos até ela e a apresento Paola, e ela, os professores

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Logo encontro a Jennifer sentada com alguns outros professores, caminhamos até ela e a apresento Paola, e ela, os professores. Eu e a Paola fomos fazer nosso pedido na cantina, depois voltamos e nos sentamos.

Alguns dos professores foram paras suas turmas sobrando apenas Jenni, eu e a Paola, e mais dois. Só que eles pareciam um pouco interessados apenas neles.

— É bom ver que vocês estão se tornando amigas, não tinha ninguém novato aqui quando entrei. — Jennifer diz. — Foi triste não ter minha amiga por perto.

— Nem consigo imaginar, certeza que se não fosse por vocês, eu estaria sentada mais ou menos ali. — Paola aponta para uma mesa um pouco longe, perto de uma grande  janela que dava uma visão para rua.

— Provavelmente iria chegar em você e te chamar para sentar com a gente aqui. — Jenni concorda comigo. — Pode ter certeza que sozinha você não ficaria.

Paola sorri e nosso pedido chega.

— Hm... você tem algo para me contar? — pergunto a Jennifer.

— An...não sei, tenho?

— Não se faz, eu sei o que você fez.

— A ideia foi da Alex, a gente viu vocês conversando no mercado. — ela se entrega. — Amiga, você nem falou seu nome para ele.

— Ele não fez por merecer. — dou os ombros. — Ele é cantor, deve ter uma mulher e se não tiver, é mulherengo. E o pior, pode ser casado e mulherengo.

— Como pode ter tanta certeza?

— Porque todos são.

— Isso eu tenho que concordar. — Paola diz. — Desculpa, só queria da minha opinião.

— Relaxa, pode dá.

Contei a ela, a história com o Christopher e como minha amiga e irmã está tentando virar cupido de um casal que não tem nada a ver.

• Sueños ⊰ Christopher Velez Onde histórias criam vida. Descubra agora