𝐄ssa é a história de Phoebe Jane Montenegro, nasceu devido uma traição de Thomás fora do casamento; a pequena apenas desejou ter uma figura masculina ao seu lado orientando, protegendo o que não aconteceu. Depois da morte de sua mãe apenas desejou...
Arrependido. É esse o sentimento que prevalece diante de tudo que aconteceu na noite anterior no meu apartamento; arrependido por ter me deixado ser influenciado por um momento, decepcionado por ter traído Bruna e por ter magoado Phoebe — sim, eu sou um idiota. Um dia você se orgulha do homem que você se tornou e no outro dia, em um momento de loucura você coloca seu caráter a prova e falha miseravelmente; é sabe o que é pior ? Entrar na sala e lembrar de todas as cenas, das carícias, risadas e ir para a cama e sentir o perfume de Phoebe nos lençóis. Vê-la em minha tela mental, nua e totalmente entregue a mim é covardia —, eu espero de verdade que isso seja apenas a culpa me atormentando por que não vou conseguir conviver com essas lembranças pelo resto da minha vida. Eu amo Bruna, ela é a mulher que escolhi para ficar do meu lado mais não consigo explicar a atração que senti por Phoebe, foi algo que não consigo colocar em palavras -, uma chama ardente que só nós dois sabemos e que foi enterrada para não se repetir nunca mais. Foi esse meu pedido para Phoebe antes dela deixar a minha casa, e ela me pediu para esquecer que ela esteve ali. Como eu faço para apagar algo que ficou cravado em meu coração?
👮♂️: ━━ Agente Montenegro? - a voz grave do meu colega de trabalho me fez voltar para o presente, minha sala diante do computador preenchendo alguns relatórios.
━━ Agente Cortez. - respondo, ajeitando minha postura na cadeira.
👮♂️: ━━ Reunião para estratégia da missão 27, em cinco minutos. - ele informa, assentindo com a cabeça.
━━ Já estou indo. - profetizo, acompanhando com o olhar até Cortez sair da sala. Assim que fico sozinho passo a mão em meu rosto e bebo um pouco de água, preciso pairar minha mente para a reunião.
•••
Deixo o departamento por volta das 15h da tarde, tive um dia cheio e devido às festividades natalinas havia alguns casos para serem investigados. Abro três botões da camisa já dentro do carro, e quando vou dar partida meu smartphone toca no banco no carona.
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Fico alguns segundos olhando a tela antes de atender a chamada.
━━ Oi Bruna. - digo assim que atendo.
Bruna: ━━ Por que você está me chamando de Bruna ? Sou eu quem deveria estar brava com você. - ela retruca do outro lado da linha.
━━ Você quem ficou o dia inteiro sem falar comigo amor, vou fazer o que? - desligo o carro novamente, pendendo a cabeça para trás no banco.
Bruna: ━━ Desculpa, aconteceu uma coisa é preciso muito falar com você. Pode vir aqui em casa agora ? Onde você está? - ela diz com a voz trêmula.
━━ O que aconteceu? Estou saindo do departamento agora. Já passo aí. - conclui.
Bruna: ━━ Prefiro dizer pessoalmente, te espero aqui então. Beijos.
Finalizo a chamada, jogando o aparelho novamente sobre o banco — enquanto sigo a rota até a casa de Bruna me perco novamente em meus pensamentos, eu tenho certeza que não vou conseguir dormir em paz sem resolver essa situação; a única opção no momento é terminar meu namoro -, sei que Bruna vai sofrer com essa decisão, eu também vou mais pior que o término é ter que olhar para ela todos os dias e saber que fui infiel. Grey tem uma personalidade difícil, é um pouco mimada mais eu sei que ela luta todos os dias para ser uma pessoa melhor, por nós; admiro a forma que ela encarou os pais no início do relacionamento por eu ser bem mais velho que ela entre outras coisas. O percurso dura aproximadamente quarenta e cinco minutos, o trânsito está caótico devido ao horário; estaciono em frente a mansão Grey e sinalizo minha chegada ainda no interfone no portão.
━━ O que aconteceu ? - pergunto assim que adentro a sala e fito Bruna sentada ao lado da mãe, notei os olhos avermelhados de Bruna e isso me preocupa.
Bruna: ━━ Amor. - ela diz assim que me encara, levantando-se rapidamente caminhando em minha direção e me abraçando forte e começa a chorar.
━━ Meu Deus, o que aconteceu gente ? - envolvi meus braços na menor, depositando um beijo no topo de sua cabeça. Bruna está muito nervosa e não consegue falar então volto minha atenção para Nora sentada no sofá. ━━ Nora pode me dizer ?
Nora: ━━ Então Dean, Bru está muito nervosa por que... - a mais velha pausa, procurando as palavras para me dizer.
━━Fale logo mulher! Alguém morreu? - pergunto.
Nora: ━━ Bruna está grávida. Parabéns papaaaai. - minha sogra se levanta sustentando um sorriso no rosto e batendo palma em comemoração.
"Papai" essa palavra ecoou em minha cabeça algumas vezes antes de dizer algo. Meus olhos saltaram, e reagi no automático apenas abraçando Bruna ainda mais forte.
━━ É sério isso ? Bruna você não está me trolando não né ? - pergunto, encarando a morena em minha frente que abre um sorriso ao me ouvir enquanto seca suas lágrimas.
Bruna: ━━ Sim, vamos ter um filho Dean. Eu tô com medo e feliz ao mesmo tempo.
Naquele momento de euforia o mundo parece cair sobre meus pés, eu não sei como reagir a essa notícia mas o que eu havia planejado no caminho não seria mais possível; eu não posso deixar Bruna sozinha nesse momento, ela tá esperando um filho meu e eu preciso dar meu apoio, preciso estar com a minha família. Eu sempre sonhei em ser pai, porém não imaginei que seria em uma situação assim. Precisamos de um tempo ali, na sala enquanto Nora busca um suco e conversamos um pouco sobre o acontecido -, Bruna já mais calma relata que já faz alguns dias que está se sentindo enjoada e um leve mal estar e sua menstruação está atrasada então resolve fazer o teste de gravidez. No mesmo momento que está tudo aparentemente bem, por outro lado dentro de mim está um furacão mas não posso culpar ninguém pela desordem feita já que fui eu quem deixei a janela aberta.
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