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Jade;

O melhor de tudo, é que quando ele me deu o celular. Só pra mostrar as fotos dele, eu apaguei a conversa inteira.

Ele que lute.

Cíntia: Meu amor, em rosto que mamãe beijou ninguém trisca! - Gritou e eu fiquei só rindo.

RS: Manda ela parar de ser burra então, se os cara de cima tivessem lá. Já tinha dado mó caô pra ela.

Mentira, ele não ia deixar. Só tá tentando me assustar.

Cíntia: O Jade, pra que você tinha fotos daquela criatura?! - Cruzou os braços. - E não mente pra mim garota.

Jade: Ele é bonito ué, só por isso mesmo. E a culpa nem é minha, burro é ele que posta foto. - Gargalhei.

Meu pai me olhou com a pior cara do mundo.

RS: Tu não inventa em caralho. Maluco tem quase idade pra ser teu pai porra, já tô te avisando em. - Todo revoltado.

Jade: Eu que apanho e me fodo, e é comigo que vous briga?! Eu hein, não tô valendo mais nada nesse mundo.

RS: Apanhou de burra, sabe dos bagulhos e quer se meter em tudo. Caralho em.

Dramático.

Jade: Tá bom pai, desculpa então. Eu sempre tô errada, eu sou um poço de decepções pra você, eu sempre faço tudo errado. - Cruzei os braços indignada.

Minha mãe logo começou a rir.

Cíntia: Gente que dramática, ganhou até de mim. - Não tenho um pingo de respeito.

Que horror.

RS: Para de ser burra paquita. É só muito amor envolvido. - Sentou do meu lado rindo. - Se tu fazer de novo, tu vai daqui pra França apanhando de corda.

Apanhar de corda é uma verdadeira tortura. Me ocorreu uma vez.

Jade: Vous sabe, se o seu amigo trouxe meu celular? Estou a vinte minutos, olhando pro meu quadro. Eu era uma criança tão estranha.

Cíntia: Não, você era uma criança tão bonitinha. Só que as vezes, era meio sei lá.

Entendi tudo.

Conviver com meus pais, é o verdadeiro significado de sofrer bullying a vida inteira.

Mas eu amo né, quem seria eu sem eles?! Ninguém.

Eu achei bom que o cara viu, pelo menos ele me notou né. Só vinha falar comigo, pra mandar eu colocar máscara.

E se por algum acaso ele ver as minhas fotos, não tem problema. Meu corpinho é muito lindo.

RS: Vai lá pegar teu celular, tão trazendo já. - Levantei doida, calçando meu chinelo.

Saí correndo que nem doida pela casa. Ficar sem meu celular é um sacrifício enorme.

Fiquei encostada no portão de casa, esperando. Torcendo pra ser o Falcão, aquele homem é um pecado.

Nossa senhora, fico fraca.

Vi uma moto descendo a rua devagar, já me animei até.

Pezinho: Fala tu paquita do satanás. Vim trazer teu bagulho. - Encostou a moto tirando o capacete.

Jade: Ah mas é tu, chulé. - Fiz careta. - Bloquinho essa semana?!

Carnaval é tudo. E eu e o Pezinho, somos a própria festa.

Pezinho: Rola nunca. Tão organizando um baile aqui pô, vou ficar na contenção.

Jade: O seu imbecil, era só brincadeira. Depois pega o corona e quero ver, ninguém vai ajudar bandido procurado não.

Gente burra é impressionante.

Pezinho: Tu é chatinha em paquita. Ó teu celular garota. - Esticou a mão e eu peguei. - Passa álcool gel em.

Jade: Diz obrigada por mim, já que ele não quebrou meu celular.

Entrei pra dentro do quintal rindo e ele acelerou saindo daqui.

Liguei meu celular alí mesmo, porém não tá certo. Gente.. tomara que meu pai mate aquele desgraçado.

Aí que ódio!

Pois eu vou lá, exigir um celular novo.

...

Por Nós. - [M]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora