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Jade;

Jade: Negativo? - Perguntei e ele concordou - Que ótimo. Nosso rolê está de pé, então?

Ele amassou o papel é jogou na lixeira, então me olhou e suspirou passando a mão no cabelo.

Falcão: Aham, fala lá pro seu pai. - Cruzei meus braços fazendo careta - Jadesinha, tu sabe que isso não vai rolar pô. Teu pai tá na minha cola e na moral, não quero caô com ele.

Suspirei me encostando no balcão e desviando o olhar.

Jade: O que meu pai te falou? - Ele balançou a cabeça e se encostou do meu lado - Fala.

Falcão: Que confia em mim, sabe que eu não sou maluco de me envolver contigo. Só que ele também sabe que é tu que tá forçando a barra e que tu não desistir tão cedo.

Virei meu rosto encarando ele e engolindo em seco, sentindo minhas mãos tremerem. Ok, forçando a barra é demais! Ah, que ódio!

Jade: Vous acha, que eu estou forçando a barra? - Perguntei e ele ficou me olhando por segundos em silêncio.

Falcão: Sim, e tu também sabe. - Dei risada negando - Vai negar mesmo? Coé, Jade?

Jade: Eu só tentei ser sua amiga, pelo menos na maior parte do tempo e mim desculpas se incomodei vous. - Falei rápido e ele pareceu confuso - Não foi minha intenção, forçar a barra.

Procurei minha mãe no corredor e nada, o Falcão conseguiu me deixar puta da cara! Sério, que idiota.

Falcão: Acho que eu que tentei ser teu amigo, né não? Tu não ficou brava, né? - Bufei revirando os olhos.

Jade: Eu? Nunca! - Sorri falsa - Não tô entendendo porque você tá falando assim de mim, como se eu fosse uma puta. Uma atirada incapaz de ter uma amizade.

Ele arregalou os olhos e negou rindo, babaca.

Falcão: Não, pô, não. Ficou louca? - Negou - Só falei que a gente não vai rolar, não te chamei de nada não. Mas geral sabe que tu queria coisa a mais.

Jade: Ah, claro que eu queria! Não fode, Falcão. Tu tem o que? Quase quarenta anos?! - Apontei com a mão aberta - Tá vous pode até ser bonito mas não é isso tudo, vous me disse uma vez que não ia rolar e eu entendi. Eu só brinco contigo.

Ele abriu a boca mas não falou nada, por um momento pareceu ter ficado em choque.

Falcão: Jadesinha.. - Neguei e ele ficou quieto.

Jade: E nem vem jogar tudo nas minhas costas porque tem medo do meu pai, tá? Eu sou lerda mas nem tanto, eu percebi as suas breves investidas. Piadinhas de duplo sentido.

Falcão: Paro, tu tá bolada com isso mermo? - Riu de afastando - Tu é muito criança mermo em, que isso.. Se liga pô, eu brinco contigo do mesmo jeito que tu brinca comigo.

Jade: Ué, agora eu brinco com vous? - Cruzei meus braços e ele riu nervoso - Tu só tá se contradizendo.

Ele passou a mão no cavanhaque, me olhando e negando, sem saber o que dizer.

Se tem uma coisa que eu sei bem fazer, é mentir. Em fingir eu sou boa também. Se eu fosse uma otária ia fingir que tá tudo bem e chorar quando chegasse em casa, mas eu não sou. Graças a Deus.

E se a intenção dele era me dar um fora, agora ele acha que quem deu um fora foi eu. Simplesmente, incrível a arte do fingimento. Ele que lute!

Falcão: Cê tá me confundindo. Pô, eu vou nessa beleza? Quando tu tiver suavinha, nós troca um papo maneiro, Jadesinha.

Jade: Vai lá, Falcão. - Ele abaixou a cabeça rindo.

Falcão: Falcão? Beleza, pô. - Veio para perto de mim e deu um beijo na minha cabeça.

Assim que ele se afastou, coloquei meu maior sorriso debochado no rosto e ele bufou dando as costas para mim. Ridículo.

Ele conseguiu me estressar de verdade.

Por Nós. - [M]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora