02 - O drama de um mafioso

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JUNGKOOK

Uma semana desde que beijei aquela gracinha na balada.

E, por Deus, não há lugar nesse bairro que eu não procurei por Jimin, perguntei a Seokjin se ele sabia dele, mas este me disse que só conhecia os dois amigos de vista e por isso pediu que eu os deixasse ir, para não lhes meter em problemas. Tentei de tudo, porque eu precisava sentir aquele garoto de novo, preciso disso, aquele maldito loiro meio metro não saía da minha cabeça um segundo sequer, se apossou de todos meus pensamentos.

- Jungkook. - Ouvi meu nome ser chamado, mas não foi o suficiente para me tirar da minha linha de pensamento.

Quando vi aquele serzinho naquela pista de dança, jurei ter visto um anjo. Os cabelos loiros, os lábios de boneca que tanto me hipnotizaram, os olhos puxadinhos que sumiam quando ele sorria, ah, aquele sorriso angelical que fez os meus olhos brilharem, aquela voz doce era como música para os meus ouvidos, e toda essas características contrastavam com a clara ousadia nas suas palavras, o corpo pequeno ao passo de que com curvas delineadas, leves músculos nos braços, as coxas grossas e malhadas, e aquela bunda perfeitamente esculpida, empinada, durinha e redonda, que eu tanto apertei naquela noite.

Ele era o meu oposto, mas parecia ter sido feito na medida para mim.

- JUNGKOOK! - Gritou, e aí sim, eu me assustei pulando de leve na cadeira.

- Porra, Hoseok, vai assustar o cão! - Gritei de volta, levemente constragido pelo susto.

- A gente tá aqui falando há horas. - Se referiu a ele e os outros caras que "trabalham" comigo. - E você aí, moscando, olhando para o nada com essa cara de bobo.

- Quer um tiro no pé ou na mão? - Perguntei, rodando o revólver nos dedos, Hoseok ajeitou a postura na cadeira de prontidão. - Pergunta logo o que você quer e some da minha vista.

- T-tá. As novas cargas estão chegando, para onde você vai mandar?

- Como assim para onde? - Ri incrédulo. - Divide ela entre as regiões mais movimentadas, ué. Você não precisa de mim para resolver essas coisas, Jung.

- É, mas se eu decidir isso sozinho e der merda no final, é comigo que o seu papaizinho vai prestar contas, então faz a sua parte aí. - Levantei as sombrancelhas para o aparente desrespeito comigo e o encarei, este que pegou o pacote, que antes estava na mesa, nas mãos e saiu em disparada da sala.

Hoseok só sabe latir, mas não morde.

Levantei da cadeira e todos os presentes curvaram levemente a cabeça em sinal de respeito, estralei alguns ossos e segui porta à fora também. Acabei meus compromissos do dia, que se resumiam em responder as perguntas idiotas de Hope, então estava com tempo livre para ir à mesma boate e testar a sorte de ver o loirinho por lá.

• • •

Estacionei naquele lugar bastante frequentado por mim, os seguranças nem olharam para a minha cara e já me deram passagem para entrar. Entrei no lugar e, de repente, a atenção de todos estava em mim. Não é como se eu não estivesse acostumado.

Dei uma vasculhada com os olhos no local e nada de Jimin. Segui até o bar, resolvi que faria algumas perguntas ao barman.

- Boa noite, senhor Jeon. - Saldou o atendente, amigável. - Vai querer alguma coisa.

- Me vê uma cerveja, Soobin. - Observei ele pegar uma cerveja da grande geladeira atrás dele e me entregar, junto a um copo de vidro. - Vem cá, você não viu nenhum garoto loiro por aqui na semana passada, não? - Perguntei.

Polus | JikookOnde as histórias ganham vida. Descobre agora