[CONCLUÍDA] Como consequência de uma tragédia que colocou a sanidade de cada indivíduo direta ou indiretamente envolvido à prova, Lalisa viajou para o interior da Tailândia na intenção de se redescobrir, e Jennie resolveu passar um tempo indetermina...
"You can see it in my eyes, I can feel it in your touch; you don't have to say a thing, just let me show how much I love you, I need you." - Exile
(Você pode vê-lo em meus olhos, eu posso sentí-lo em seu toque; você não tem que dizer nada, apenas me deixe mostrar o quanto eu amo você, o quanto preciso de você)
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LISA
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The Weeknd estourava nas principais caixas de som da área externa, vibrando dentro da minha cabeça. Naquele momento específico, passava Starboy numa versão mais dançante, as batidas envolventes colocando pra dançar até quem não era acostumado. Um exemplo disso era Jisoo. Nunca a vi tão solta como naquela noite, pulando, rindo e se movendo no ritmo da música como se fosse sua última oportunidade de aproveitar o mundo.
Já minha garota, que acompanhava Jisoo junto com Irene, estava no pico da embriaguez, se apreciando completamente. Ela cantava à plenos pulmões com um copo de bebida na mão e seus cabelos eram uma bagunça selvagem enquanto esvoaçavam por todos os lados. Eu conseguia ver o líquido voando sempre que ela pulava mais forte, algo que não a diferenciava muito das outras duas. Sua risada e cantoria flutuavam até mim límpidas, e as luzes coloridas que viajavam rápidas pela pista de dança improvisada clareavam com exatidão o suor que cobria sua pele, dando-lhe um aspecto extracorpóreo.
Sim, eu poderia passar horas só ali, perdida em suas curvas e em seus movimentos, perdida em sua beleza incomparável, em sua risada melódica que agraciava completamente meus ouvidos e tornava a noite ao redor ainda mais brilhante, dispensando a influência da lua e das estrelas.
Ela era poesia em cada mísero detalhe, e aquilo era incontestável. Ela era o tipo de verso que eu tatuaria na testa sem nem pensar duas vezes. Mas claro que eu não precisava daquilo. Eu era uma bendita sortuda que a tinha de um jeito muito mais especial do que qualquer simbolismo ou marcação. Eu a tinha em meu coração.
Enquanto a admirava de longe, não pude deixar de sorrir bobamente. Ver Jennie leve daquele jeito fazia meu coração flutuar. Ela raramente se embebedava, especialmente não quando era pra se divertir. Mas ali estava. Completamente solta e alegre, comemorando tudo o que a gente tinha pra comemorar como merecia comemorar. Suas pretensões pra Solaris, nossa casa, nossa vida, nós.
