[CONCLUÍDA] Como consequência de uma tragédia que colocou a sanidade de cada indivíduo direta ou indiretamente envolvido à prova, Lalisa viajou para o interior da Tailândia na intenção de se redescobrir, e Jennie resolveu passar um tempo indetermina...
"Baby this love, I'll never let it die, can't be touched by no one, I'd like to see them try." - Jaymes Young
(Baby, este amor, eu nunca vou deixá-lo morrer; ele não pode ser tocado por ninguém, eu gostaria de vê-los tentar)
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KAI
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— O jatinho chegou faz mais ou menos uma hora — falei, checando o horário no relógio de pulso. — Jennie deve ter se atrasado.
Estávamos na espaçosa sala de reuniões da Solaris, as paredes envidraçadas tomadas por grossas cortinas cinzentas e a luz artificial banhando o recinto com sua claridade pálida. Havia uma mesa envernizada no centro do cômodo, rodeada por assentos de encosto alto. Na parede diante da mesa havia um púlpito na frente de um quadro branco, onde o projetor lançava trabalhos apresentados pelos funcionários. Ele se encontrava inutilizado naquele momento.
Eu estava sentado na ponta da mesa, como minha posição pedia, e meus braços envolvidos pelas mangas do blazer branco encontravam-se apoiados na superfície plana, sobre a qual estava a papelada de venda da Solaris. Os acionistas ajeitavam-se ao redor e, à minha direita, estava Samyan Manoban, o nosso comprador. Impecável em terno e gravata, ele checava o horário no próprio relógio, assim como eu e a grande maioria dos presentes.
Jennie estava demorando. Era um atraso gritante, inclusive. Eu precisava segurar as pontas até ela aparecer.
— Enquanto ela não chega, vou ditar as cláusulas da venda — falei para Samyan, puxando os documentos empilhados pra perto de mim. Ele era fluente em coreano, então não me preocupei em mudar de idioma. — Número um...
Conforme eu lia em voz alta tudo o que o homem já deveria ter lido, me perguntava onde Jennie poderia estar. Eu não falava com ela desde que desligou o celular pra embarcar no jatinho, o que somava horas e mais horas. Não era uma viagem rápida dos Estados Unidos até a Coréia do Sul, mesmo sem as intermináveis pausas que aviões comerciais faziam.
Fui interrompido em minha leitura de cláusulas e imersão em pensamentos pela voz seca de Lee Yeongsu, um dos principais acionistas do Sr. Kim durante a regência dele.
