_𝐩𝐫𝐨𝐟𝐞𝐬𝐬𝐨𝐫 𝐧𝐮𝐦 𝐛𝐚𝐫 - 𝐑𝐃𝐉

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|Realidade Alternativa|
S/n: Seu Nome
S/s: Seu Sobrenome

— Se liga, moleque, nunca mais vou te ajudar até você me pagar, seu imbecil!

Desligo meu telefone ao encerrar a chamada com o idiota da minha turma, até o considerava amigo, mas aos poucos foi querendo coisas, dizendo que vai me pagar até hoje tamo nessa.

Quero ver aquele gado chegar querendo falar comigo amanhã, tô quase na loucura de descer o cacete naquele narcisista do caralho.
Nunca tinha visto um garoto que vive querendo prints das minas confessando que pegaria ele, acho que é fetiche, ou sei lá.

Quem diria que meu ensino médio seria uma novela mexicana, onde eu que sou a protagonista seria a que mais passaria raiva.

— Respira fundo, S/n! — falo sozinha na tentativa de amenizar meu ódio.

Já é final de tarde, num domingo, nada melhor do que beber uma gelada enquanto poderia estar no cinema com um garoto da minha sala.

— S/n! — Junin, o dono chama meu nome quando me vê.

— Olha o Junin, man! — sorri parando próximo ao balco onde ele está.

Em meio da conversa com o homem que conheço desde pequena, vejo um rosto familiar. Na verdade, reconheço o homem que bebe aparentemente sozinho, é o Robert, meu professor de física.

— Rapaz, acho que conheço aquele ali!

— Quem, o cara sozinho? — Junin me olha após ter virado o rosto para onde meus olhos iam.

— Vou lá, oh, ele é gente fina!

Despeço-me de Junin e ando sem pressa até onde o Robert está, já sabia que ele era de beber por conta das histórias que rolam durante suas aulas onde o mesmo conta para a turma.

Foi por conta dele que quase não fiquei de recuperação, pois ele me ajudou em uma matéria que não tinha nada a ver com o que ele ensina, tenho quase certeza que nenhum outro professor faria isso por mim ou por qualquer outro aluno.
Quem diria um professor de física ensinar filosofia. Loucura, né?

— Olha ele! — digo atraindo o olhar do mais velho que levantou as sobrancelhas quando me viu.

— S/n? — Ele perguntou.

— E eu tenho alguma irmã gêmea? — pergunto no meu tom habitual ignorante no qual ele também usa diariamente.

— Tu tem idade para estar aqui, garota?

— Óbvio, meu filho! — falo colocando minha mão no ombro dele — Tenho quase vinte!

— Senta aqui, S/n! — Robert segura minha mão que segura seu ombro.

— Vai pagar a primeira rodada? — arqueio uma sobrancelha olhando para o mesmo.

— Para você, sim! — sorri igual a ele.

— Oura... — arrodeio e me sento no outro lado da mesa onde ele está — Tava bebendo sozinho, Robertin?

 — arrodeio e me sento no outro lado da mesa onde ele está — Tava bebendo sozinho, Robertin?

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— Sim, mas me diz, desde quando tu tem dezenove?

— Desde o dia em que vim ao mundo! — dou de ombros vendo o mesmo revirar os olhos com um mini sorriso.

— Sei!

— Agora me diz, o que você, puta de um homem faz sozinho num bar de esquina?

— Vou levar esse 'puta de um homem' como um elogio, mas respondendo sua pergunta, é que eu não sei... Apenas vi esse lugar e pensei, por que não?

Sorri ouvindo o mesmo explicar.

— Um alcoólatra de primeira! — bati de leve na mesa com ele ficando na mesma energia que eu.

— Fale muito não, que a saideira vai ser depois das nove! — Ele se inclina um pouco para frente com a mão ao lado da boca.

— Vai me embebedar mesmo? — uma sobrancelha minha se arqueia com diversão.

— Só se você quiser! — conheço esse sorriso, só vejo quando ele faz algo fora da linha.

— E se eu quiser? — me inclino um pouco para frente, mas de forma que não é totalmente direta.

Vejo o olhar de quem sabe do que estou falando, seu sorriso também indica que o mesmo gostou. Agora é ver quem vai ficar bêbado primeiro, para saber de quem vem com atitude.

𝐋𝐒𝐃 𝐰𝐢𝐭𝐡 𝐑𝐃𝐉Onde histórias criam vida. Descubra agora