_𝐞𝐱-𝐧𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨 - 𝐑𝐃𝐉

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|Realidade Alternativa|
S/n: Seu Nome
S/s: Seu Sobrenome

Faz dois anos que mudei de escola, para um mais perto de casa, aliás, pública. Enfim, não foi fácil, mas até que consegui me virar bem nesses tempos.

Minha vida não estaria de cabeça para baixo se não existisse um certo encosto na minha sala, juro que daria tudo para vê-lo longe de mim, mas mesmo assim sei que seria difícil viver longe dessa praga.

— S/n! — ouço o mesmo chamar meu nome — Empresta o corretivo?

Apenas jogo o corretivo e o mesmo pega no ar, logo se virando para apagar o que tinha feito.
Dei de ombros e segui encarando a atividade de física, hoje é dia de revisão e mal estou conseguindo me concentrar.

Meu joelho e panturrilhas doem até quando penso em mexê-las, prova de que o treino de hoje valeu a pena. Estou até contente, vi na balança que consegui perder mais peso do que imaginava, mais uma conquista somente minha.

— Próxima aula quero isso feito! — O professor avisa antes de tocar o sinal.

— Ei, S/n! — Robert saiu de sua cadeira e se aproxima — Me empresta o telefone enquanto não começa a próxima aula! — Ele sorri para mim.

Simplesmente reviro meus e entrego meu telefone que parece ser o orelhão dele, o mesmo se senta na cadeira vazia a frente da minha mesa e mexe no celular.

É estranho em pensar que eu e ele já tivemos uma coisa, mesmo que ninguém desconfie, pois, sempre fui de falar com todo mundo e Robert seja do mesmo tipo que consegue conversa com todo mundo.

Tentamos namorar algumas vezes, a primeira por telefone durante as férias no meu primeiro ano na escola, praticamente crianças de treze ou catorze anos.

Na última vez que tentamos, conversávamos muito pelo telefone, mas pessoalmente quase não conseguíamos trocar palavras.

Foi estranho, mas aos poucos fomos superando a timidez, já tínhamos quinze e dezessete. Tanto que fui a primeira menina que o beijou, foi engraçado, pois passamos quase um mês fazendo planos sobre como faríamos isso acontecer.

Agora ele está com dezesseis e eu com dezoito, estamos no segundo ano do ensino médio e até que conseguimos conviver em certa harmonia mesmo com todo o nosso "passado".

— Fernando faltou!

Sorri, pois assim, iriamos ficar sem fazer nada até o intervalo, tendo altos papos com uma parte específica da turma que é considerada a parte nerd e máscula da sala, somente eu e mais duas meninas ficamos em meio dos garotos.
Tudo porque o professor Fernando não veio.

[...]

Com isso o intervalo chega, os meninos e eu nos juntamos para jogar Uno, sempre jogamos alguma coisa e que sempre acaba em discussão.

— Isso é verdade? — Robert pergunta sobre o babado da briga que rolou no colégio.

— Sim, e ainda tem é mais! — respondo olhando para o mesmo que sorriu de boquiaberto.

Mas logo depois o infeliz do Robert me faz puxar oito cartas de uma vez só, o xingo de todos os nomes possíveis que iriam até a próxima geração dele.

[...]

— Agora, todos vão, educadamente, para a biblioteca, vamos assistir um documentário sobre os relatos das vítimas da ditadura militar! — A professora de história fala para a turma.

𝐋𝐒𝐃 𝐰𝐢𝐭𝐡 𝐑𝐃𝐉Onde histórias criam vida. Descubra agora