Capítulo 05

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Davinna narrando.

Assim que acordei me arrumei e tomei a liberdade de passar café, vesti meu chapéu e fui conhecer a cidade.

A Inglaterra está diferente de 9 anos atrás, lembro-me vagamente de ter visitado Birminghan com meu pai mas não tenho muita lembrança desse tempo.

Andei até chegar em um estábulo, admirei os cavalos que estavam nas selas e perguntei ao cuidador se eu poderia subir em algum. Ele disse que "não" pois "são do senhor Shelby."

-- Aqui -- dei uma libra na mão dele -- eu não vou contar a ele sobre isso e você? -- negou com a cabeça.

Subi no cavalo e saímos pra conhecer o lugar. Tinha um pub em cada esquina, algumas lojas pra mulher, passei em frente uma casa de banho magnífica que deu vontade de descer e conhecer. Passei também pela igreja até chegar em uma casa da aposta que certamente é do Thomas.

Depois de um passeio divertido pela cidade guiei o cavalo de volta ao estábulo e levei o bonito pra sela de onde o tirei. Passei a palma da mão nos pelos do animal dócil que se hidratava tomando água fiquei analisando-o por um tempo e quando virei pra ir embora olhei o senhor Shelby se aproximando com um cigarro nos lábios.

-- Surpresa te encontrar aqui não sabia que você gosta de cavalos. -- passou por mim e fez carinho no cavalo.

-- Tem muita coisa que você não sabe sobre mim. -- olhei pra ele.

Que ignorou.

-- Sua tia pediu pra eu procurar você. Vamos pra casa Davinna. -- falou prendendo a fumaça do cigarro e soltando.

-- Não pretendo andar com escolta senhor Shelby, não precisa se preocupar. -- sorri um pouco pra não ser rude. Ele apenas me olhou sem expressar nada.

-- Até logo. -- falei, virei e fui embora.

Depois de alguns minutos eu estava na casa dos Shelby novamente. Tia Úrsula puxou minha orelha (literalmente) por eu não ter esperado ela ou sequer avisado que ia sair.

-- Aqui ninguém está atrás de mim fica tranquila.

-- Tá bem, mas promete que vai ter cuidado.

-- Tá, tá. -- não entendo o motivo de tanta preocupação. -- Promete também que não vai mandar mais ninguém atrás de mim, eu não sou uma criança Úrsula.

-- É que lembrar do passado me dá arrepios.

-- Não estamos mais na Rússia tia e se algo chegar acontecer eu vou saber me virar como sempre, tá? -- ela assentiu com a cabeça.

-- Me diga, alguma casa de banho? -- perguntou.

-- Desculpa me intrometer mas aqui perto tem uma casa de banho e eles fazem uma massagem dos deuses lá. -- a Polly chegou do nada.

Ontem ela estava abatida e hoje sua aparência é bem melhor.

-- Ótimo, me leva lá Polly.

-- Davinna você se importa em ficar de olho nas coisas?

-- Não Poly. -- sorri. -- Cadê as crianças?

-- O Finn foi banhar com os irmãos, Esme precisou sair e o Jhon tá cuidando dos negócios então vou deixar os meninos com você. -- saiu na frente com tia Úrsula.

Eu subi pro quarto e tomei um banho rápido.

Vesti um vestido levinho branco e desci pra ficar com as crianças.

-- Oi tia Davinna, trouxe pra você-- me deu uma florzinha.

-- Obrigada Finn -- peguei a flor e botei  entre a orelha. -- então o que vocês estão fazendo em? -- sentei no sofá.

𝐀 𝐥𝐮𝐳 𝐝𝐨 𝐒𝐡𝐞𝐥𝐛𝐲 | 𝐏𝐄𝐀𝐊𝐘 𝐁𝐋𝐈𝐍𝐃𝐄𝐑𝐒Onde as histórias ganham vida. Descobre agora