Capítulo 12

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Thomas Shelby narrando:

-- Arthur!?

-- Fala Tommy.

-- Eu tava pensando em uns pequenos ajustes no seu pub. -- disse sentando na frente dele.

-- Como assim? -- ele diz expressando curiosidade.

-- Esse lugar é um pub muito requisitado Arthur e nós podemos torna-lo o melhor da cidade. -- acendi um cigarro enquanto observava meu irmão.

-- Não enrola e diz onde você quer chegar Tommy.

Me conhecendo bem como o Arthur conhece ele certamente deve imaginar que tenho alguma idéia mirabolante e lançou-me um olhar que me fez ri. Na verdade dessa vez não é nada demais, apenas eu querendo expandir os negócios.

-- O cassino da família Lee vai chegar esses dias e o The Garrison é o único lugar que eu conheço a altura. -- Puxei forte o cigarro. -- Então eu tive a ideia de juntar os dois, se você aceitar é claro. O que acha?

-- O que eu acho? -- soltou um riso sacana. -- Ótimo Tommy, vamos nos divertir sem sair do conforto do pub e o melhor... Faturar uma grana.

-- É, vou acertar os detalhes ainda. E acho que seria bom da uma mudada nas coisas.

-- Deixa comigo, vou providenciar tudo pra amanhã.

-- Esqueci de avisa-lo que amanhã vamos dar uma festa. -- digo servindo Whisky nos dois copos que estavam sobre a mesa.

...

O dia se passou e consegui organizar as papeladas que faltavam ser revisada espalhada pelo meu escritório. Tommy Shelby não foge das tarefas mas isso é de tudo, o que eu menos tenho paciência pra fazer. Normalmente minha tia que cuida dessa parte mas nem preciso falar que ela me odeia.

Voltei pra casa e encontrei Polly com um copo de whisky na mão olhando pro nada.

-- Polly... -- ela me interrompeu antes que eu pudesse dizer algo.

-- Eu preciso do endereço do meu filho, se não veio pra me falar então cala a boca e já pode sair daqui. -- falou ríspida olhando seco pra mim.

Dei as costas e subi pro quarto pra evitar discussão. Minha tia ainda tá zangada com essa história do filho e se eu conheço bem a Polly independente das circunstâncias ela não vai parar até descobrir onde o Michael está.

Eu tento fazer o melhor pra essa família desde que eu me entendo como homem mas ninguém reconhece, ao invés de agradecer eu sou julgado.

Fiquei sabendo que o Freddye saiu da cidade pra brigar pela causa dele. A Ada não fala comigo há dias mas parece que ela continua em Birminghan. Minha irmã me odeia mesmo depois do meu ato de misericórdia. Fiz um acordo com o tenente para que aquele imbecil pudesse cuidar dela e da criança mas pra que? Lá está ele novamente fazendo besteira. E a Ada? Um exemplo de que as pessoas não valem o meu esforço.

Tirei o casaco e botei Whisky no meu copo, o gosto amargo desceu pela minha garganta no mesmo tempo que o vento frio me fazia respirar fundo, abrindo a minha mente e colocando os meus pensamentos no lugar. Eu sei do que todos nós precisamos. Eu sei porque preciso mais que todos. Relaxar.

Amanhã vou dá uma festa e vou convidar minha irmã, talvez ela consiga conversar com a Polly.

Tomei um banho demorado, o mais longo que eu tomo há meses, esfriei a cabeça e cheguei a conclusão de que o que me faltava era um bom banho quente daqueles que até a alma sai lavada.

𝐀 𝐥𝐮𝐳 𝐝𝐨 𝐒𝐡𝐞𝐥𝐛𝐲 | 𝐏𝐄𝐀𝐊𝐘 𝐁𝐋𝐈𝐍𝐃𝐄𝐑𝐒Where stories live. Discover now