2° Capítulo

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As mãos de Pietro estão em minhas pernas, olho para fora e nem saímos direito do prédio.

-Merda, por que não colocaram combustível? -Pergunta Will e então começa a mexer, gritam sem parar enquanto caímos.

-Calem a boca. -Grita Pietro e aperta minhas pernas.

-Vai ficar marcado. -Digo já no chão e ele me olha. -Não foi nada. -Falo antes de se desculpar.

-E agora? -Olho em volta e Austin me olha. -Está cheia de sangue.

-Não posso me trocar agora. -Falo e suspiro.

-Vamos para os carros, estão no estacionamento, o meu está na frente.

-O meu também. -Austin diz e corremos para o prédio, desvio de um o empurrando e ouço o grito de Melissa, acerto com o machado.

-Dá para parar de gritar? Isso chama a atenção deles. -Ela revira os olhos. -Temos que nos separar.

-Wren, Jessica e Aidan venham comigo e com Mille, o restante com o Austin, vamos nos encontrar na minha casa, meu pai tem uma arma. -Pietro diz e respiro fundo, seu pai é policial.

-Fiquem aqui, eu e Austin vamos buscar os carros, quietos. -Peço e puxo Austin pela mão, corremos e vejo meu carro, agradeço por ser um SUV.

-Toma cuidado. -Pede e aceno, beija minha testa e entra em seu carro, entro no meu e dou ré, Austin saí primeiro e eu acelero atropelando uma mulher que entrou na minha frente.

-Rápido. -Grito e eles entram, Pietro ao meu lado e os três atrás. -Para onde vamos depois disso? Não temos nenhum lugar para ir, nossos pais foram fazer um cruzeiro, nem sabemos se estão vivos.

-Ei! Vamos pensar em um plano, vai dar certo. -Pietro fala e aceno desviando de dois carros, paro em frente a sua casa e aqui o tempo está limpo, nenhum sinal do nevoeiro.

-Não chegou aqui ainda. -Aidan fala e o olho.

-Podemos avisar todos. -Falo e Wren acena, saímos do carro e entramos na casa de Pietro, sobe direto para o quarto de seus pais. -Peguem mochilas e encham com mantimentos, Jes sobe e pega cobertores, os coloque em bolsas separadas, não iremos todos no mesmo carro.

-Mille, aqui. -Pietro me estende uma glock. -Meu pai te ensinou a atirar, somos os únicos que sabem e o Austin, então fica com essa. -Olha para o meu irmão e estende a outra.

-Me ajude a chamar a atenção de todos. -Falo e Pietro concorda, saímos correndo e ele vai para o seu vizinho enquanto atravesso a rua. -Ei! -Bato na porta.

-O que aconteceu? -Sra Silva abre. -Mille?

-Vão embora, precisam sair daqui, agora. -Digo e ela sorri.

-Que tipo de brincadeira é essa? Estou com o almoço no fogo. -Fala e fecha a porta, olho para Pietro que nega, olho para o fim da rua vendo a fumaça e algumas pessoas.

-Apela! -Grito e pego a arma, chuto a porta e o Sr. Silva me olha. -Vão pegar suas coisas e sair daqui em menos de dez segundos ou eu juro que vou atirar em vocês. -Ameaço e ele acena. -Tem dez segundos.

Digo e saio correndo, um homem pula em cima de mim e o chuto, me rastejo e sinto segurar minhas pernas me puxando pela grama, ouço um tiro e olho para Austin, Pietro me ajuda a levantar, mas antes de seguirmos para casa ele me puxa para a do vizinho.

-Têm muitos zumbis. -Diz agachado e o olho.

-Zumbis? É sério? -Ele dá de ombros e faz sinal de silêncio. -Para onde?

-Temos que nos esconder. -Diz e me puxa para os fundos, abre o portão e ouço vidros se quebrando, subimos para uma casa na árvore, ele abre para mim e assim que passo, fecha. -Por que diabos isso tudo está acontecendo?

Me deito no chão dando de ombros, não faço ideia do que está acontecendo, do por que está acontecendo, respondo a mensagem do Austin dizendo que não podemos sair agora, falou para tomar cuidado.

-Vamos ficar aqui até aqueles lá em baixo sumirem. -Digo e começam a bater na porta na qual me apoio. -Eles sobem escadas!

-Shh! Vem aqui. -Chama sentado no canto e eu engatinho até ele, param de bater e suspiro fechando os olhos. -Vai ficar tudo bem, vamos para casa de Will que com certeza vai ter a cura, podemos levar para o laboratório e fazer um antídoto para todos.

-E as pessoas que eu matei não vão ser normais novamente, isso me torna uma assassina.

-Não é uma assassina, não pensa assim, está apenas se protegendo.

-Deveria ter aceitado o convite dos meus pais, mas em vez de fazer isso briguei com eles por uma coisa que não faz sentido. -Ele me abraça e eu deito em seu ombro.

As horas passam, o sol se põe e estamos presos aqui dentro, estou faminta e com sede.

-Achei isso. -Pietro fala e joga duas barras de cereal. -Mas não tem água.

-Temos que sair daqui. -Digo indo para a janela. -Acha que dá para pular o muro?

-É alto, mas acho que sim, eu posso te dar impulso e você me ajuda. -Olho para o quintal de sua casa.

-Sim, mas têm "zumbis" no quintal. -Falo e ele fica ao meu lado e observa, dá de ombros se encostando na parede. -Podemos despistar com isso. -Digo pegando duas garrafas de vidro vazias.

-Vai chamar muita atenção. -Eu dou de ombros.

-Temos que sair daqui. -Falo e pego uma jogando para a frente da casa, acerto o muro, os que estavam em baixo de nós correm. -Vamos!

Descemos em silêncio e seguimos para o muro, ele segura minha perna como fez no elevador e me dá impulso, subo no muro e o ajudo a fazer o mesmo, jogo a garrafa acertando uma bicicleta e três zumbis correm.

Pulo para o quintal gemendo quando piso em falso e caio em cima de algumas coisas, fazem barulho e Pietro me puxa para a varanda, ficamos de costas para a porta e eu aponto a arma para o primeiro que pular o muro.

Pietro fica atrás de mim e então a porta é aberta e sou puxada para trás tropeçando e caindo em cima de dele, gemo por causa do meu pé, mas deito ao seu lado e fecho os olhos, estamos seguros.

Zumbis... sério Pietro?

Devastated WorldWhere stories live. Discover now