15° Capítulo

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Observo todos se arrumarem enquanto estou comendo, Pietro me estende uma garrafa de água.

-Detesto ficar sem ajudar. -Digo e ele me olha enquanto organiza sua mochila.

-Está ferida, isso não quer dizer que vai ficar sem ajudar, apenas não pode fazer esforços agora.

-Ainda posso atirar. -Ele nega me entregando uma glock. -Qual é, disse que eu posso ajudar e vai me deixar com isso?

-É uma arma como as outras. -Fala e eu suspiro. -Amor, metralhadoras e escopetas vão te machucar, sabe disso. -Dou de ombros recarregando. -Vai ficar de sutiã?

-Camiseta vai enroscar no ferimento e no curativo. -Ele olha para o meu corpo. -Ciúmes a essa hora?

-Não estou com ciúmes. -Dou um sorriso descendo do balcão, lhe dou um beijo na mandíbula seguindo para onde Melissa está.

-Preciso de ajuda. -Falo e ela está mordendo uma maçã. -Preciso que dê um jeito na minha camiseta, para ela não encostar no ferimento.

-Só tem essa camisa? Ela é grande. -Aponta para a camisa de botões que eu estou segurando.

-Digamos que sim. -Falo e ela dá um sorriso abrindo sua bolsa, pega uma camiseta regata.

-Guarda essa para quando o clima estiver um pouco mais frio, aí coloca por cima. Vista essa.

Me ajuda a colocar, pega uma faca e corta a parte da frente, ela faz um nó com as duas pontas e depois coloca por baixo do sutiã, fazendo parecer um top.

-Obrigada. -Ela pisca e volta a fazer o que estava fazendo. -Todos prontos?

-Sim, não vejo a hora de sair daqui. -Wren reclama e eu dou um sorriso.

-Vamos? -Pietro pergunta e eu aceno. -Como você disse, Aidan vai primeiro e em seguida eu.

-Beleza, só vamos logo. -Peço e ele beija minha testa.

Todos esperamos enquanto Aidan quebra a janela, limpa e coloca uma blusa grossa, passa por ela e geme quando cai do outro lado, faz um barulho alto e eu suspiro.

-Porque deixamos ele ir primeiro? -Austin pergunta e eu reviro os olhos.

-Da um desconto, ele é o mascote. -Falo e vejo Pietro passar três mochilas, passa pela janela e chega na minha vez.

-Apoia os pés em nossas mãos, tenta se debruçar do outro lado. -Meu irmão fala e eu concordo, subo em sua mão e em seguida na do Diogo, eles me levantam e fico de bruços na janela, respiro fundo fechando os olhos.

-Vem. -Pietro sobe em cima de uma caçamba de lixo e me puxa, me coloca sentada no chão. -Toma seu remédio, vou ajudar os outros.

Concordo e faço isso, quando todos estão do lado de fora começam a subir a escada, Pietro fica para trás para me ajudar, até que a grade do lado esquerdo se quebra e os zumbis começam a corre em nossa direção.

-Merda, vai. -Pietro manda e eu nego. -Anda, está ferida, nos encontramos nos carros.

Me da um beijo e me empurra, subo as escadas e o vejo atirar nos zumbis, no telhado vejo que todos estão mais a frente, atiro em alguns enquanto Pietro sai correndo, ignoro a dor e corro por cima das lojas, atiro em alguns que tentam o pegar, antes que eu consiga pular em outra loja o telhado desmancha.

Arfo quando caio no chão e atiro nos que aparecem, estou em uma loja de sapatos, é pequena e fede muito. Me levanto atirando em outros que entraram, suspiro sentindo o sangramento, tiro o curativo e olho em volta, vou para o estoque pegando uma meia que acho.

Aperto meu ferimento fechando os olhos com força para não gritar, olho em volta procurando uma saída, preciso ir para os carros. Ando devagar para a porta da frente e assim que abro mato três zumbis, suspiro olhando para os lados.

Não faço ideia de onde os carros estão, mas não posso demorar, tenho que achar antes de anoitecer.

Ando pelas ruas e vejo um mercadinho, vou até ele atirando em um zumbi, minha munição acaba, dou um sorriso quando vejo os carros, Pietro me olha e corre em minha direção.

-Porque não ficou com os outros?

-De nada! -Falo e ele segura meu rosto me beijando. -Estou bem.

-O que aconteceu? -Austin pergunta e eu dou de ombros.

-Cai dentro de uma loja de sapatos, achei esses tênis. -Dou um sorriso, mas quando não retribuem eu o fecho. -Qual é gente, eu estou bem, apenas cai e a culpa não foi minha.

-Foi sua por ter ido atrás de mim.

-Eu estava ajudando, graças a mim você conseguiu sair vivo, deveria agradecer por isso, idiota! -Perco a paciência e vou para o meu carro. -Vamos para outro lugar, Wren ache um lugar perto do laboratório, temos que ir até lá e nos prevenir.

Os dias passam, continuamos na estrada para Los Angeles, Pietro tentou falar comigo o que não deu certo, eu quis ajudar e ainda acabei me ferrando.

-Ainda esta brava? -Ignoro olhando para fora da janela. -Amor...

-Não vai conseguir assim. -Wren fala e ele suspira estacionando em frente a um mercado, saímos todos e entramos, mato alguns zumbis que apareceram e vou na direção dos salgadinhos, abro um saco logo começando a comer.

-Senti falta disso. -Falo para Will que sorri passando por mim, me sento em um dos caixas com uma lata de refrigerante, vejo Pietro se aproximar.

-Acordo de paz. -Fala estendendo uma barra de chocolate.

-Só queria te ajudar e você veio com cinco pedras na mão. -Ele suspira abaixando a cabeça. -Sabia o risco que eu estava correndo, se fosse ao contrário faria a mesma coisa.

-Eu sei, mas foi irresponsável, sabia que eu ia conseguir.

-Sabia, mas queria ajudar, sabe que nunca deixo... -Ele me interrompe quando me beija.

-Eu sei, só me desculpa. -Acaricio seu rosto.

-Ok, mas da próxima eu não irei desculpar tão fácil. -Ele sorri me abraçando e beijando meu pescoço.

-Como está? Com dores?

-Não, depois que os pontos foram tirados, não senti mais dores. -Falo e ele sorri. -Estamos perto do laboratório?

-Ainda nem chegamos em Los Angeles, mas falta pouco, Austin disse para ficarmos por aqui hoje, estamos cansados.

-Beleza, eu fico com a prateleira de salgadinhos -Falo e ele revira os olhos seguindo para o outro lado.

-Vem, vou me redimir com você. -Pietro fala me puxando e eu dou um sorriso o seguindo.

São lindos juntos...

Devastated WorldWhere stories live. Discover now