22° Capítulo

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Respiro fundo olhando para os vagões, saio correndo para dentro de um e mato dois zumbis que tentam me morder, corro por dentro de cada um até me aproximar do que está com um buraco enorme.

Me escondo atrás dos bancos e tampo minha respiração quando aquela coisa olha para dentro, deve ter sentido meu cheiro.

Tento acalmar minha respiração, fecho os olhos virando a cabeça para o lado quando o sinto se aproximar, sinto a lágrima escorrer por minha bochecha e morrer em meus dedos.

Até que um sinalizador é ouvido fazendo a criatura sair do vagão, solto a respiração e olho em volta, coloco a bolsa nos ombros e olho para cima vendo o buraco no teto.

Subo em cima de um carrinho com algumas garrafas de água e pulo me segurando na beirada, olho para fora percebendo que está de costas para mim, saio subindo em cima do vagão e aciono duas bombas, lanço na direção daquela coisa e quando se vira eu saio correndo.

Pulo de um vagão para outro o mais rápido que eu consigo, não olho para trás, um zumbi segura meu pé me fazendo cair e gemer por isso, o chuto e me viro olhando a criatura vir em minha direção, até que tudo explode e eu sou lançada a mais de metros, rolo no chão e caio gritando quando sinto um pedaço de ferro entrar em minha cintura.

-Entra! -Pietro diz com o carro parado ao meu lado, eu me levanto e entro no carro, logo saímos dali atravessando para o outro lado do trem. -Ei, me diz que está bem. -Pede focado na estrada em sua frente.

Coloco meus pés no painel di carro, seguro o ferro e antes de tirar Aidan me impede.

-Se fizer isso vai se machucar ainda mais. -Dou de ombros.

-Prepara o curativo. -Wren fala e em seguida para onde devemos ir.

Seguro o ferro e depois de respirar fundo e fechar os olhos eu tiro gritando com a dor insuportável, choro sentindo a mão de Pietro em minha coxa, quando sai eu respiro fundo relaxando, pego a camiseta que me estendem e pressiono, dos dois lados.

-Vamos para minha casa, preciso de pontos. -Digo baixo sentindo a fraqueza me dominar.

-Não dorme. -Pede e eu gemo quando passa em cima de um corpo.

-Ai, idiota. -O xingo e ele sorri por isso.

Seguimos pelas ruas da nossa cidade, para em frente a casa Branca de dois andares, sinto saudades daqui.

Saem do carro e Austin abre a porta de casa que até então estava trancada, abro a porta esperando por ele que acena liberando nosso acesso.

Pietro me pega no colo enquanto os outros pegam nossas coisas, Mel está com algemas nos pulsos a impedindo de fazer alguma coisa, Diogo fica de olho nela o tempo todo.

-Ela está bem. -Diz quando nota meu olhar, eu aceno e entramos em casa, o cheiro de casa fechada nos invade. -Cozinha?

-Sim, tem um kit no armário perto da geladeira. -Falo e né coloca em cima da ilha da cozinha, olho em volta vendo a pia suja com a louça que Austin deveria ter lavado no jantar.

-Era o dia do Austin lavar? -Pergunta se aproximando e me fazendo deitar, eu aceno gemendo enquanto ele limpa o ferimento. -No mesmo lugar que o da outra vez.

-Parece que eu só me ferro. -Digo suspirando e fechando os olhos, mordo o lábio quando pressiona e aperto mais os olhos quando finaliza.

-Prontinho, sem esforços. -Manda e eu abro os olhos para o olhar, ele se apoia na ilha ficando de frente comigo. -Tudo bem?

-Sim, só preciso de remédio para dor. -Falo e acaricio sua mandíbula. -Te amo.

-Eu mais. -Me da um beijo e saí da cozinha para procurar o remédio.

-A casa está intacta, sem sinais de arrombamento ou sangue. -Austin diz e olha para a pia. -Era minha vez...

-Sim, continua sendo, limpa isso para a casa não estar fedendo quando nossos pais voltarem.

-A mamãe vai me matar. -Suspira e eu dou um sorriso descendo enquanto pressiono meu ferimento.

-Ela vai agradecer e depois te matar. -Beijo seu rosto e sigo para fora vendo todos na sala. -Tudo bem por aqui?

-Sim, Mel tomou alguns remédios para retardar o vírus, vamos ter tempo para fazer tudo o que temos que fazer.

-Espero, vou para o meu quarto, vamos ficar por aqui alguns dias, temos que pegar mantimentos nas casas vizinhas. -Digo e Will concorda.

-Vou separar alguns grupos com o Austin, vai repousar que cuidamos das coisas por aqui. -Aidan diz e eu aceno subindo as escadas lentamente.

-O que faz aqui? -Olho para o homem sem camisa, ergo uma sobrancelha e ela sorri.

- Eu moro aqui para começar, agora o que você está fazendo sem camisa no meu quarto? - Pergunto cruzando os braços.

- Bom, eu vim pegar uma roupa para você, mas ai eu vi que estava muito sujo e resolvi trocar de roupa. - Aceno olhando para seu corpo, mordo o lábio o vendo se aproximar. - Como está? Dores?

- Nenhuma, os remédios são fortes, acabei de tomar e já amorteceu, Will me deu anestesia também, então eu não sinto absolutamente nada. - Falo descendo meus dedos por seu peito, depois abdômen. - Então eu quero que você me foda antes que a dor volte. - Digo baixo segurando o cós de sua calça e o puxando para mim.

- Com todo prazer. - Fala segurando meu rosto e me beijando, fecha a porta atrás de nós e segura meu cabelo me puxando para ele, suas mãos me apertam e me faz entrelaçar minhas pernas em seu quadril. - Não deixarei você fazer esforço. - Diz e eu dou um sorriso.

- Gosto quando fica no comando. - Falo baixo e ele sorri me colocando na cama e ficando por cima. - Eu te amo.

- Te amo mais. - Diz chupando meu lábio e eu gemo quando desce sua mão por meu corpo, logo estamos nos perdendo um no outro, se é ouvido apenas nossos gemidos e corpos batendo um no outro.

Devastated WorldWhere stories live. Discover now