Você está na minha cabeça - (pt.br)

Eu te desafio.... 1x17

Alguns dias depois, Josie não estava convicta de como tinha conseguido adormecer naquele chão gelado depois dessa palavras baterem na sua cabeça como dois sinos pesados de uma catedral. Parecia que não tinha mais nada na sua cabeça além de - Eu te amo Jojo - Por um ano, teve este aquela garota que passou naqueles corredores segurando suas mãos, acariciava seu rosto no instante em que uma lágrima solta escorria daí, se disponibilizou a fazer a maioria de capacho somente para obter sua felicidade, ver um sorriso vitorioso no seu rosto.

Esta tem nome e agora está longe demais para que pudesse confessar essas verdades na sua frente, Penélope Park durante sua estadia nessa escola fez-se a própria rainha do seu castelo imaginário, enquanto ela sendo apenas uma humilde camponesa em apuros sendo salva por um amor capaz de lhe envolver profundamente, e que por estupidez não leu a maldita carta.

A garota se revirava ainda no solo, os olhos tão profundamente inchados que uma bolsa de choro quase vazia formando-se abaixo das suas íris castanhas. As juntas dos seus dedos haviam perdido a cor para um esbranquiçado desigual, agarrando aquele diário com força sem nem mesmo mover-se dali. Esforçando-se gesticulou o braço direito dormente a esquerda alcançando o pé da cama onde se agarrou, erguendo-se ao máximo para subir na cama sendo assim deitando no colchão dando às suas costas um descanso temporário.

Durou cerca de alguns minutos até que fechasse as pálpebras, de exaustão seu corpo e olhos pedindo para descansar, mas ela resistia porque sabia que se voltasse a dormir aquelas sonhos com Penélope voltariam. Na noite anterior sua própria mente lhe traiu, fazendo uma memória se transformar em sonho onde ao final ao invés da despedida de sua ex-namorada, teriam ficado juntas se não fosse suas palavras estúpidas e ter soltado a mão da cigana quando passou por aquela porta da escola. Novamente, sentou-se na cama olhando ao seu redor abraçando as próprias pernas. O espelho no fundo do quarto revelava seu físico verdadeiro depois de tantos dias sem comer.

A pele pálida revelava facilmente seus ossos marcando sua bochecha, assim como as pernas e mãos largas de dedos finos. Estava péssima, quem fosse ver ela fora do quarto diria estar anoréxica, e se perguntariam os motivos disso. Josette engoliu um seco e revirou os olhos pensando no milhão de perguntas de curiosos, e simplesmente não poderia nos dizer que a culpa disso seria de Park, por que não era e sim sua própria parcela de culpa em não saber lidar com seu coração partido. Era a primeira vez que amou alguém e esta bruxa foi embora, suas outras paixonites nunca passaram de beijos e amassos dentro de algum quarto vazio.

Certo, considerando seu pequeno caso de verão com uma garota um ano mais velha que ela, o tom de pele um pouco mais escuro do que o de sua ex-namorada, olhos da mesma tonalidade que os seus e tinha um jeito de aproveitar a vida que Josie admirou. Um relacionamento de uma semana em suas férias antes de começar a namorar Park, que foi horrível pois Finch a traiu bem na sua frente com outra qualquer na praia do Caribe. Resultado? uma noite toda tomando sorvete de chocolate, resmungando para Lizzie o que teria feito para merecer este castigo. E depois disso conheceu uma cigana encantadora que a fazia ir ao país das maravilhas quando a tocava. Josette fechou as unhas sobre o punho e socou o próprio colchão de raiva, amargura de suas ações e da sua vontade de voltar no tempo para consertar o que quebrou.

Mesmo que essa brecha no tempo lhe proporcionasse essa chance, ela tinha certeza que travaria e não conseguiria falar mais nada além de - ''Penélope, não precisa ir'' - em seguida choraria nos braços da garota de pele caramelo implorando para ficar. A adolescente respirou fundo, o seu estômago parecia ter um grande buraco que ao inspirar tremeluzia causando calafrios no seu corpo. Imediatamente encarou sobre a escrivaninha um pacote de biscoitos, que a dois dias sua irmã deixou na frente de sua porta acreditando que aceitasse o alimento como uma trégua e talvez algumas horas conversando com ela sobre o perdão. Na hora, a garota de cabelos castanhos e ondulados nem sequer deu resposta, apenas apanhou o pacote e deixou naquele mesmo lugar atual. Por mais que almejasse saborear aquela delicia de chocolate, não podia. Estaria indo contra sua própria vontade, ceder a esses caprichos a darem forças que a filha do diretor acreditou que seria desnecessário.