Peter Pettigrew andava pela rua da sua casa, chutando as pedras pelo caminho no sol escaldante de junho. Apesar da tarde quente, Peter usava uma calça e uma camisa social perfeitamente passadas por sua mãe, bem como um paletó elegante.
- Pare de chutar essas pedras - ela o repreendeu - vai sujar seus sapatos.
- Desculpe, mamãe. Por que não podemos pegar um carro? - indagou olhando para seu pai, que estava como sempre com o rosto impassível, olhando para frente enquanto os três caminhavam em direção a sinagoga.
- Uma caminhada é sempre bom, Peter - Sr. Pettigrew respondeu sério, embora muito calmo.
- E além do mais, não me sinto muito bem em veículos trouxas - Sra. Pettigrew deu uma risadinha - ou qualquer outro veículo. Lembro que costumava enjoar quando andava no nôitibus.
- Estou louco para andar - e de repente, Peter parecia muito mais animado. Imediatamente levou suas mãos até os bolsos da calça, sentindo o pedaço de pergaminho que recebera a poucos dias - quando vamos ao Beco Diagonal?
- Logo, querido - respondeu abraçando o filho de lado, quando chegavam à sinagoga do bairro.
- Você vai fazer a troca do dinheiro? - indagou o Sr. Pettigrew, agora dando um sorriso simples para as pessoas na entrada.
- Sim, mas ainda tenho um pouco de sicles e...
- Shh! - o homem sibilou, interrompendo a esposa - não fale sobre isso aqui, sim?
- Desculpe, eu me esqueci - Peter a abraçou, mostrando que estava tudo bem, porque às vezes ele também esquecia que não podia falar sobre coisas bruxas perto da comunidade trouxa em que vivia.
- Não se sinta mal, querida - Sr. Pettigrew suspirou, se abanando com um panfleto que um jovem havia lhe entregue - eu acho fascinante o mundo de vocês, mas estamos em território sagrado, sabem? E acho que a maioria aqui não entenderia vocês como eu entendo - e mandou uma piscadela para o filho e a esposa, que sorriram.
Novamente, Peter colocou a mão no bolso da calça, suspirando feliz, pois aqueles simples pedaço de pergaminho o lembrava que ele era especial, e não apenas um garoto esquisito, gordo e judeu - como diziam alguns garotos de sua vizinhança. Ah, se eles soubessem - Peter pensou orgulhoso - se eles soubessem o quão grande ele seria...
- Pety, seja bem vindo então, ao Beco Diagonal! - sua mãe exclamou sorrindo, logo depois que a passagem de tijolos se abriu para eles.
- Uau! Isso é incrível! Para onde iremos primeiro? - perguntou ansioso.
- Se acalme - Sra. Pettigrew riu animadamente - primeiro vamos comprar suas vestes na Madame Malkin.
- Ah, queria minha varinha primeiro.
- Que tal logo depois de Madame Malkin? - sugeriu.
- Tudo bem - sorriu, enquanto andavam em direção a loja de vestes.
- Boa tarde! - uma mulher de meia idade os cumprimentou ao entrarem - Hogwarts?
- Sim, senhora - respondeu Sra. Pettigrew, com as mãos nos ombros do filho.
- Venha, querido - gesticulou para Peter, que a seguiu, depois de um aperto carinhoso de sua mãe.
Ela então o levou para um canto da loja, onde havia três outros garotos lá, tirando suas medidas e ajustando vestes com outras bruxas mais ou menos da idade de Madame Malkin. Imediatamente Peter abaixou a cabeça - o que costumava fazer quando encontrava crianças de sua idade -, apenas seguindo as instruções da bruxa que começara a esticar seus braços gordinhos enquanto uma fita métrica se movia sozinha. Brilhante - ele pensou, não podendo evitar de sorrir, pois não estava acostumado com tanta magia assim, já que seu pai era trouxa.
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KAMU SEDANG MEMBACA
Simplesmente Marotos - Anos I e II
Fanfiction"Prometam... não, jurem" - disse James, parando de repente, com um sorriso maroto nos lábios. "Tecnicamente jurar e prometer é a mesma coisa" - apontou Remus - "mas o que exatamente?" - franziu o cenho claramente confuso. "Jurem que não farão nada d...