Simplesmente Marotos - Anos I e II

2º ano: Halloween de 1972 parte 1

Capítulo dedicado a 

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- E se nós usássemos uma poção do sono? Eu li que não é muito difícil - Sirius falou, desfazendo sua gravata vermelha e dourada.

- O que diabos tem de divertido em fazer todo mundo dormir? - questionou James, limpando a lente dos óculos com a bainha do suéter.

- Nós teremos o castelo só pra nós durante um tempo, duh - respondeu como se fosse óbvio. Os outros reviraram os olhos.

- Mas não esse nosso intuito, Sirius - Remus disse - teria que ser algo como um gás do riso, sabem?

- Gás do riso?

- Meu pai tentou me levar no dentista uma vez quando eu era mais novo - Peter ofereceu - e lá eles usam um tipo de gás que faz você ficar engraçado, começar a rir e dizer coisas sem sentido. Você não necessariamente fica rindo sem parar.

- Certo, mas existe uma poção do riso, não é? - James indagou novamente.

- Sim, nós aprendemos sobre ano passado - explicou Remus.

- Não vejo muito futuro nessa ideia - rebateu Sirius - quer dizer, alguma hora a gente vai enjoar de ouvir as pessoas rindo, principalmente no jantar.

- Black tem um ponto - coçou o queixo - bem, acho que não temos escolha.

- O que?

- Nós vamos ter que ir à biblioteca.

- Ah não! - Sirius e James disseram ao mesmo tempo, parando de andar. Peter parou também, e Remus um pouco a frente - sem chance - reforçou o Black.

- Admitam, nossas ideias acabaram; pelo menos as grandes - cruzou os braços - e nem é tão ruim assim ir à biblioteca.

- Fale por você, Jhonny - James assoviou - é chatoo!

- Pete, uma ajudinha, por favor - o Lupin suplicou ao amigo.

- Olha... biblioteca não é tão ruim, sabem... - os outros garotos bufaram, Sirius se apoiando em James - ... eu até vou às vezes.

- Viram?

- Mas a gente tem que mesmo fazer uma poção ou algum feitiço complicado?

- O que você quer dizer, Pete? - Black perguntou, erguendo uma sobrancelha.

- Não sei, só acho que podemos ir pelo caminho mais fácil, sabem? Ser originais mas mesmo assim não precisar de tanto trabalho - coçou a ponta do nariz - Por que nós só não estouramos bombas de bosta durante o jantar? Teriamos menos problemas, já que a gente podia fugir com a capa do James.

- Por mais tentadora que sua proposta seja, companheiro, nós teremos de recusar - o Potter foi até o amigo e passou o braço por seus ombros - é o Halloween, Pete, cadê seu espírito?

- Morto? - resmungou.

- Santo Merlin, se a gente precisa realmente ir a biblioteca pra procurar alguma coisa original e legal pra uma pegadinha de Halloween, eu tô dentro - então Sirius ergueu a mão e parou ao lado de Remus.

- Eu posso ir sozinho se vocês não quiserem, Madame Pince já acostumada comigo retirando livros ou estudando com Lily e Alice - o lobisomem falou.

- Nada disso, nós somos marotos, vamos fazer isso juntos - disse James, e depois olhou para Peter, que parecia um tanto envergonhado pelo que dissera antes - não se preocupe, amigo, vamos dar um jeito.