Capítulo 4 - O desagradável entra em ação!

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Depois do almoço, dirigi-me à sala do diretor para finalizar a minha ficha de inscrição (faltava por uma foto minha).

Bati à porta levemente e uma voz baixinha deu-me licença para entrar.

– Olá? – Perguntei após abrir a porta e não ver ninguém.

– Oh, desculpa... – Ouvi a mesma voz dizer, saltando um pequeno velhinho da cadeira da secretária do diretor para o chão. Era um senhor tão pequeno que se estivesse sentado ninguém o conseguia ver...

– Boa tarde. – Disse embaraçada, tentando conter a vontade de rir.

– O meu nome é Makarov e sou o diretor desta escola. Prazer! Deves ser a Lucy Heartfilia, não é? Aqui está a tua ficha de inscrição. – Apresentou-se ele.

Assenti com a cabeça em resposta e colei a minha foto na folha frágil.

– Bom, acho que agora não falta nada. – Dirigi-me ao diretor com um sorriso.

– Está bem, obrigado. Tem um bom dia! – O senhor acenou-me e dirigiu-se para a secretária, enquanto eu abria a porta para me ir embora.

Andei alguns minutos e pensei em ir conhecer melhor o colégio. Afinal, ninguém me tinha mostrado muito dele...

Encontrei várias salas extraordinárias, com laboratórios para experiências de grande qualidade, vários sistemas de projeção... Também encontrei algumas arrecadações com materiais de limpeza (não que eu gostasse de limpar, mas ao ver aquilo tinha a certeza de que a escola era limpa).

Depois, saí do grande edifício rodeado por várias árvores grandes e velhas. Resolvi explorar cada espaço no pátio, e encontrei um pequeno beco escondido por umas árvores ao qual eu não consegui resistir e entrei.

O caminho era estreito, e tinha dificuldade em passar por ele. O meu braço raspou na parede e senti uma dor bastante forte, mas não liguei muito.

Ao chegar ao final do beco, uma única árvore muito mais velha que todas as outras que haviam no pátio erguia-se dentro de uma espécie de esconderijo. Era uma sala grande, mas não tinha nenhuma porta que a ligasse ao resto do colégio. Era estranho...

– O que andas aqui a fazer? – Ouvi uma voz zangada questionar.

Natsu...

– Ando a explorar o colé-... – Comecei a explicar, mas ele cortou-me.

– Não consegues parar quieta por um segundo? Que miúda mais chata... Vá, agora sai daqui. – Ordenou ele.

– Desculpa? Se achas mesmo que vou seguir as tuas ordens que nem um cãozinho, estás muito enganado. – Gozei, já a ferver em raiva.

Ele aproximou-se de mim com um ar zangado e por momentos pensei que ele me ía bater, mas em vez disso ele agarrou-me e fez-me andar para trás, encostando-me à parede.

– H-Hey! O que é que estás a fazer? P-Para! – Ordenei-lhe.

Ele agarrou-me no mesmo sítio onde me tinha agarrado de manhã, o que me fez deixar escapar um gemido de dor.

– Para! Estás a magoar-me! – Reclamei, tentando conter um guincho.

Ele puxou o meu braço para o poder ver melhor, e tal como eu, viu uma mancha negra à volta do mesmo.

Confesso que nem sequer tinha reparado naquela pisadura. Então era por isso que o braço me doía tanto...

Sem eu contar, ele começou a massajar com o polegar a zona pisada, o que me fez estremecer e corar. O Natsu a fazer estas coisas? O que raio se estava a passa aqui?!

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