Colégio Fairy Tail

Capítulo 17 - Trocar números de telemóvel é fácil

Estávamos num táxi que o Sting tinha chamado e havia entre nós um silêncio constrangedor. Não tínhamos discutido nem nada, mas simplesmente não tínhamos nada para dizer, e isso incomodava-me.

O motorista guiou o carro até uma casa bastante requintada, com um grande parque de estacionamento (quase cheio), velas por todo o lado, uma fonte de água muito detalhada, e com um senhor vestido com um fato negro à porta.

Saímos do carro e ele deu-me a mão, o que me fez sorrir. Um jantar fora só eu e ele... Já não tínhamos um destes há muito tempo.

– Boa noite. Têm mesa reservada? – Perguntou o funcionário à porta.

O Sting respondeu que não e o mesmo homem levou-nos para a entrada.

– Gostariam de uma mesa na esplanada ou aqui dentro? – Perguntou o homem.

O Sting olhou para mim como quem diz "Tu é que sabes.", por isso escolhi lá fora. A noite estava linda, e devia ser aproveitada!

O senhor conduziu-nos a uma mesa com duas velinhas pequenas e algumas entradas. Assim até parecíamos maiores de idade...

Comecei a comer algumas das coisas que estavam na mesa. Afinal, estava cheia de fome.

– Então? Com fome? – Questionou o Sting enquanto se ria da minha boca cheia.

– Desculpa... – Disse baixinho. Afinal, toda a gente que estava aqui era gente chique.

O restaurante devia ser dos caros. Sinceramente, ele devia de andar a cagar dinheiro, para poder jantar num sítio destes.

– Tens dinheiro para pagar isto tudo? – Quis saber. Não é que eu me importasse de dividir a conta, mas apenas gostava de saber se ele tinha dinheiro para tudo isto.

– Yap, das minhas poupanças! – Disse ele, orgulhoso, o que me fez dar-lhe um sorriso.

Depois de pedirmos os pratos, a noite desenrolou-se rápido, mas eu e o Sting aproveitámos para descontrair e estar juntos, coisa que não fazíamos há algum tempo. A certa altura, o Sting foi ao quarto de banho e o meu telemóvel vibrou.

Era uma mensagem de um número desconhecido.

"Que andas a fazer, loirinha?", dizia.

Natsu? Como é que ele tinha o meu número?

Sim, porque para me chamar de "loirinha", só podia ser ele...

"Como é que tens o meu número?", respondi, meia irritada...

No mesmo momento em que enviei a mensagem, o Sting apareceu e quase que via a mensagem, mas consegui bloquear o telemóvel a tempo.

– Quem era? – Perguntou o mesmo enquanto se sentava.

– Era a Erza. Queria saber o que é que eu estava a fazer. – Menti. Ele não tinha nada que ver com as minhas mensagens. Não é meu pai...

Duas horas depois...

Depois daquele jantar maravilhoso, o Sting deixou-me em casa e fiquei a ver um filme. A certa altura, cansei-me daquilo e peguei no meu telemóvel. O Natsu já me tinha respondido à mensagem.

"Durante os ensaios, vi o teu número no telemóvel do Gray.", explicou ele.

Na altura apeteceu-me atirar o telemóvel pela janela fora, mas para cortar os meus pensamentos, eis que o rosado me liga.

– O que é que queres? – Suspirei.

– Calma! Só queria saber se estavas a dormir ou não, por isso liguei-te. – Explicou ele.

– Ah, então o teu objetivo era acordar-me? – Provoquei, com um pouco de irritação.

– Yap. – Disse ele num tom gozão.

– Olha, vou dormir. Não me chateies. – Disse, pronta para desligar a chamada.

– Espera, espera! – Gritou ele alto. Tão alto que até o conseguia ouvir aos berros mesmo tendo o telemóvel longe do meu ouvido.

– O que foi? – Perguntei irritada.

– Dorme bem... – Disse ele, baixinho.

Dorme bem? Ainda esta tarde me espancou verbalmente, e agora deseja-me boa noite?

– Tu bates bem da cabeça? – Perguntei sem qualquer tipo de gozo.

– Yah, porquê? – O rapaz questionou.

– Sei lá... Porque ainda esta tarde me disseste coisas horríveis... – Relembrei-o.

– Hmm... Pois, desculpa essa parte. – O rapaz pediu com um tom de voz rouco. Não tinha a certeza se estava disposta a perdoa-lo, por isso disse "Até amanhã." e desliguei o telefone.

Abri a minha cama e deite-me enquanto via a luz de notificação do meu telemóvel a piscar e a apagar, piscar e a apagar...