parents

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Camila Cabello POV

O beijo começou com um encostar de lábios. Lauren tentava me empurrar pelos ombros, mas parecia que ela fazia isso artificialmente. Abracei sua cintura com os dois braços me colando mais à ela. Suas mãos pareciam perdidas mas logo levantou uma até minha nuca. Pedi passagem com a língua e para minha surpresa ela cedeu. Chupei sua língua com gana, desfrutando de cada segundo daquele beijo. Ela gemeu e arregalou os olhos me empurrando com força.

Outch! Ok, eu levei um tapa. Não vou reclamar, gosto de apanhar de mulher bonita. Ela me olhou ainda com os olhos arregalados e passou por mim, parecendo um furacão. Do jeito que ela correspondeu ao beijo, eu posso dizer que Lauren poderia ser Bi, ou algo do tipo. Suspirei e desci da torre indo até meu quarto. A princesa provavelmente estaria agoniada por pensar que cometeu um pecado. Decidi anotar isso no caderno. Mais um fato que não sabiam sobre ela. Depois de escrever deitei na cama e apaguei.

(...)

Acordei com batidas na porta. Levantei preguiçosamente e abri o cadeado que tinha ali.

– Bom dia, eu não achava a chave certa. – A mulher disse. – Vim preparar seu banho e chama-la para ajudar as outras serviçais no almoço.

Tinha esquecido que agora sou serviçal. a mulher me olhava meio estranho. Oh meu deus, esqueci da ereção.

– Pod-de en-entrar – Gaguejei sem jeito.

A moça entrou e começou a preparar o banho. Esperei na cama tentando esconder minha ereção que parecia uma pedra. Depois que a moça acabou a mesma saiu e eu agradeci baixinho. Tranquei a porta e fui tomar um banho. O beijo com Lauren ainda estava na minha cabeça. Aqueles lábios macios no meu me fazia esquentar. Como se fosse automático, comecei massageando a ponta do meu pênis que ainda estava duro. Continuei com um vai e vem, vendo a cabecinha brilhando. Eu não deveria, mas eu estava muito dura e queria que essa sensação passasse. Gemi baixinho vendo a porra saindo lentamente. Suspirei e saí da banheira procurando alguma roupa. Eu deveria usar um vestido? Os pais de Lauren já chegaram? Essas perguntas me rodavam.

Decidi pegar um vestido mais simples que tinha ali e vesti junto com minha cueca de compreensão. Eu não estava tão ruim, só não gostava de usar vestido porque marcava muito lá em baixo e, eu só ficava em casa, então não estou muito acostumada a usar algo para não marcar meu pau. Bufei e sai do quarto indo até a cozinha. Chegando lá eu travei. Os pais de Lauren estavam juntos aos filhos à mesa. Taylor me olhou e sorriu. Engoli a saliva que nem tinha na minha boca e fui até eles junto com outras serviçais para entregar o almoço.

– Como ficou o castelo sem a gente, Lauren? – Rei Mike, pai de Lauren pergunta.

– Ocorreu tudo bem, pai. – Lauren responde.

– Entrou alguém novo no castelo? Alguma invasão? – Rainha Clara pergunta olhando a filha.

– Hmm... Só a nova serviçal. E nenhum invasor. – Respondeu me olhando de canto.

– Como estão as coisas com o príncipe Keaton? – mãe de Lauren questiona.

– Indo bem... ele é um cavalheiro. – Respondeu baixinho.

Cavalheiro. Ata. Quero ver o cavalheiro quando tentar te matar.

– Que bom, minha filha. Vamos marcar o casamento logo, logo. – Clara responde animada.

Isso não vai acontecer porque sei o passado, rainha.

Segundo os livros, o rei e a rainha Jauregui somem depois da segunda viagem que fariam futuramente. Com isso, Lauren assume o reino e vira uma rainha séria até sua morte. Isso me dava calafrios. Eu não podia impedi-los de fazer essa viagem, era mais fácil eu ser expulsa do castelo se tentasse ajudá-los. Lauren mal olhava para mim. Bufei. Ela não parecia arrependida quando estava me beijando. Neguei com a cabeça e esperei eles acabarem de comer. Depois disso voltei ao meu quarto.

Eu sentia falta de Dinah. Queria traze-la para cá, mas o medo dela surtar e sair gritando era mais forte. Eu conhecia minha melhor amiga, ela primeiro ia me perguntar o que era aquilo, depois ia surtar e no final gritar. Decidi andar pela vila, fazia tempo que não olhava por lá. Trabalhadores faziam suas coisas, mulheres estavam lavando roupa e algumas senhoras conversando. Era tão estranho essa época, sempre tinham que repetir o mesmo todo dia. Isso era chato.

– Fico surpresa você ainda estar aqui. – Escuto uma voz atrás de mim, e me viro.

Normani estava sentada perto de um lago lavando roupa. Me sentei ao seu lado.

– Eu também. – Ri. – Até agora ninguém me expulsou, então tá de boa. – Brinquei.

– Você fala engraçado. – Comentou. Eu deveria parar de usar muitas gírias e abreviações.

– Você que fala muito certinho. – Falei.

Ela riu e voltou a lavar as roupas.

– Vejo que finalmente usa vestimentas adequadas. – Normani diz.

Adequadas... Eu não ia reclamar. Tenho certeza que colocaram essas coisas na cabeça dela. Normani parecia legal, só foi envenenada pelo machismo dessa época.

– Vocês só não estão acostumados com as minhas roupas. – Comentei.

– O que você faz para se divertir, Mani? – Inventei um apelido para a morena.

– Às vezes eu gosto de ir no mar perto do castelo. – Era isso?

– Só isso?

– Não têm muitas coisas divertidas para fazer aqui na verdade.

– Ah não, Normani se anima! Vamos ao mar nadar? – Perguntei ansiosa.

– Eu não sei... – Falou indecisa.

– Vamos Maniiii – Persisti.

– Tá bem, mas tenho pouco tempo. – se levantou e guardou as roupas em um cesto.

The lost PrincessWhere stories live. Discover now