Capther 95

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𝙴𝚕𝚒𝚣𝚊𝚋𝚎𝚝𝚑 𝙲𝚘𝚘𝚙𝚎𝚛 𝚙𝚘𝚒𝚗𝚝 𝚘𝚏 𝚝𝚑𝚎 𝚟𝚒𝚎𝚠.

Por volta das sete da manhã, acordei com os raios do sol que entravam pelas cortinas, e a voz desafinada do meu irmão cantando Up da Cardi B.

Rolando os olhos querendo mais alguns minutinhos de sono, pego o travesseiro e jogo em sua direção. Contudo, a almofada apenas se choca contra suas pernas de grilo.

— Fumou umas, doidona?

— Cala a porra da boca — resmunguei, mal-humorada.

O idiota começou a cantar ainda mais alto me fazendo querer repensar na ideia de ter irmãos e colocá-lo num lixão.

Pelo menos entendia o motivo do seu bom humor matinal. Jelly havia lhe pedido desculpas pelos seus atos e ambos se resolveram e prometeram sempre ouvir o lado do outro.

Estava feliz pelo moleque. Com toda certeza. Se não fosse eu mexer meus pauzinhos eles ainda estariam pisando na mesma tecla, mas me acordar em plena sete de matinal já era demais. 

Tive que ser puxada por Rick até o banheiro para tomar o meu banho, pois queria muito ficar dormindo no conforto da minha cama querida. Antigamente eu pulava de alegria para estudar, agora tenho que ser arrastada para tomar um banho, imagine estudar.

Era complicado. Mas faltava mais um ano para acabar o colégio e depois a universidade. Nem sabia se queria fazer o curso de antes (que era o meu maior sonho). Aconteceu muitas coisas nos últimos dias, e isso prendia o ar em meus pulmões.

Descendo as escadas, vi que todos já estavam reunidos como sempre. É incrível pensar que antes era apenas eu e mamãe, agora tínhamos uma grande família. Isso me deixava feliz.

— Aí está ela, Chyna — mamãe apontou em minha direção, enquanto eu descia os últimos degraus. 

— O que tem eu?

— Acabei de perguntar para sua mãe se ainda estava dormindo, Betty. Enfim, queria perguntar se pode fazer um favorzinho pra mim.

— Depende do favor — indaguei. Entrando na cozinha e procurando meu cereal.

— Tenho que entregar algumas atividades para um amigo meu. Porém, vou faltar a última aula porque preciso resolver algumas coisas. Pode entregar a ele por mim?

— Hum, claro. Mas como vou saber quem é esse seu amigo?

— Ele se chama Alec, querida. Um ótimo garoto. Apenas tem que estudar bastante para as últimas provas do ano se não irá repetir novamente — Livy responde pela filha.

— Fica tranquila. Ele sabe quem é você — Chyna maneou a cabeça. Apenas dei de ombros.

— Tudo bem. Eu entrego — pego o envelope marrom-claro das suas mãos, colocando dentro da minha mochila. Sem antes dar uma espiadinha, vendo vários conteúdos do terceiro ano.

As provas finais eram apenas para as pessoas que faltavam nota em algumas disciplinas. Eles teriam que estudar todo o conteúdo que passou no ano e tirar acima de 60 pontos. Tinham apenas 4 horas para responder todas as 95 questões. Era bastante difícil, em palavras das pessoas que já fizeram.

— Betty — Chyna sussurrou. Logo percebi que ela estava todo esse tempo ao meu lado. A mesma me passou o leite, e coloquei no meu cereal, depois de agradecer. — Você tem falado com a Verônica ultimamente?

— Não — vou em direção da gaveta de talheres e pego uma colher. — Desde aquele dia.

— Ela ficou bastante triste e arrependida por tudo o que te disse. Também disse que pede perdão por tudo, e que entende você querer um tempo. Falou que te ama e que sempre estará contigo mesmo que estava brava com ela.

innocent girl ୨ ִ ۫ ⋆ . bughead.Onde histórias criam vida. Descubra agora