3. achados e perdidos

1.3K 267 212
                                    

Oi, meus bebês!! Como vocês estão?

Vim trazer o terceiro capítulo de Da Teoria à Prática para vocês!

Queria agradecer pelos comentários e votinhos, fico muito feliz de ver que estão gostando. 💕

Desejo uma boa leitura — ou releitura — para vocês, e até as notas finais. 🌷💕

#FofoqueiroGourmet

📚

Indignação é a palavra certa para definir o que eu sinto nesse exato momento ao olhar para o meu caderno de desenhos. Embora o esboço seja perfeito, eu não conseguia ver ele com bons olhos. Por que? Simples. Era o décimo retrato de Jimin desenhado por mim ao longo daquela semana.

Sequer conseguia entender a razão por trás disso. Ok, Jimin era um cara bonito, eu não tenho problema algum em afirmar tal coisa, entretanto, um pouco contraditório eu não suportá-lo e continuar desenhando seu rosto em toda oportunidade possível, como se ele fosse uma espécie de muso inspirador.

Caramba, havia outras pessoas tão bonitas quanto ele, por isso o fator beleza também não era o motivo, certo? Então por qual razão ao imaginar meu futuro protagonista, Jimin era quem aparecia na minha cabeça? Desde quando ele se tornou alguém digno para me inspirar?

Não possuía nenhuma dessas respostas e, para ser honesto, me dei por vencido ao invés de ir procurá-las. Afinal, uma coisa da qual eu aprendi ao longo dos anos sendo um criador de histórias é que não se luta contra suas ideias e criatividade, você apenas as abraça. E eu faria isso, mesmo a contragosto.

Respirei fundo enquanto batia a ponta do lápis contra a minha testa. Meus lábios a essa altura já possuíam um bico e isso não mudaria tão cedo. Ao menos a sala de aula se encontrava vazia, logo eu não teria barulhos ao meu redor para me distrair.

As aulas tinham terminado há um tempo e eu não teria expediente no estágio, por isso aproveitei para ficar um pouco na sala, aproveitando o ar condicionado até dar o horário em que um ônibus menos cheio passaria para eu ir pra casa. Porém, meu estômago já roncava desejando comida de verdade, isto é, cup noodles.

Mas, como ainda faltavam uns bons trinta minutos para o próximo ônibus passar, eu decidi ir até uma máquina de lanches e pegar um pacote de choco pie para disfarçar a fome.

Fechei o caderno, guardando os materiais na mochila, e alonguei meu pescoço no primeiro vestígio de dor, desejando um bom descanso na minha cama. Pronto para me dirigir em direção a saída da classe, acabei pisando em um objeto que chamou a minha atenção.

Era uma caderneta de tamanho médio. A capa era da cor preta e com o desenho de uma grande lua cheia. Curioso, eu peguei e a abri, procurando algum nome na contracapa, mas apenas encontrando o desenho de um par de olhos me encarando. Era muito bem detalhado e a sensação de serem familiares para mim me deixou com a pulga atrás da orelha, mas não consegui recordar de onde os conhecia.

Virei a primeira página e me arrependi logo após ler os escritos registrados ali:

"Mais uma vez eu não consegui falar com ele. O olhar dele me deixa tão nervoso quanto a sua beleza. Quem imaginaria que eu, Park Jimin, seria tão patético ao estar apaixonado?".

Wow! Espera aí um pouco...

Com os olhos quase escapando para fora, fechei a caderneta chocado. Que droga que eu fiz? Isso é íntimo demais, não deveria ser lido por ninguém, pior ainda, por mim. Respirei fundo, bastante arrependido, e enfiei a caderneta na bolsa, pensando num jeito de entregar o objeto ao dono desleixado. Caramba, Jimin é louco de trazer isso para cá. Doido de pedra!

Da Teoria à PráticaWhere stories live. Discover now