1. ponto de partida

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Oi, meus xuxus!! Como vocês estão?

Tava morrendo de saudades!!!

Vim trazer o primeiro capítulo de Da Teoria à Prática e ele funciona mais como um prólogo para vocês entenderem um pouquinho do que se trata a proposta da história e conhecerem nosso querido protagonista!

Desejo uma boa leitura — ou releitura — para vocês. 🌷💕

#FofoqueiroGourmet

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Ao olhar para a minha situação atual, eu pensei no quão a vida é engraçada. Bem, ao menos a minha era uma verdadeira piada. Por quê? Então... Antes, eu acreditava que para criar um bom mangá romântico eu teria de ser, no mínimo, coerente com todo o processo de criação. Saber escrever, roteirizar, desenvolver as personagens e um relacionamento entre os protagonistas da obra, enfim... Entre outros elementos necessários para fabricar um romance de sucesso. No entanto, acabei de descobrir que não, as coisas não funcionam assim por completo.

Antes de qualquer coisa, preciso afirmar o quão frustrante foi chegar a essa conclusão só agora, no auge da minha vida acadêmica e profissional. Foram tantos anos escrevendo fanfics e desenvolvendo comics das quais faziam as pessoas amarem e me encherem de elogios, que as críticas sobre meus romances serem insossos — notificadas nas caixas de mensagens das minhas redes sociais vez ou outra — jamais me afetaram. Pelo menos não ao ponto de me fazer conquistar uma crise existencial artística.

Contudo, o mercado editorial é diferente. Uma crítica vinda de alguém com diploma e que entendia bastante sobre o assunto doía mais que centenas de facas nas costas... Não que eu tenha experienciado tal sensação (ainda bem né?). E, parecia doer muito mais quando ela é dada por um profissional do qual você admira desde a adolescência. O cara que me inspirou a ser um mangaká. E embora eu desejasse fazer a técnica "não vejo, não escuto e logo não existe", sei que para realizar o meu maior sonho, eu não poderia fugir de uma crítica construtiva tão direta vinda dele.

"Faltam suspiros roubados e a vontade de, mesmo que passageira, viver na pele o sentimento que eles dizem ter um pelo outro." Essas foram algumas das palavras ditas por Kim Namjoon, editor chefe da área da revista na qual eu cumpro meu estágio logo após ler o manuscrito da minha ideia de mangá atual. E, na sequência, um veredito me foi dado: se eu, Jeon Jungkook, desejar a minha tão sonhada chance de publicar um mangá naquela área da revista, meu chefe precisaria sentir junto aos meus personagens. Namjoon queria vivenciar o amor através da minha obra.

"Me arranque suspiros com a sua história, Jungkook. Eu sei que você tem potencial para isso, então não desperdice essa chance."

E assim que eu saí de sua sala, me caiu a ficha das palavras dele proferidas a mim. Arrancar suspiros? Como eu faria isso, afinal? Ele estava ficando maluco? Honestamente, eu não fazia ideia e, por essa razão, eu confesso ter relido meu manuscrito em busca de entender as palavras ditas por Namjoon. Talvez na intenção de contestá-las, embora eu nunca fosse admitir isso em voz alta... E, depois de uma eternidade lendo, foi como um balde de água fria caísse em cima da minha cabeça. Eu enfim tive ciência do que significava aquela crítica.

Ele tinha total razão.

E como poderia afirmar isso? Olha... Eu possuo minha grande cota de obras das quais me fizeram suspirar e desejar vivenciar um romance proibido e arrebatador com um bad boy fictício que pulasse a minha janela e se declarasse de maneira apaixonada. Eu tenho anos de experiência me iludindo com romances para conseguir ver que a minha história estava bem longe de ser igual as que eu lia (mesmo tendo precisado do olhar crítico de outra pessoa para enxergar esse fato, mas isso não vem ao caso).

Da Teoria à PráticaWhere stories live. Discover now