2_PROBLEMAS DA VIDA

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2_ PROBLEMAS DA VIDA

DAPHNE BLAKE

Chovia bastante naquela tarde e eu voltava do meu programa para casa, várias árvores se passavam as pressas do lado de fora, vários flashbacks se passavam a tona pela minha cabeça, cheguei em casa, e me despenquei sobre a água quente da banheira na minha suite principal, Neville ainda não havia chegado, como o de costume eu havia saido mais cedo do programa, na verdade eu me puis a pensar em Fred, onde ele estava, e como estava, desde que tentou suicidio ao vivo em mídia nacional, a turma e eu tentamos manter uma atenção especial nele, mas com o tempo ele sumiu sem deixar rastros. Depois que eu e Neville começamos a sair, Fred pareceu mudar completamente, após seu sumiço cada um de nós seguiu seu rumo, depois do banho cai sobre minha cama e me derramei a pensar em como eu sentia sua falta, e lembrei me da carta em que havia me deixado, e novamente me puz a lê-la.

"QUERIDA DAPHNE

Escolher com quem você quer dividir sua vida, e possívelmente uma das escolhas mais difíceis que se tem a fazer, e tenho que confessar, depois que você se relacionou com o Beau meu coração se desfez, na verdade acho que ele é um cara de sorte por ter a melhor garota com quem dividir sua vida, nenhuma das garotas que eu já conheci se comparam a você, acho que depois de tantos mistérios você começa a perceber que existe uma vida além de perseguir monstros e fantasmas, e na boa talvez não fosse tão Ruin ser sugado por Lena e Simone lá na ilha, acho que não tenho mais o que fazer, já que minha vida estava presa a você, mais eu entendo eu sou um idiota, que só pensa em montar armadilhas e resolver mistérios, na verdade isso nem pode ser considerado uma qualidade, a verdade DAPHNE é que eu sempre,irei e vou amar você, e não importa o que aconteça, ou com quem você esteja, eu vou sempre tentar ficar perto, porque eu sinto algo, algo que me faz querer ser mais do que um simples garoto loiro que bola armadilhas, enfim, DAPHNE, eu espero que você possa entender que, talvez o melhor a se fazer é eu me afastar, não posso ficar e ver você junto com alguém que não seja eu, isso é demais pra mim, mais lembre-se eu a amo muito, de seu não mais amigo
FRED. "
Aquilo bastou para que minha respiração ficasse mais pesada, e naquela noite derramei lágrimas e mais lágrimas de desespero, eu precisava encontrar Fred outra vez, onde quer, que ele estivesse, pois sentia agora como se estivesse sido apunhalada no meio do peito, e doía muito, mais do que qualquer dor que já sentira antes.

SALSICHA ROGERS

Meu corpo se contorcia como se mil agulhas penetrassem minha pele, o frio estava de matar, eu escutava os choramingos de scooby, e tentava envolver o mesmo junto ao meu corpo na tentativa de aquecer meu amigo, o vento uivava, e a chuva escorria lá fora no velho galpão, minhas tosses agudas ecoavam pelas paredes e o teto de alumínio, fazendo melodias assustadoras, os resmungos de scooby me deixavam preocupado, ele estava passando frio e não havia nada que eu podia fazer a respeito, quando de repente a porta de ferro foi aberta bruscamente, se chocando contra a parede, e lá fora um velho com uma jaqueta de chuva é uma barba mal feita, segurando um chicote, adentrou o mesmo;
- De o fora do meu galpão com esse seu viralata pulguento! - ele ergueu o chicote, contra scooby mais sem pensar eu me puis entre os dois, o chicote dançou sobre meu lombo, eu me contorci e gemi de dor, queimava feito fogo.
- por favor? Ele está com frio senhor, preciso aquece-lo! - ele deu uma grande gargalhada de deboche.
- É mesmo? E quem disse que isso é problema meu? - ele tornou a lançar o chicote sobre mim que cai sobre o chão já sem forças.
- vem amigão, t-temos que s-sair daqui! - eu guaguejava de dor, levantei scooby no colo, que estava fraco e quase não aguentava andar.
Saímos debaixo daquela tempestade, ao virarmos pra trás ouvi o último grito do velho maligno.
- E NÃO VOLTEM MAIS!
Paramos próximo a um lixão, scoobydoo tremia como um alarme vibrando pela manhã,com muita pena do meu amigo, retirei minha camisa já molhada, e o cobri, mais ao levar a mão sobre as minhas costas, senti um líquido escorrer onde palpitava e queimava muito, ao olhar minha mão, vi que se tratava de sangue.

VELMA DINKLEY!

Eu já havia fechado naquele dia, já se tinha passado dez minutos após o toque de recolher, Bahia Cristal podia ser perigosa a noite, na verdade eu nunca entendi bem aquela cidade enigmática cheia de mistérios, onde tudo parecia acontecer, e as pessoas pareciam não se importar, ou pior não ver, estava acabando de ajeitar alguns livros na prateleira, quando fui surpreendida pelo som do sininho da entrada:
- já fechamos por hoje - me espantei ao me virar e ver salsicha e scooby, estavam molhados, e salsicha sangrava, seu sangue caía sobre a cerâmica beji do chão, sem pensar corri pra ajudar.
Salsicha parecia exausto e quase não aguentava falar parecia assustado e muito fraco.
- t-tem que me a-ajudar, scooby está m-muito doente!- foi a única coisa que ele disse antes de cair sobre o chão, e me deixar aos prantos.
Scooby abriu os olhos, e com um choramingo murmurou
- s-salsichaaa! - E depois se apagou aos poucos.
Subi até o andar de cima, fui até meu quarto, peguei dois cobertores e os cobri.

SALSICHA ROGERS

Acordei no meio de uma floresta, estava vestido todo de branco, olhei para os lados mas scooby não estava ali, andei um pouco, mas não havia nem um sinal de vida se quer, eu era o único ali.
-scooby cadê você? Gritei algumas vezes seguidas, mas não obtive sucesso.
Uma luz fraca vinha do outro lado da floresta, e uns estranhos sussuros penetravam meus ouvidos me fazendo arrepiar se todo, a voz agora estava mais calma, e chamava meu nome, os sussuros lembravam várias cobras juntas, algo estava acontecendo, como mesmo eu fora parar ali, não me lembrava, isso não era possível, segui os estranhos chamados que me levaram a entrada de uma gruta, uma forte luz azul vinha lá de dentro, e a voz começou a se agitar agora chamando cada vez mais e mais, normalmente eu não faria isso, mas resolvi entrar naquela estranha caverna, havia tochas de ambos os lados, e o fogo era um azul quase escuro, eu estava começando a achar que não devia ter entrado ali, mas prossegui com meu caminho, cheguei em um lugar familiar, no topo da caverna havia uma abertura, com grades quebradas.
- sssalsssiccchaaa - a voz tornou a chamar e quando olhei para chão em minha frente, não me contive e dei um grito, que ecoou certamente por toda aquela caverna, Fred estava preso com algumas algemas bem ali, e sua garganta sangrava muito, estava cortada e sangue se coagulava agora para fora, seus punhos estavam cheio de mosquitos e se encontravam rasgados ele ciertamente ja não estava com vida, aproximei meu rosto próximo ao dele e me afastei de uma vez quando ele se debateu, e virou o rosto ensanguentado para mim.
- SALSICHA ACORDAAAA- pulei sobre a cama, buscando ar para meus pulmões, ufa era apenas um pesadelo! velma estava ali sentada sobre a cama com seu suéter laranja, que por anos eu estava muito feliz em vê-lo.
Velma me olhava preocupada
- Tá tudo bem? Você durmiu por dois dias, fiquei preocupada! - ela jogou minha franja para o lado, ao olhar me dei conta de que não estávamos mais na livraria, parecia um quarto de hospital.

- Onde eu estou? cadê o scooby?
Ela passou a mão carinhosamente sobre meu rosto e sorriu gentilmente.

- deixei ele numa clínica veterinária quando vinha pra cá, não se preocupe ele vai ficar bem! Mas agora tome - ela me entregou uma bandeja com sopa, e prosseguiu- precisa comer e descansar, e logo logo poderá vê lo.
Comi a sopa e fiquei olhando para a janela ouvindo o som dos carros na rodovia.

VELMA DINKLEY

Não podia contar a verdade sobre o estado de saúde do scooby a salsicha, ele precisava de repouso e não seria bom preocupa-lo agora, meu telefone tocou, era um número desconhecido, normalmente eu não atendo, mas resolvi atender
- alô, velma dinkley! Em que posso ajudar?
- alô senhorita dinkley, Somos da clínica veterinária, e odiamos dizer mas o estado de scoobert não está nada bom, ele está muito fraco, e não reage aos medicamentos, até temos um remédio aqui, mas, ele precisa de uma dose muito alta, e talvez ele não resista, podendo sofrer um ataque cardiaco.
Fiquei paralisada, e não consegui mais falar,
- Estou indo prai agora! - desliguei o Celular e olhei para salsicha tentando manter um rosto sereno e transmitir confiança.
- Preciso ir agora! Descanse, precisa repousar! - o cobri com o cobertor, e segui apressadamente para fora do hospital, dirigindo aceleradamente para a clínica veterinária.

CONTINUA. . . .

SCOOBY! Horizonte Negro Where stories live. Discover now