SCOOBY! Horizonte Negro

9_ NUVEM NEGRA

FRED JONES

- Scorroooo!- eu gritava afim de que alguém me ouvisse, eu estava em um quarto escuro, onde só havia luz nas rupturas da porta.

Eu não conseguia me mover, tudo oque sentia é que não podia me controlar, não sentia movimentos nas pernas, muito menos nas mãos, a única parte móvel do meu corpo eram meus olhos e meus lábios que se moviam ao falar.

Uma voz distante ecoava no quarto e me parecia familiar, ao prestar mais atenção percebi que era a voz doce e angelical de daphne, mas eu não a via, só escutava sua voz ecoando por entre as paredes do quarto.

- Daphne você está aí? - eu perguntava sem obter nenhuma resposta. E a voz continuava a chamar pelo meu nome, enquanto eu gritava e rezava para que a mesma me respondesse.

A claridade imensa vem no meu rosto, a notar que a porta do quarto estava agora aberta, de fato não havia algo algum do outro lado a não ser um infinito branco, com neblinas que me lembravam nuvens fofas e macias, será que eu estava morto? Talvez minha tentativa de suicídio tivesse funcionado afinal? Quem saberia, um estranho encapusado que não tocava o chão entrou flutuando, eu não fazia ideia de quem era, ele se aproximava sem parar, e de maneira agonizante eu não podia me defender nem se quer me mover.

A criatura se aproximou, ergueu os braços e com uma força indiscutível agarrou meu pescoço enquanto aproximava os lábios pretos e sangrentos em direção aos meus, ainda sem me mexer sentia a agonia que seria quando os seus lábios nojentos me tocassem. O fedor de podridão que vinham de seus dentes pretos é furados, penetravam meu nariz me fazendo agonizar sem mobilidade alguma.

Uma fumaça negra saiu de minha boca, e foi de encontro a sua, e pude sentir minhas forças, e pensamentos fraquejarem, e por um momento senti minhas pernas bambearem, oque quer que seja aquilo, estava sugando minhas forças vitais e se alimentava dos meus pensamentos. A criatura murmurava palavras em sussuros estranhos, novamente me puis a gritar por ajuda. Oque rompeu o silêncio da mesma.

- não grite criança, ninguém pode ouvi-lo, muito menos ajudá-lo! - ele movia suas garras levemente sobre meu rosto, botando em contato suas mãos frias contra minhas bochechas quentes.

- onde estou? Cadê os outros? - eu estava confuso, não sabia oque estava acontecendo.

- se deseja mesmo saber - ele moveu as mãos no ar enquanto uma fumaça negra me mostrava a imagem de daphne amarrada numa cadeira, em uma espécie de serraria.

- devolve o Fred cretino - eu ouvia Daphne ordenar.

- mas ele está aqui em algum lugar - eu pude ouvir minha própria voz vindo de fora, e a criatura falando juntamente de dentro do quarto, eu não sabia direito mas de alguma forma bizarra eu estava preso em minha própria cabeça, e aquela maldita criatura podia controlar meus pensamentos e meu corpo, talvez se o suicídio tivesse tido sucesso eu não estivesse passando por algo assim, porque viver sem o amor da minha vida, não fazia sentido, não fazia sentido saber que minha amada estava do lado de outro cara, não fazia sentido saber que tinha uma espécie de monstro me controlando, e pela primeira vez nada podia fazer sentido.

VEMA DINKLEY

Já procurávamos por horas já  estava  anoitecendo , e nenhum sinal de Daphne, talvez eu devesse pagar, eu concordei com isso, e agora por minha culpa todos estão  em perigo, eu só queria poder consertar tudo pras coisas voltarem a ser como antes, onde nosso único problema era ter uma lista de suspeitos, para desmascarar um bobão com fantasia de halloween. Mas talvez, as coisas nunca voltem a ser tão simples assim, o mal ele é como uma erva venenosa, se espalha rapidamente  afetando todos que ousarem se meter no meio, "Daphne onde está você?" penso comigo, talvez eu não  deve-se ter feito aquilo, se eu não estivesse na mistérios s/a as coisas teriam sido diferentes.