7_ MEIA NOITE!

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VELMA DINKLEY

O beijo estava cada vez mais intenso, suas mãos deslizaram sobre minha coxa, e foram rumo entre minhas pernas, segurei a mão do mesmo e a tirei.

- Harrynton não, melhor não - ele me olhou fundo nos olhos e me deu um selinho.

- me desculpe, eu não fiz de propósito - sorri, e o mesmo retribuiu sem entender nada.

- porque está rindo? - perguntou ele.

- nada, vem vamos, seu bobo- o soquei no ombro, e puxei pelos braços, e por um instante foi bom ter esquecido meus problemas.

ELLISY MCMENDDY

Eu não acreditava que ele havia me tratado daquela maneira, não outra vez, já era a terceira vez, em que meu padrasto, Carter, tentava me assediar, enquanto minha mãe estava no trabalho, para sustentar aquele bunda mole, que só sabia dormir, comer e assistir TV, estúpido, ele me agarrou pelos braços, mas felizmente consegui fugir, para as ruas, estava chorando muito, eu havia corrido para o jardim que ficava próximo a colina do horror, era pra lá que eu ia quando tinha problemas, eu já não aguentava mais aquela vida, minha mãe não largava aquele idiota e eu vivia implorando a ela, mas o ruim, é que ela o amava de verdade, e eu preferia não preocupá-la com esse assunto afinal ela tava sempre ocupada para por o sustento na mesa, éramos felizes com o pouco que tínhamos.

Eu estava sentada sobre o banco do jardim, não havia mais ninguém ali, também né já eram quase meia noite, os grilos orquestravam sua canção noturna. Em um dos galhos, no alto de um Pinheiro, uma coruja de olhos redondos, como duas laranjas, alimentava seus filhotes enquanto soltava seu piado forte e agudo, minha mãe trabalha na cabine da ostra, e sempre fazia hora extra, apesar do toque de recolher aquele lugar vivia cheio.

De repente bateu aquela sensação de estar sendo observada, meu coração gelou, arrepiei-me, um ar gelado invadiu o ambiente, sendo capaz agora de presenciar minha própria respiração congelante, comecei a caminhar rumo a decida, avistei uma silhueta, era alguém usando um capuz preto, e cobria todo o seu corpo, a unica coisa a vista eram seus olhos flamejantes, em chamas, fiquei pasma! Ele parecia portar uma faca em uma de suas mãos, corri porém escorreguei ladeira abaixo, e me choquei contra uma árvore, a silhueta se aproximou ergueu a faca, e naquele instante eu sabia que morreria, tentei gritar socorro mais não havia ninguém ali, o homem de preto, me puxou pelas pernas tentei me soltar mas as tentativas foram falhas, e eu não consegui, e eu dei um último grito em pedido de socorro, quando fui atingida por uma golpeada na garganta, levei a mão a mesma, e o sangue jorrava para fora, cai de joelhos, e aos poucos, me sentia perdendo os sentidos.

VELMA DINKLEY

Voltávamos para o treiler, Harrynton e eu, estávamos rindo e conversando, ele era um cara legal, apesar das aparências, eu não devia julgar as pessoas afinal ele só queria ajudar.

- socorrooo - ouvimos um grito de longe e meio abafado, Harrynton olhou e eu olhei de volta e eu podia perceber seu semblante de pânico, ele não devia se portar assim, oque confesso me deixou chocada.

- VAMOS - puxei ele pelos braços, e fomos em direção aos gritos, que sessaram misteriosamente.

Mais a fundo na colina vimos alguém com um capuz, que me fez duvidar de que era uma pessoa normal, a ilustre e intimidante figura pulou dentre os galhos das árvores se virou calmamente e eu vi seus olhos queimarem dentro de seu capuz escuro, ficou parada nos observando.

- DROGA, VEMAAA - Harrynton me gritou fui junto a ele onde para meu espanto e choque pisicológico estava o corpo de uma garota com a garganta ensanguentada, o corpo já estava frio feito gelo. Levantei-me e olhei para os galhos, onde agora não tinha mais ninguém.

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