Capítulo Dois

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Oi! Queria muito pedir desculpas pela demora, já faz quase um mês que não atualizo e me sinto péssima por não atualizar mais frequentemente. Esse capítulo tem apenas 5k de palavras e ainda está pela metade, porém eu não queria demorar mais tempo então eu decidi dividir em duas partes.

Também queria agradecer a todos que estão lendo, votando e comentando. Vocês me inspiram a continuar escrevendo, obrigada de verdade <3

Boa leitura!

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Louis desperta depois de dias de conflito onde seu corpo queima contra o fogo de seu ser. O duelo nunca parou desde que a marca ocorreu dias antes e a batalha parecia que nunca iria acabar. A guerra deixaria sua marca assim como seu pescoço suportaria uma cicatriz. A tortura ardia abafado em seu encontro com a dor, os dois se mesclando entre si e transformando piedade em crueldade.

Parecia eterno, a súplica de sua morte sobressaindo a atrocidade de sua vida. Mas de alguma forma, Louis sobreviveu.

Mas preferia não ter que.

Louis não queria ter que acordar novamente e não queria mais sentir a energia impetuosa que estava pesada e profunda em seu pescoço, não queria sentir a poderosa magia que absorvia sua força. Seu pescoço estava febril, ardia com a mais veemente queimação, estava carregada com potência, marcada em sua pele como espinhos presos em uma flor. Algo irredutível que penetrou sua pele e carregou sua vida, o flutuou na névoa do inferno e fez ele cair em uma abundante fonte de caos.

Violentou sua alma como aquele estranho violou seu corpo, o segundo devastador que inflamou suas emoções, que fez ele incendiar na dor e escaldar em seu coração.

Louis Tomlinson estava queimando no fogo do abismo. Escaldando na beira da morte.

O fogo significava transformação, desejo, purificação.

Transformou a vida de Louis em abismo, fez ele desejar a inebriação da inconsciência e ansiar a purificação de sua morte.

Queria se transformar em pétala de flor e flutuar por entre as brisas das árvores e descansar na imensidão da paz.

Louis desperta depois de dias estando a beira da morte. Pode ser sorte, destino ou apenas azar. Louis acreditava ser um desastre.

Ele não acreditava que depois de tanto sofrimento ele ainda assim teria que abrir seus olhos pela manhã e implorar para que não fosse real ao deitar na cama ao anoitecer. Ele desperta depois de dias, desejando que ficasse inconsciente por anos. Ele acorda e as ações tem suas consequências, Louis precisando aguentar todas elas.

Seu coração apenas suporta sua batida constante, e seus pulmões apenas aguentam respirar. Louis volta sua consciência para a realidade e destrói todas suas ilusões e seus desejos de estarem no paraíso.

Sua fantasia destruída assim como ele se sentia.

Louis Tomlinson não sabe o que acorda primeiro naquele dia fatídico, podem ser as vozes altas que vinham de algum lugar muito longe para ele realmente despertar, talvez um forte odor de algo que ele não consegue distinguir preenchendo seus pulmões, talvez o intenso enjoo que revira em sua barriga, ou talvez a dor avassaladora que emana em seu pescoço.

Mas tudo estava tão distante que ele preferia lutar contra sua consciência, queria voltar ao mundo onde ele estava seguramente disperso.

Ele não queria encontrar o desconhecido, não queria sair de sua "zona de conforto", não queria ter que enfrentar seus tormentos internos e sofrer pelos externos.

Queria voltar ao lugar onde ele estava falsamente seguro, ao lugar que sua dor não existia. Mesmo que fossem por dias, horas ou minutos, qualquer coisa ajudaria aliviar seu desespero.

Helpless Heart On FireOnde histórias criam vida. Descubra agora