A Rosa Vermelha - Livro I: A Queda

42-Dualidade

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A noite havia caído e Kess era carregada pelos braços por dois Orks, a sua frente um guerreiro de armadura leve, não tão grande quanto o anterior, possivelmente mais fácil de derrubar, mas ela havia acabado de acordar, seu rosto doía e ainda sentia um pouco de sangue escorrer pelo nariz, o gosto de ferro na boca ainda estava notável, mas os ferimentos já não doíam tanto quanto o esperado, a sorte foi o desmaio logo em seguida do golpe, ela ainda estava viva e deveria agradecer por isso, e lutar pra sair dali, preservando a última chance de sobrevevir que lhes foi dada.

Como último esforço ela levanta de uma única vez e rouba a espada da cintura de um dos orks, no mesmo movimento ela o matou com um corte no pescoço, o outro ao seu lado esquerdo, desembanhou a lâmina e golpeou ela por cima, ela defendeu e logo em seguida o guerreiro tambem partiu pra cima, ela chutou a barriga dele e fez ele cair no chão, com a queda o capacete do guerreiro saiu rolando pela floresta, o ork que ela tentava segurar empurrando a espada contra a dele, a golpeou e fez ela cair pra trás, com muito azar Kess caiu sobre a ponta de um galho que foi quebrado em uma árvore, a ponta atravessou suas costas na lateral esquerda e saiu por sua barriga, a dor foi atordoante e ela segurou o grito quando se puxou de uma vez para arrancar a ponta de dentro dela.

Ela cambaleou em dois passos vendo o sangue escorrer da barriga e encharcar sua mão que segurava o ferimento, com a espada ainda punho ela posicionou na frente de seu corpo e apontou pra o inimigo a sua frente, sua mão tremia tanto que a ponta da espada mal conseguia ficar na mira do ork.

-(Ofegante ela falou para o ork) sou mais forte do... Que parece, mais forte... Que isso.

-(A garganta do ork vibrou com um rangido, e logo as palavras saíram de forma gutural daquela boca negra) acho que Chayd não vai se importar de não receber você, então posso mata-la.

Logo em seguida o ork avança na direção dela com brutalidade, dois golpes com a espada foram defendidos por Kess, e o outro ela desviou com dificuldade e o ork acertou a árvore, assim que Kess desviou ela se posicionou atrás do oponente e acertou um chute atrás do joelho dele, fazendo cair de joelhos, quando deixou ele de joelhos Kess acertou outro chute na cabeça do ork, o golpe fez ele bater a cabeça contra a árvore bem em cima da ponta que havia perfurado Kess, ao mesmo tempo que ela chutou o guerreiro agarrou ela por trás, se debatendo e usando toda sua força pra se soltar, ainda era inútil, então ela jogou a cabeça pra trás com toda a força fazendo se chocar com a testa do guerreiro, teve que repetir o movimento mais duas vez até que ele soltasse, quando ele finalmente largou Kess sentiu uma ligeira tontura por causa das pancadas, mas teve que partir pra cima, agora ela não tinha nem metade do seu desempenho de luta, mas tinha que lutar, golpeou por 3 vezes com a espada, o guerreiro desviou de todos os golpes, e contra-atacou com um soco bem aonde estava o ferimento de Kess, por sorte sua mão protegeu do golpe completo, mas ainda foi bem doloroso, ainda mais pelo segundo golpe, na sequência o guerreiro acertou uma cotovelada bem no nariz dela, o sangue explodiu do seu rosto, mas ela se manteve de pé, passos cambaleantes para trás e foi tempo o suficiente para que o maldito sacasse uma faca e partisse para golpea-la novamente, tentou acertar o rosto dela por 3 vezes, 3 golpes consecutivos, mesmo com a visão ainda um pouco turva ela conseguiu desviar dos dois primeiros golpes, mas o segundo atingiu sua bochecha de raspão e abriu uma fenda na mesma, o guerreiro não poupou tempo, girou a faca na mão, trocando a posição e apunhalou Kess, o objetivo era acertar o peito dela, mas Kess desviou cambaleante pra trás e a faca foi fincada em sua coxa direita, ela emitiu um gemido baixo substituindo o grito de dor e na mesma hora ela atravessou a espada na garganta do último oponente de pé.

-(Com dor ela caiu sentada, com uma mão em volta da faca e a outra na barriga) força Kess, força... Você venceu novamente. (De uma vez ela arrancou a faca da coxa, ela buscou uma escora na árvore logo atrás, com a faca ainda em mãos rasgou dois pedaços da capa nas suas costas e fez um espécie de torniquete em volta da barriga e na coxa) assim vamos ver se parte desse sangramento para, preciso sair daqui, os corpos e o sangue vai atrair animais, e eu não tô preparada pra outro combate.