Algumas Surpresas do Primeiro Dia de Aulas...

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Não nego que passei boa parte do meu final de semana, após terminar o meu serviço na mansão Ferraz Guerra, pensando naquele garoto que parecia querer me ter por perto custasse o que custasse.

    Ele parecia ser uma boa pessoa, e apesar de nunca tê-lo visto antes, eu até arriscaria chama-lo de amigo. Seu olhar apesar de penetrante me fez pensar que era um olhar vazio. Se ele tava na mansão, só podia ser rico... E quando um Segurança do lugar chegou e praticamente o arrastou pra falar com a patroa da minha avó, eu logo percebi que ele deveria ser da poderosa família. Não o vi mais naquele dia e assim que chegamos em casa...

     _ Vá tomar o seu banho que vou começar a fazer o jantar, meu amor. Foi o que minha avó disse assim que entramos com algumas sacolas de compras que havíamos feito no supermercado. O bom em trabalhar na mansão é que eles pagavam muito bem, e sempre que eu ia também, o dinheiro era em dobro e a gente enchia a geladeira com muita coisa boa e colocava muita coisa na pequena despensa ao lado da pia da cozinha.

     _ Que tal a senhora descansar um pouco, tomar banho primeiro e me deixar assar essa pizza bem grande que compramos? Minha avó arregalou os olhos e disse bem surpresa...

     _ De onde veio essa pizza, Eduardo?

     _ Eu que comprei, vó. Esqueceu que também trabalhei lá na mansão hoje e que tô com os bolsos cheios?

     _ Só você mesmo pra esbanjar... Eu já tinha lhe dito que era pra economizar, menino. Você agora vai estudar lá no Sagrado Coração... Lanchar por lá deve ser uma pequena fortuna...

     _ Vó, só de ver esse olho brilhando e saber que sua boca tá cheia d'água nem me importo se nunca lanchar lá na escola. Vai lá, vai... Fica bem cheirosa... Sabe lá se ainda hoje não arranja um namorado quando a gente for na praça???

    _ Deus me livre, menino. Minha avó já dizia que quem de uma escapa, 100 anos vive.

    _ Sua vovó deve ter sido uma figura, vó.

    D. Lucia Froes saiu pelo pequeno corredor e assim que consegui acender o forno, ouvi a cantoria da minha avó no chuveiro.

     Na mesma noite de sábado ainda fui dar uma volta com minha vó pelo conjunto e ao olhar pra um dos garotos que jogava bola na quadra da imensa praça central do conjunto pensei ter visto o garoto da mansão...

     _ É algum amigo seu, meu amor? Perguntou minha avó olhando na mesma direção que eu.

    _ Pensei que fosse alguém lá do colégio antigo, vó. Acho que me enganei.

    No domingo nada de muito marcante aconteceu e dormi cedo. Na manhã de segunda-feira acordei antes do despertador tocar. Ansiedade me definia. Tomei meu banho e já na saída do banheiro senti o cheiro do leite quente que D. Lucia sempre fazia pra mim. Vesti o uniforme e assim que ela me viu...

Implacável  -  Romance GayWhere stories live. Discover now