Implacável - Romance Gay

Segue o Dia...

      Como havia sido previsto, Vinícius Coimbra saiu quase que uma hora e meia depois de chegar na companhia do novo dono do lugar Eduardo Froes. Os Seguranças praticamente colaram no rapaz e no relatório que recebia a cada hora, o brilhante homem de negócios sempre abria um largo sorriso ao verificar que ele passara  dia todo no flat onde moravam.

     Praticamente no final do expediente Plínio Castro, o Diretor Financeiro, entrou na sala do então " patrão " e disse:

     _ Só vim dizer tchau, Eduardo.

     Eduardo olhou pra porta que o homem ficara segurando e sorriu...

     _ Que pressa é essa, Plínio? Vai tirar alguém de alguma forca? Entra e bebe alguma coisa comigo...

     _ Sinto muito, amigo. Eu na verdade tenho algumas compras a fazer e...

     _ Compras a fazer? Nunca vi uma mentira tão mal elaborada ser contada por você, Plínio. Eu até posso prever onde serão essas compras... Deixe-me pensar só uns segundos... Talvez num badalado shopping da cidade, ou até mesmo numa determinada loja de departamentos onde roupas e acessórios masculinos são a sua única opção.

     Plínio entrou na sala e sem nada dizer, se dirigiu até o bar tendo por trilha sonora a risada do amigo. Duas doses de uísque foram preparadas com bastante gelo e após servir o amigo e sentar diante dele... 

     _ Você não presta, cara. Até entendo essa sua desconfiança do que farei.. Mas debochar do que estou sentindo... Isso é demais, Eduardo.

     _ Não vai colar essa postura de vítima encurralada onde você mesmo se colocou. Não sou debochado e nunca zombaria do que você sente pelo Nirek...

     _ Zirek Mileto. Vê se aprende  nome do garoto direito, por favor???!

     _ Essa nova geração tem cada nome que só Jesus na causa. Então... Vai pelo menos se declarar, ou vai ficar se martirizando e olhando o alvo de longe?

     Plínio sorveu um bom gole e disse, já pousando seu copo na mesa do patrão e andando em direção a porta com passos lentos...

     _ Acho que já criei coragem e sei muito bem o que farei... Ainda hoje. Tô indo nessa, Eduardo, e antes que esqueça... Vê se conquista logo o Vinícius, meu amigo e se dê uma chance de ser feliz. O cara tá disponível, é boa pinta, muito rico, um poço de educação, e o melhor... Só tem olhos pra você, meu amigo. Fui, patrão.

     Eduardo ficou olhando a porta assim que ela bateu e a imagem do belo Vinícius lhe fez companhia até que ele terminou de beber todo o conteúdo do copo, pegou suas coisas e deu como encerrado o expediente do dia.

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