Capítulo treze

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LEGOLAS GREENLEAF

[P.O.V]

Certo, eu realmente não esperava pelo beijo que S/n havia me dado e não entendo porque, mas se eu dissesse que não havia gostado eu estaria mentindo descaradamente.

Seus lábios, macios e doces ao tocarem os meus, me fizeram sentir uma inigualável e estranha sensação dentro de mim, enquanto me davas um beijo.

Mas ao mesmo tempo eu sinto como se tivesse traído algo ou alguém importante para mim. Como se tivesse traído os sentimentos que tenho por Tauriel, e é nesse momento que eu paro pra pensar no que Allora me disse a algumas luas atrás.

Allora: [...] Você está apenas encantado pela senhorita Tauriel.

Allora: [...] Ainda não conheceu o amor de fato.

Teria razão? Não, com certeza não. Embora Allora seja mais velha e tenha ajudado em minha criação, ela não sabe nem a metade do que sinto quando Tauriel está por perto.

Mas ainda sim tenho medo de que talvez o que ela disse seja verídico, tal elfa me conhece melhor que meu próprio pai, afinal, em minha infância e juventude eu quase nunca o via.

Thranduil sempre preferiu ficar cercado de compromissos do castelo  do que com o próprio filho, ele dizia que se empenhava para manter minha segurança e para que eu vivesse bem. Mas provavelmente fazia isso para não lembrar de sua esposa morta.

O rei achava que se eu passasse mais tempo com uma figura feminina iria suprir a falta que minha mãe fazia, mas ele estava muito enganado, isso só fez com que eu me sentisse mais solitário e acabasse vindo a me tornar rebelde.

De um jeito ou de outro eu precisava arranjar uma forma de ver meu progenitor, então precisei apelar para o que ele mais odeia. A bagunça, desordem e rebeldia.

Eu queria que ele fosse me ver, aceitaria até mesmo uma bronca pra passar alguns minutos com o elfo. Inclusive já cheguei ao ponto de acertar uma pedra afiada na perna de Celegorm, um amigo que fiz na infância.

Minha rebeldia melhorou um pouco depois que ele chegou com Tauriel, uma elfa cujo teve os pais mortos por Orcs e que no mais tardar, seria alguém por quem eu passaria a nutrir sentimentos.

Ainda me encontrava tocando no queixo de S/n que me olhava com atenção. Eu a prendi contra a parede de uma das casinhas, que de forma surpreendente ainda estava intacta. Minha mão desceu a seu pescoço, segurando-o logo em seguida.

Os moradores sobreviventes de Esgaroth seguiram para a margem do rio já que as casas onde residiam foram consumidas pelo fogo e destruição.

— O que sou pra você?

Pergunto sem embromação, olhando diretamente para seus olhos.

S/n: Príncipe…

Não estava muito convencido com sua resposta um tanto vacilante aliás.

— Não diga que sou somente o príncipe.

Mordisco lentamente meus lábios.

S/n: O que está fazendo? - Perguntou

Ainda mantendo a mão em seu pescoço eu deslizo a outra pela bochecha, colocando uma mecha de cabelo atrás de sua orelha.

Estávamos sozinhos no momento.

— Nada demais… -Meus olhos fixaram nos seus, observando a profundidade do acinzentado.

S/n: Como assim nada demais? Você fica me olhando estranho, todo caladão e… -Eu impedi que ela continuasse.

𝐴 𝑇𝑅𝐼𝑃 𝑇𝑂 𝑇𝐻𝐸 𝑃𝐴𝑆𝑇  - 𝗜𝗠𝗔𝗚𝗜𝗡𝗘Onde as histórias ganham vida. Descobre agora