XIV

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   Há uma semana sofremos o ataque voltando para casa, não houve mais ataque em nenhuma alcatéia depois disso. Arthur está estrando isso, e eu também, sei que estão se preparando para algo maior: A guerra!

   Estava no centro da alcatéia, Unna brincava com sua nova amiga Jessie e seu novo amigo Drake. São gêmeos e lindos, os dois são pretos, de cachinhos no cabelo, ela tem olhos méis e ele esverdeados. São a coisa mais fofa, ele é tímido e ela toda acelerada.

    — Nah, você tinha que ver, foi muito legal. - Jessie dizia animada.

    — Mentira, você ficou cheia de medo. - Drake rebateu, fazendo desenho na areia com um graveto.

    — EU? Você quem ficou, medroso. - Fala indignada, Unna põe a mão na boca e ri baixinho. - Enfim, o cavalo era ENORME e preto, e peludo.

    — Eu nunca vi um cavalo de pertinho. - Unna diz.

    — Você precisa ver e andar, é muito divertido. - Jessie continua contando a história de quando ela e o irmão andaram a cavalo pela primeira vez.

   Observo as pessoas passando, umas apressadas, outras conversando, umas rindo e outras nem tanto. Até sentir um arrepio e um vento na orelha.

      "Floresta, entre na floresta, venha, venha!."

   Ainda estava me acostumando a ouvir mensagens através do vento, às vezes me assustava por vir tão repentinamente. Quando levanto, Unna me olha, pela nossa ligação digo a ela em pensamento que vou a floresta e já volto, para que não saía de perto dos amigos. Ela confirma e entro na floresta.

   Fecho meus olhos e deixo a floresta me guiar, é uma coisa tão doida essa conexão. Paro e respiro fundo abrindo meus olhos, a minha frente tem um lago, entro nele e afundo.

   Ao meu redor começa a brilhar, então abro meus olhos e vejo... Mayim vem trazendo uma pedra brilhante, que eu sei bem para o que é.

    — Olá, Nia! - Faz uma reverência. Sorrio para ela, que me estende a pedra. — Está preparada? - Concordo e pego a pedra.

   O poder se alastrando é imediato, respiro fundo e me sinto melhor por não ter que prender mais a respiração. Lua disse que eu teria alguns poderes, mas todos tinham tempo para ser libertos.

   Essa pedra ficou guardada com Mayim, até que eu estivesse no tempo de libertar meu poder da água. A pedra para de brilhar e se parte em pedaços, ficando sem poderes.

    — Nada de prender a respiração agora. - Falo animada.

    — Isso é realmente algo bom, poder respirar na água e na terra. - Iara diz. - Devo alertá-la que sofrerá uns leves efeitos.

    — Como o q... - Uma grande quantidade de animais marinhos começam a rodar em volta de mim, até que um enguia se enrola no meu pescoço e me dá um choque, mas não sinto dor. É como se ativasse algo em mim, minha visão melhora embaixo da água, consigo ouvir animais a distância, como saber o que estão pensando. Pronto, virei o Aquaman! Só faltou o triden...

    — Esse tridente aparecerá sempre que precisar para lutar. - Ela me estende ele e os animais se afastam, voltando a nadar normalmente. — Era apenas isso, quando precisar falar conosco, basta pensar que ouviremos ou é só falar em um local com água.

   Concordo, ela se despede e vai embora. O poder da água é para eu respirar embaixo d'água e falar com os animais daqui também. Saio da água e volto para onde Unna está, o tridente virou uma pulseira invisível.

    — Tudo bem, mamãe? - Pergunta, assim que me vê se aproximar.

    — Tudo sim, meu amor... - A mãe dos gêmeos grita por eles, que se despedem e saem correndo até ela. Ao me ver, ela acena e sorri, aceno de volta sorrindo.

   Voltamos para casa, e mando ela tomar banho. Vou também porque estava com a roupa toda molhada. O banho é rápido, visto qualquer roupa e desço para a cozinha.

   Preparo um almoço rápido e quando ia chamar Unna, ela aparece na cozinha. Seu longo cabelo cacheado estava molhado e solto e vestia um pijama de coelho.

    — Que cheirinho bom. - Senta na cadeira que tem na bancada da cozinha com dificuldade.

    — Devo concordar com você, pequena. - Ela se assusta e quase caí da cadeira, mas Arthur segura ela rapidamente. Olho feio para ele. — Não foi minha intenção te assustar, princesa do papai.

    — Tudo bem, papai. - Ele beija a cabeça dela e vem para perto de mim, me abraçando.

    — Da próximo vez avisa ou faz barulho quando estiver chegando. - Ele me aperta e sorri.

    — Sim, minha rainha. Tudo por você. - Reviro os olhos e pego as coisas para colocar a comida da Unna, dou para ela me sirvo e sento ao lado dela. — E a minha, não vai colocar?

    — Por quase ter feito a Unna cair, não. Você pode colocar sozinho. - Começo a comer, escuto sua risada e minutos depois ele senta ao meu lado.

    — Imagino que ficará mais irritada ao saber que sua apresentação será hoje. - Viro meu rosto tão rápido, que meu pescoço dói. — Hoje é lua cheia e fiquei meio alheio a isso. A cerimônia deve ser feita na lua cheia, desculpa.

    — Tudo bem, se tem que ser assim... - Digo depois de suspirar. Ele beija meu ombro e volta a comer. Assim que terminamos de comer, ele lava a louça e sobe para tomar banho.

   Vou no quarto da Unna com ela e pego uma jardineira azul, uma blusa branca e um tênis branco. Visto ela e vou para meu quarto me vestir, ele disse que me levaria ao shopping para comprar a roupa de hoje à noite.

   Pego uma jardineira jeans para mim também, um cropped preto e um tênis preto. Desço e eles estão me esperando lá embaixo, entramos no carro e seguimos para o shopping.

   Depois de ir em várias lojas, finalmente acho o que queria: uma calça de tecido mole e larguinha branca e um cropped branco de gola alta. No pé eu decidi ficar descalça - já que é uma coisa que amo - e Arthur disse que não tinha problema, porque ele também ficaria.

   Fomos lanchar e depois voltamos para casa, a alcatéia estava bastante movimentada. Pessoas carregando cadeiras, mesas e enfeites. Muita coisa já estava feita no centro da alcatéia, estava lindo com cores em branco e azul claro.

   Entramos na casa e minha linda sogra estava na sala, assim que nos vê, levanta do sofá.

    — Finalmente chegaram, venha Nia, tenho que prepara-la. - Sem reclamar me deixo ser levada por ela.

   Entramos em um quarto de hóspedes e tem algumas coisas em cima da cama. Ela me pede para tomar um banho rápido e sair só de calcinha e sutiã. Faço tudo e saio, me sentando na cama.

   Ela separa a parte da frente do meu cabelo e faz umas tranças, depois junta quatro de cada lado e prende atrás da cabeça, fazendo uma tiara. Pede para eu colocar a parte de cima da roupa e depois faz uns desenhos no meu rosto com tinta branca.

   Coloco a calça e ela desenha nos meus braços e barriga, põe um colar de pedras brancas em um e uma tiara de damas da noite no meu cabelo. Quando ela finaliza, me olho no grande espelho do quarto.

    — Nossa, estou tão... serena. - Ela para ao meu lado no espelho e sorri.

    — Você já é serena, e está mais linda do que já é. - Vejo em seus olhos a verdade e a felicidade por esse momento.

    — Obrigada, você é a melhor sogra que alguém poderia ter. - Ela me abraça com cuidado.

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  Oi, pessoaaal!! Só passando para relembrar que esse livro está sendo publicado em outra plataforma e tenho que publicar os capítulos lá e depois aqui...

Lá ele é gratuito, assim como aqui. E eu não pararei de publica-lo aqui, como também não irei retirá-lo daqui. 😊

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