Alicia é uma jovem de 23 anos e é modelo e influenciadora digital. Seu próximo trabalho é com Daniel Ricciardo, para um lançamento das roupas de seu novo marketing para a próxima temporada da Fórmula 1.
Eles se interessam um pelo outro na primeira c...
Deitei a cabeça no ombro do meu irmão, que colocou a mão no meu joelho e sorriu para mim quando eu o olhei. Já estava entediada de ficar tanto tempo dentro de um consultório médico.
- Alicia Wegner? - a secretária chamou meu nome e eu puxei Vince comigo. - Sala 2, é só virar à esquerda - ela apontou para o corredor e eu assenti. Bati na porta antes de entrar, apertando a mão de Vince quando girei a maçaneta.
- Bom dia, Alicia - o médico se levantou e estendeu a mão para que eu apertasse. - Como você está hoje?
- Dor de cabeça, mas parece que é recorrente sempre que eu acordo.
- Sempre que você acorda? - ele franziu o cenho.
- É, eu tenho feito anotações dos meus dias. Só para eu poder lembrar no dia seguinte, sabe?
- Ah, entendi. Então vocês optaram pela escolha fácil de contar a ela? - ele olhou para Vince.
- Olha, não é tão fácil quanto parece - passei a mão por cima da de Vince e sorri para ele.
- Meu irmão e meu possível namorado foram criativos. Eles fazem vídeos todos os dias só para eu saber o que estou perdendo na minha vida.
- Bom, 'perdendo' não é a palavra que eu usaria.
- Eu perco essas lembranças - dei de ombros. - Meu namorado me deu um caderno a algumas semanas e desde então eu faço um diário, contando o meu próprio ponto de vista sobre o meu dia. A dor de cabeça aparece quase sempre.
- Imagino, é um dano permanente - ele puxou alguns papéis dos exames que eu fiz mais cedo, então levou até um quadro na parede, acendendo a luz. - Não me parece ter tido nenhuma evolução, Alicia. Sinto muito - ele concluiu, me olhando.
- Mas o senhor acha que esse dano realmente é irreversível?
- Não vou mentir para você, Alicia, há muitos estudos sobre esse caso e já tiveram cirurgias experimentais, mas até hoje não houve muita taxa de sucesso. Não é completamente irreversível, mas, atualmente, não temos muito o que fazer.
- Entendi - balancei a cabeça.
- Mas isso não é motivo para ficar triste, Ali! - Vince puxou minha mão e eu o olhei. - Você ainda tem a todos nós, eu, Danny, mamãe e papai. Estamos todos do seu lado. Você ainda vai viver tempo o bastante para que eles descubram uma forma de reverter esse dano.
- Será que dá certo se eu bater a cabeça em algum lugar? - Vince me olhou irritado, mas o médico chegou a sorrir um pouco antes de negar.
- Se fosse fácil assim, você nem precisaria de médicos - ele completou.
- E se eu testar essa teoria?
- Por favor, não faça isso. Provavelmente pioraria suas dores de cabeça - bufei com a sua resposta e me recostei na cadeira, ouvindo mais sobre suas recomendações médicas.
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