Capítulo treze - Não é a mesma coisa.

836 56 12
                                    

Benjamin

Há três dias que tento fingir que está tudo bem para Natália, evito toca-la e que ela me toque. Nem o fato de que ela é sua irmã? as palavras da minha mãe ecoam em minha cabeça a cada vez que vejo minha atual esposa pelos cômodos da casa. Não acho que deixá-la seja a solução, já tivemos muito mais do que um simples beijo, não dá para remediar o que já aconteceu. São quase nove anos juntos, não têm como apagar as tantas e tantas vezes que praticamos sexo, que tocamos um no outro de forma explícita.

Deitado na cama do quarto, tento imaginar como será minha vida de agora em diante. Provavelmente, continuaria evitando Natália ou vou terminar de vez com ela. Porque nem eu mesmo consigo escutar a verdade mais de uma vez, mesmo que ela seja dita por mim. As palavras me soam vergonhosas se colocar em conta tudo que já fizemos.

— Oi, amor. — Diz Natália voltando minha atenção para o mundo real. Ela pula na cama e deita no meu peito. — Já estava com saudade de ficar assim com você.

A tiro de cima de mim e sento na cama.

— O que está acontecendo, Benjamin?

— Nada, apenas problemas que sempre aparece.

— Tem alguma coisa haver com sua mãe, não é?

— Porque você está falando essa idiotice?

— Porque você está assim, desde que sua mãe veio aqui. Fala logo o que está acontecendo.

Levanto e passo a mão pelo cabelo, respiro fundo tentando conter o nervosismo. Eu até quero ficar com Natália, é uma mulher sexy que conheço cada centímetro do seu corpo, mas não consigo esquecer que temos um laço sanguíneo forte entre nós dois.

— Eu vou beber um pouco. — visto a camisa e calmamente abotoo os botões .

Natália levanta da cama furiosa.

— Fala logo o que está acontecendo, eu sei que têm alguma coisa errada que você não quer me contar. Benjamin, casamento é para compartilhar o que os dois sentem. Casamento é um cuidar do outro.

Visto um terno cinza e abotoo os dois botões de cada manga em silêncio. Abro a porta para sair.

— Benjamin, fala comigo!

A ignoro e saio do quarto. Passo pelo corredor descendo as escadas, não demora muito, e já estou fora de casa. Aperto o botão do controle da minha Lamborghini, entro no carro.
O

portão abre, piso no acelerador com toda força no intuito de sair em questão de segundos do jardim dessa casa.

O casamento é feito para compartilhar o que os dois sentem, balanço a cabeça em negação só em pensar nas palavras de Natália. Acho que esse tempo todo comigo, Natália não percebeu que uma oficialização matrimonial não significa que vou abrir minha vida totalmente, mas ela mais que ninguém me deve lealdade, todos os seus pensamentos e fidelidade. Um homem pode ficar com várias, mas a mulher têm que esperar seu homem em casa.

Estaciono o carro em frente a boate "Tropical rave". Entro na fila preferencial, o local está bastante agitado. Tem sete mesas próximas ao palco, todas com mulheres lindas e vestidas do jeito que gosto, com poucas roupas no pole dance. Assim que me ver, Liandra sorrir descendo devagar até o chão com aquela bunda saliente empinada. Quantas vezes bati naquela bundinha gostosa? Foram tantas que nem lembro mais.

Um Acordo Entre Amantes (Editando)Where stories live. Discover now