Capítulo dezenove - Eviny, Nildemar e Aline.

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Benjamin

Há quase uma semana, Natália e eu estamos morando em uma apartamento que há tempos já tinha comprado. Ela reclama todos os dias que o ambiente é pequeno, quando na verdade têm espaço suficiente para mais de dez pessoas. Não sei se o estresse é atribuído a falta de sexo, pois não tenho tocado nela, na verdade, a evito constantemente.

Natália diz suspeitar que estou a traindo, quando estou tentando me segurar para não satisfazer meus desejos com outra mulher. Catarina voltou a minha cabeça com mais intensidade, desde o dia que fui a casa dela. Eu a quero, e terei.

A porta do meu escrito é aberta, Natália me olha séria, para na estrada e diz:
- Temos visita.

- Não estou esperando ninguém.

- Foi eu quem os chamou aqui.

- Então se vira com eles.

- É importante que você venha Benjamin. O Nildemar, Eviny e Aline estão aqui.

- São amigos seus não meus.
- Levanto colocando Whisky em um copo com dois cubos de gelo. - O que não me obriga sair do meu canto.

Natália entra na minha sala e fecha a porta, senta na poltrona de couro do outro lado da minha mesa.

- Eles estão aqui, para nos ajudar a recuperar a nossa casa e tirar a desequilibrada da ex de lá.

- Porque isso?

Ela abre os braços e olha para os lados.

- Eu preciso explicar? - Indaga.

Reviro os olhos entediado com essa conversa. Natália veio morar comigo quase um ano depois que nos conhecemos, pensei que ela poderia ser uma boa mãe para os meus filhos, mas Valentina nunca a aceitou. Eram vários desentendimentos entre as duas, enquanto Ian nunca se importou com isso e sempre foi mais tranquilo. Antes de morarmos juntos, Natalia vivia em um apartamento de luxo dos país dela, que moram na Itália há bastante tempo. Então, não têm sentindo nem necessidade de uma reação tão exagerada como a que Natália vem tendo nos últimos dias.

- Me fala uma coisa, porque você quer tanto essa casa?

- Porque é nossa meu amor. - apoia-se na mesa tocando carinhosamente em meu rosto. - você não pode deixar que ela pegue o que é seu de direito, e nossa por patrimônio.

Tiro a mão de Natália do meu rosto e levanto da minha cadeira virando as costas para ela. Observo a vista da praia, posiciono os dois braços sobre o quadril.

- Fala logo porque você está assim comigo! - Exclama com uma voz um pouco falha. - Você está assim desde que aquelas mulheres voltaram a atormentar a sua vida.

Continuo encarando as ondas do mar tranquilas e brilhantes pelo sol e respondo friamente:
- Apenas não está acontecendo entre nós dois.

- Porque? Porque não sou perfeita igual a elas? Não consigo te satisfazer como elas conseguiam.

Viro-me bruscamente e bato na cara dela de mão aberta, deixando a marca da minha mão vermelha em seu rosto. Natália levanta a cabeça com os olhos lacrimejados.
- Porque fez isso comigo?

Ponho a mão sobre a cabeça confuso e fecho os olhos.
- Desculpa! Não sei onde estava minha cabeça. - respondo. - Vamos ver as suas visitas.

- Como você quer que eu vá com o rosto desse jeito? - Ela pega meu copo de Whisky que está sobre a mesa e coloca de um lado do rosto. - Eu não sei o que está acontecendo com você, Benjamin, mas isso têm que parar.

- Desculpa!

Natália balança a cabeça indicando um sinal positivo.

- Agora vai até a sala e fala com as visitas sozinho. E diz que não estou me sentindo bem.

- Ok! Mas deixa eu... - Natália se afasta de mim quando tento tocar no rosto dela.

- Por hoje, quem não quer nada com você sou eu. - dá meia volta e sai do escritório batendo a porta.

Engulo em seco. Não sei o que me deu na cabeça, já não estava mais aguentando escutar a voz de Natália que só vive para reclamar, agora, percebo que não errei tanto assim se a fiz ficar em silêncio.

Coloco meu terno preto e saio do escritório até a sala para conversar com as visitas que na verdade são da Natália. Assim que apareço, Nildemar se levanta do sofá e pega na minha mão, as outras duas moças permanecem em pé.

- Infelizmente Natália não pode retornar, ela acabou sentindo um enjoo depois de comer algumas nozes.

- Eu vou ver se ela está bem! - Diz Eviny, uma jovem garota de cabelos pintados de vermelho sangue.

- Não precisa! - Respondo de prontidão. - Ela foi deitar, também disse que tomaria algum remédio, porque pode ser algum efeito alérgico.

- Coitadinha! - Lamente a outra jovem de cor pálida, conhecida como Aline. - Ela quem nos chamou aqui.

- Estou ciente! - Digo.- Por isso, estou aqui para resolver o assunto que minha esposa está me ajudando com tanto empenho. Quando ela me pediu que viesse falar justamente com vocês, sente-me lisonjeado e aceitei no mesmo momento. Queiram se sentar.

- Obrigado! - Agradece Eviny sentando ao sofá junto aos amigos.

- Bom! é o seguinte. Como vocês já devem sabem, já fui casado e a minha ex-mulher, como posso dizer... Ela saiu da casinha, se é que ela nunca assim.

- Ela é uma desequilibrada. - Diz a moça de cabelos cor de sangue.

- Deveria voltar para o hospício de onde veio. - Acrescenta Nildemar. - Principalmente com aquele vestido cor de morte em um momento de união. Triste!

- Como vocês viram, ela continua fora de suas faculdades mentais, visto isso, gostaria que vocês testemunhassem em um processo que estou no vento contra ela.

Aline estende um celular em minha direção e diz;
- Contra provas, não a argumentos.

Pego o celular e vejo que é um vídeo no dia do meu casamento no exato momento em que Rosa, Maria Luiza e Catarina tinham acabado de se aproximar de mim. Clico na opção de reproduzir o vídeo e vejo uma Maria Luiza desequilibrada pedindo a casa de volta.

Eu não me importo nem um pouco que Maria Luiza fique ou não com aquela mansão, mas acho que estou em dívida com Natália e preciso recompensa-la de alguma forma. Essa mansão deve ocupar a cabeça dela com outras coisas que não sejam eu, por que já tenho planos de reencontrar outra pessoa para satisfazer minhas vontades e sei que está pessoa, também está sentindo o mesmo.

Sorrio.

- Perfeito! - Falo.
- Com isso, já é causa ganha Benjamin. - Diz Eviny.
- Com certeza. - Concluo.

Um Acordo Entre Amantes (Editando)Where stories live. Discover now