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Nick Carter

Eu comecei a me sentir mal depois daquela discussão com a Dakota, talvez ela tenha pensado errado ou algo parecido, mas fiquei nervoso por ter visto a Cora. O que será de mim pra apresentar as duas?

Para dispensar os meus pensamentos, resolvi dar uma volta no quarteirão ou até mesmo ficar olhando a praia que é só algumas quadras longe de casa.

Mas dei de cara com quem? A Cora.

— Mas que coincidência! — A de pele bronzeada parecia estar fazendo alguns exercícios na orla. — O que faz por aqui sozinho?

— Momento de reflexão. — Respondi me sentando no banco. — A minha namorada tá longe e tivemos uma breve discussão há uma hora.

— Mas tá tudo bem, amigo?

— É, eu acho que sim. Queria que o Brian estivesse aqui, ele me ajudaria.

— Mas eu posso te ajudar sobre, Nick? Sempre contávamos um segredo um para o outro quando tinha algo de errado, lembra?

— Sim, eu me lembro. — Sorri e soltei um suspiro. — É porque ela vai passar dois anos longe e… mal ficamos juntos ultimamente. Eu sei que ela não me faria nenhum mal, nem eu. Só que ela deve ter pensado que eu não quero que ela trabalhe pra alguém além da família e… não consegui explicar.

— Ah Nick. Você tenta falar com ela mais tarde, explique o que você queria entender e peça desculpas para reforçar. — Cora tocou em meu ombro, sorrindo. — Fiquei com medo que fosse algo grave, mas foi só um mal entendido. Vai ficar tudo bem.

— Você acha que ela vai me entender?

— Claro que sim, Nick. Se ela te ama e sabe que você é meio atrapalhado com as palavras, vai te entender.

— Você me conhece bem, mesmo havendo passado muito tempo.

— Nick. Muita coisa em você não vai mudar, é por isso que eu sei bem. — Cora sorriu. — Como você conheceu a Dakota Tanner?

— É uma história bem louca. Ela se candidatou para ser uma das dançarinas da turnê do Millennium e eu fui responsável em dar a nota. Ela foi perfeita, mas botei algo na minha cabeça de que deveria ser rígido e lhe dei uma nota abaixo do merecido. Quase arrancaram a minha pele.

— E depois?

— A gente não se dava bem, resultou que ela se tornou o meu par, fomos nos conhecendo e descobri que me apaixonei por ela quando me flagrei desenhando o seu rosto. Só de lembrar fico bobo.

— Que fofo, Nick. Tenho que dizer que ela é sortuda por ter conhecido alguém como você. — Disse ficando em pé, abrindo a sua garrafa d'água e ingerindo o líquido. — E você ter encontrado ela.

— É, tem razão. — Me levantei também e nós dois ficamos sem assunto. — Foi bom te ver de novo, Cora.

— Eu que digo, Nick. — Ela sorriu pra mim e se aproximou um pouco. — Ah, espero que tudo se resolva contigo e a Dakota…

— Aliás, como soube do sobrenome dela? Eu não te disse ontem.

— Eu li algum artigo sobre ela quando viajei para Londres em uma revista. Só elogios e algumas explicações de como ela trabalha, bem empenhada.

— Sim, ela é. — Sorri. — Obrigado pela ajuda.

— Ah, imagina. — Eu a abracei um pouco apertado e me afastei sorrindo pra ela. — Qualquer coisa, é só me chamar. Todos os dias nessa hora estou por aqui.

ChancesWhere stories live. Discover now