Vailly Evans

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Vailly Evans era uma menina de 15 anos, era muito estudiosa, responsável, adorável e extrovertida, além de ser muito gentil com todos. Ela era muito bonita, seu cabelo era escuro, comprido e encaracolado, ela tinha heterocromia, então seu olho direito era castanho escuro, quase preto, e seu olho esquerdo era azul, o mesmo, quando estava em contato com o Sol, brilhava como diamante.

Vailly sempre ajudava seus amigos e colegas que tinham dificuldades em algumas matérias da escola. Em mais um dia de aula, o sinal tocou, anunciando o intervalo, Vailly estava no pátio com seus amigos, ela não parava de olhar para um menino novato, que estava sentado, quieto e de cabeça baixa, um pouco longe de onde ela e seu grupo estavam. Então, ela comentou com seus amigos sobre aquele menino solitário, um deles lhe disse que ele tinha chegado na escola há uma ou duas semanas. Vailly lhe disse que iria conversar com ele, porém seu amigo lhe disse que achava melhor ela não ir falar com ele, pois ele era estranho. Ela discordou, dizendo que ele poderia ser um bom menino, e foi se aproximando dele, ao chegar perto do garoto, ela disse oi, o garoto levantou a cabeça e ficou tímido enquanto olhava para seus olhos, ela se apresentou, pouco tempo depois o garoto disse se chamar David e os dois balançaram as mãos em um gesto de cumprimento. Vailly disse-lhe que era um prazer conhecê-lo e que se ele tivesse qualquer problema, poderia sempre contar com ela. O fim do intervalo chegou e ela se despediu de David, voltando para seu grupo de amigos, enquanto ele a olhava e todos os alunos se dirigiam às suas respectivas salas.

Depois daquele dia, sempre no intervalo da escola, Vailly ia falar oi para David e ficava conversando com ele, ela sempre era a mais falante, enquanto David apenas a escutava, olhando diretamente em seus olhos e assentia com a cabeça. Em uma noite, Vailly estava cansada, pois havia estudado muito naquele dia, e foi dormir. Quando foi de madrugada, exatamente às 03:00 horas, a garota acordou com um sentimento estranho e perturbador. Ela se levantou e abriu sua janela, olhando fixamente pra sua varanda, em seguida olhando para o jardim. Não vendo nada de estranho ou perturbador, se sentiu aliviada e fechou as cortinas, voltando pra sua cama e dormindo novamente. No dia seguinte, na escola, Vailly foi falar com David como de costume, porém ele havia faltado as aulas. No caminho de volta para casa, Vailly recebeu uma ligação de David, o mesmo dizia à ela que estava doente, e perguntou-lhe se ela poderia ir pra sua casa o visitar. Preocupada, ela lhe perguntou que horas ela poderia ir, o menino disse que ela tinha que ir às 21:00 horas, ela disse que não costuma sair à noite, mas como uma boa amiga, ela concordou. Anoiteceu, Vailly se vestiu, colocando uma blusa cinza e listrada, sua preferida, uma saia azul, tênis brancos e meias brancas e longas. Ela pegou um saco de comida - que ela mesma fez - pois sabia que o amigo não estava bem e queria fazê-lo se sentir melhor. Ela teve que pegar um ônibus, pois ela morava meio longe da casa de David, ao chegar lá, ela tocou a campainha, uns minutos se passaram e David abriu a porta, o menino estava pálido e com olheiras, além de ter um olhar cansado. Ele a convidou para entrar, e os dois foram pra cozinha onde Vailly lhe ofereceu a comida que tinha feito, mas ele recusou, dizendo que estava sem fome. Ambos se sentaram na mesa e Vailly começou à falar, David continuava calado, apenas olhando fixamente para os olhos da jovem, enquanto a mesma achava que ele não prestava atenção na conversa. Ela falou por um longo tempo, até que olhou para o relógio na parede e viu que eram 23:00 horas, rapidamente, ela se levantou e disse que tinha que ir embora, mas David segurou fortemente seu braço e disse pra ela ficar, Vailly disse que estava tarde e que ela deveria voltar pra casa, porém David gritou com ela, dizendo que era pra ela ficar ali.

Assustada, a garota voltou à se sentar, sem dizer mais nada, com medo de ouvir outro grito, o obedeceu, com as pernas tremendo. Então, David lhe disse que iria fazer café para eles, ainda com medo, Vailly assentiu e ele se afastou dela. Ela ficou olhando para todos os lados, procurando uma maneira de escapar dali, pois o que ela mais queria era estar em casa com seus pais e em segurança. Depois de alguns minutos, David voltou com dois copos de café, ela o agradeceu e pegou o copo com as mãos trêmulas e bebeu. David a perguntou se ela não ia mais falar, ela disse que não tinha o que falar. O garoto a olhou e começou à dizer que desde a primeira vez que a viu, quando ela foi falar com ele no pátio da escola, ele não conseguia mais parar de pensar em seu belo rosto, disse que precisava vê-la todos os dias e por isso ele foi até sua casa na noite anterior e ficou escondido na varanda a observando dormir por várias horas, até que ela acordou e ele teve que se esconder no jardim, ele a viu fechar as cortinas de sua janela, e isso o deixou frustrado, pois assim ele não podia mais observá-la, ele se viu obrigado a chamá-la pra ir até sua casa, já que queria vê-la à qualquer custo. Vailly, ao ouvir tudo aquilo, ficou apavorada e gritou para David deixá-la ir, mas no mesmo instante, ficou sonolenta e sua cabeça encostou na mesa, por causa do remédio pra dormir que David havia colocado em seu café. Algum tempo depois, ela acordou com a visão embaçada, aos poucos, ela começou à enxergar normalmente de novo, e percebeu que estava em um quarto, sentada em uma cadeira, ela viu que estava amarrada com cordas e amordaçada, bem em sua frente havia uma cama e nela estava David, sentado, esperando ela acordar. Ela se apavorou ao ver que ele segurava uma faca. Ele se aproximou dela e voltou à falar sobre seu rosto, dizendo que o mesmo parecia porcelana, quanto mais ele falava, mais a menina se desesperava e chorava, ele secou a lágrima com a faca e disse pra ela não chorar, disse que o que mais amava nela era seus olhos, disse-lhe que o olho azul era seu preferido, gostava quando ele brilhava com a luz do Sol, ele queria admirá-la todos os dias de sua vida, queria que ela ficasse ao seu lado para sempre, para ele sempre poder olhar pra ela, disse que ela sempre poderia contar com ele, e por fim, perguntou-lhe se ela queria ser sua amiga pra sempre, até o fim de suas vidas. Vailly balançou sua cabeça freneticamente em negação, em pânico, ela se contorcia na cadeira, tentando inutilmente se soltar. David, vendo que ela não aceitou sua proposta, disse, em tom de voz sério, que se ele não podia olhá-la para sempre, ninguém mais podia o fazer. Então, com um sorriso assustador e psicótico, David levantou sua faca e começou à esfaquear o olho esquerdo de Vailly, a pobre garota apenas se contorcia e gemia de dor, já que a mordaça não a deixava gritar, o sangue escorria de seu olho, David continuava esfaqueando o mesmo, até que o coração de Vailly parou de bater, a menina já não se contorcia e nem gemia mais, ela havia morrido. David parou de esfaquear, puxou o olho rasgado de seu soquete, jogando-o no chão e pisando em cima. Ele desamarrou e tirou a mordaça do corpo morto de Vailly, ele arrastou o cadáver e o deixou encostado na parede de seu quarto. Beijou a testa do cadáver de Vailly e foi dormir, sem nenhum remorso do que tinha feito à uma jovem inocente.

Exatamente às 03:00 horas da manhã, David acordou com a impressão de ter ouvido algo, olhou ao redor do quarto escuro, não vendo nada estranho, resolveu voltar à dormir, pensando que tinha sido sua imaginação. Porém, ao tentar dormir novamente, ele ouviu um sussurro vindo do escuro, perto dele, ele se sentou na cama e dessa vez, viu uma pequena luz azul brilhante, a luz estava no local em que ele havia deixado o cadáver de Vailly. Assustado, ele acendeu a luz e viu algo medonho, algo que antes era uma moça bonita. Vailly estava em pé, olhando nos olhos de David, sua pele estava mais branca que o normal, no lugar de seu olho esquerdo, havia apenas um vazio preto com uma pequena luz azul brilhante no meio, azul como a cor de seu olho esfaqueado, escorria sangue de sua órbita ocular, onde seu olho esquerdo deveria estar. Ao perceber que David olhava pra ela, horrorizado e sem ação, a figura sombria de Vailly começou à abrir, lentamente, um sorriso macabro, mostrando os dentes afiados e fora de forma, em seguida, sem deixar de olhar para o garoto, falou com uma voz grave que lhe causou arrepios: "Eu vejo você!"

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