Capítulo - 27

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A cada momento que passo com Anastásia é muito mais intenso do que o anterior, pois de alguma forma eu consigo me libertar ainda mais das amarras que ainda insistiam em me prender, pois um homem que passa a maior parte da sua juventude dentro de u...

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A cada momento que passo com Anastásia é muito mais intenso do que o anterior, pois de alguma forma eu consigo me libertar ainda mais das amarras que ainda insistiam em me prender, pois um homem que passa a maior parte da sua juventude dentro de um Seminário jamais falaria palavras tão sujas como as que eu disse a Ana durante toda essa noite e Andrew tinha mesmo razão, é libertador.

Minha noiva desperta em mim algo que há muito tempo pedia para ser libertado, faz-me agir de uma forma que nunca fico satisfeito e sempre quero mais dela. Mais de seus toques, de seus beijos, do seu cheiro e de fazê-la completamente minha. Sinto-me como um prisioneiro que é posto em liberdade. Um homem perdido no deserto em busca de uma única gota de água. Um homem completamente sedento... Apenas por ela.

Sempre tranquei dentro de mim qualquer desejo mundano e a cada vez que um pensamento fugia do meu controle, eu me martirizava e me punia, na tentativa de fazê-los voltar para os recônditos da minha mente que jamais deveriam ser acessados. Ainda mais porque quem permeava a cada um deles, era a Ana.

E, ver o cuidado e a dedicação que ela teve em preparar um dia para que eu pudesse vivenciar experiências que nunca tive antes, a começar pela tarde com os meus amigos e cunhados - mesmo que controlassem a bebida para não me deixar embriagado, o que seria fácil não posso negar - e a nossa noite, só faz com que eu a ame ainda mais.

Durante oito anos eu não via motivos para comemorar meu aniversário, nem mesmo com um simples almoço ou jantar, pois as lembranças sempre me atormentavam, quando nos primeiros minutos dos meus 17 anos, eu tive a melhor e pior experiência da minha vida, com a menina que sem que eu percebesse, eu já amava.

A melhor porque foi com ela que eu dei o meu primeiro beijo, foi a primeira vez que senti meu corpo despertar para o que seria desejo, mas foi a pior por ter me sentido culpado de fazer e sentir tudo aquilo, com a menina que eu julgava perfeita, um verdadeiro anjo imaculado e que eu não deveria fazer nada além de protegê-la e amá-la como um irmão.

Falhei miseravelmente nessa missão, mas eu não poderia estar mais feliz por ter falhado, pois hoje eu tenho a mulher que foi feita para mim. A mulher que Deus determinou para que eu devesse protegê-la, cuidá-la e amá-la, mas não como um irmão e sim como um homem ama uma mulher, com cada respiração, com cada molécula do meu ser e a cada batida do meu coração.

Amar não é pecado, engana-se quem pensar o contrário. Pois amar é se encontrar sem estar perdido. É sonhar sem estar dormindo. É ser alimentado sem estar com fome e se refrescar sem precisar de água. Principalmente quando se ama e é amado com a mesma intensidade. E, é exatamente assim que me sinto quando estou com a minha noiva, completo, realizado e hoje eu sei qual é a minha vocação, pois nunca foi ou seria o Sacerdócio. A minha vocação é ser além do melhor amigo da Ana, é ser também seu companheiro e marido para uma vida inteira.

- O porquê desse sorriso em seus lábios? - Sorrio ainda mais e pego sua mão trazendo aos meus lábios, olhando rapidamente para ela, mas sem desviar minha atenção do trânsito.

Entre o Dever e o AmorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora