Capítulo - 35

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Apesar de manter o sorriso no rosto, enquanto se despedia dos noivos, Ana não conseguiu disfarçar tão bem quanto pensava que estivesse fazendo

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Apesar de manter o sorriso no rosto, enquanto se despedia dos noivos, Ana não conseguiu disfarçar tão bem quanto pensava que estivesse fazendo. O que está me deixando muito incomodado, justamente por eu ter certeza que o seu desconforto foi causado por minha avó.

E, falando nela, os meus pais acharam estranho o fato dela não descer para se despedir da neta, que ficará fora do País por um mês, mas minha irmã apenas deu de ombros e entrou no carro, muito feliz para iniciar a sua lua de mel, seguindo para o Aeroporto com o seu marido.

– Filho, você está bem? – Meu pai se aproxima enquanto Ana e meus sogros estão conversando com a minha mãe.

– Estou sim, Pai. – Ele segue a direção do meu olhar, que mantenho fixo na minha noiva, e suspira.

– O que aconteceu, Christian? Eu vi a forma que vocês saíram da casa. Por um acaso você e a Ana discutiram? – Nego com a cabeça e passo as mãos em meu rosto e quem suspira sou eu.

– Não se preocupe, eu preciso apenas conversar com a minha noiva e então saberei o que aconteceu. – Ele não fala nada, mas fica me olhando confuso. – Eu... Eu vou indo com a Ana, depois conversaremos.

Não espero a sua resposta e impaciente para saber o que de fato aconteceu entre aquelas duas no meu antigo quarto, aproximo-me da minha mãe me despedindo dando um beijo em sua testa e pego na mão de Ana que me olha entendendo que precisamos ir. Ela não questiona, apenas avisa aos seus pais que estaremos indo na frente e caminhamos em um silêncio sufocante até chegarmos a casa.

Subimos as escadas, entramos no nosso quarto e por mais que eu quisesse começar a disparar perguntas para que ela me fale logo qual é o problema, apenas aguardo que ela retire os seus sapatos, enquanto jogo meu paletó sobre a poltrona. Retiro a minha gravata – que já estava solta – e abro os botões das mangas da minha camisa, dobrando-as até o antebraço.

Ela me olha por um momento e começa a abrir o zíper lateral do seu vestido, deixando-o deslizar por seu corpo, caindo no chão. Engulo em seco vendo-a apenas de lingerie, mas sei o que ela está fazendo e não pretendo deixar essa conversa para depois.

– Sobre o que estava conversando com a minha avó para que você ficasse nervosa daquele jeito, Ana? – Ela pensa por um momento e suspira, mas entra no banheiro e retorna vestida com o seu roupão, antes de me responder.

– O que a sua avó disse sobre as cartas que eu enviei a você nos primeiros quatro anos que esteve no Seminário? – Franzo o cenho não entendendo o porquê dela não ter respondido a minha pergunta e sim fazendo outra e o quê isso tem haver com a discussão delas, mas respondo mesmo assim.

– Quando a questionei, ela disse que havia queimado e jogado fora. – Ela dá uma risada sem humor e se senta no recamier, chamando-me para fazer o mesmo, ao seu lado. – Por quê? O que isso tem haver com a discussão de vocês? – Ela tenta negar, mas a interrompo. – E não adianta tentar negar, Ana, pois eu sei que vocês estavam discutindo. – Ela suspira e assente.

Entre o Dever e o AmorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora